Projetos de extensão e pesquisa representam a UEL no Paraná Faz Ciência

Projetos de extensão e pesquisa representam a UEL no Paraná Faz Ciência

Na primeira leva de expositores, figuram quatro projetos

O estande da UEL no Paraná Faz Ciência 2025 comemora os 55 anos da instituição e traz projetos de pesquisa e extensão que capturam a atenção de quem o visita e ouve os estudantes. Os graduandos da UEL preparam apresentações e dinâmicas que incentivam os conhecimentos e cuidados em saúde durante os cinco dias do evento de Guarapuava. Na primeira leva de expositores, figuram quatro projetos – o inédito “ABC: Aprendendo Biotecnologia e Ciência”, ao lado do projeto “Adolescer com Saúde”, “Democracia em Jogo” e o “Atenção domiciliar: higiene bucal de pacientes acamados dependentes”.

Matheus Yan Rodrigues e Aline Ogawa cursam o primeiro ano de Biotecnologia na UEL. Os estudantes já se integraram ao projeto “ABC: Aprendendo Biotecnologia e Ciência” e participam de um evento estadual pela primeira vez. Os jovens extensionistas levaram uma dinâmica instigante para sua exposição, chamada “Supermercado ABC”.

Com produtos tais quais fermento, sabão em pó, massa de tomate, desodorantes, creme bucal, entre outros, propõe-se aos visitantes que apontem quais daqueles têm origem biotecnológica, demonstrando na prática como a biotecnologia integra nosso cotidiano.

Segundo Matheus Rodrigues, “a biotecnologia está relacionada com processos fermentativos e processos que envolvem organismos geneticamente modificados”, ao passo em que Aline Ogawa complementa: “produtos feitos com enzimas, como o sabão em pó”, informa. Caminhando pelo Centro de Eventos, ambos encontraram pares, conhecendo projetos que se conectam à biotecnologia, como a ética forense.

Ainda na esfera das Ciências Biológicas, o “Adolescer com saúde” leva saberes acerca da microbiologia, voltada a adolescentes. “A gente mostra alguns experimentos e a importância das bactérias em diferentes contextos”, relata Ágata Tinti, estudante de Medicina. Seu colega Vinícius Barcelos, conta que o grupo levou “materiais interativos, meios com lactose e kombucha, que serve para fazer um refrigerante natural e também tem uma importância médica interessante, sendo utilizada para tratar feridas de queimados”, comenta.

Recém ingressos no projeto, Ágata Tinti e Vinícius Barcelos, estudantes de Medicina, encararam o desafio de representar a UEL por meio da apresentação do projeto que integram.

Higiene bucal de pacientes acamados

A saúde é uma grande frente de ações extensionistas. Tal configuração permite que estudantes das mais diversas vertentes atendam os mais diversos tipos de públicos em ambientes nunca pensados. O projeto “Atenção domiciliar: higiene bucal de pacientes acamados dependentes” tem esse aspecto. Como seu título sugere, estudantes de Odontologia se deslocam até Cambé para cuidar de pessoas acamadas, bem como orientar suas famílias.

“Foi desenvolvida uma escova especial, junto com um sugador, para quem não consegue cuspir e deglutir. O foco é higienização, mas dá para fazer extração, ajuste de prótese, várias coisas”, comenta Giovana Ueda, aluna do terceiro ano de Odontologia. “A gente se organiza em grupos e vamos para Cambé atender esses pacientes. 4 a 5 por período”, conta Maria Clara Berti, do segundo ano de Odontologia. “Às vezes não se trata nem da pessoa acamada, mas do cuidador dessa pessoa. É uma coisa que a gente não aprende dentro de sala de aula. O fato de a gente ir mostrar que tem alguém cuidando, para ajudar”, relata Maria Eduarda Hayashi, do terceiro ano.

Democracia em Jogo

Para além da saúde e da nutrição humana, o “Democracia em Jogo” leva ao Paraná Faz Ciência algo que perpassa a vida de todos: a política. Por meio de um jogo de RPG, o projeto convida os participantes a “salvarem” uma democracia. Ambar Manines, estudante de Ciências Sociais, explica a dinâmica do projeto: “A gente tenta abordar a questão da política nas escolas de uma forma mais fácil. Trazendo de um outro contexto, isso desperta o interesse neles. Eles se divertem e vão aprender ao mesmo tempo”.

“Como o RPG é interesse um jogo muito interativo, a gente consegue adentrar mais nesses assuntos e ser um pouco mais densos com eles. Eles mesmos falam o que está acontecendo no jogo, têm uma participação muito ativa”, relata a estudante de Ciências Sociais, Maria Eduarda Alves.

“O jogo tem cinco personagens: elfo, anão, paladino e o orc. O paladino é o único humano e fora da curva. Neste universo, não há igualdade. A gente traz estes estereótipos à tona”, considera Ernesto Eduardo Favil Santos, estudante de Ciências Sociais.

Participação da UEL

Somam-se ao estande da universidade os outros dois projetos “Cultivando Saúde”, que visa a prevenção ao câncer de mama, e “Oficina do Jogo e Educação Ambiental”, para finalizar o evento, expondo nos dias 2 e 3 de outubro. Todos eles integram o “Eixo 2 – “Mostra Interativa de Ciência, Tecnologia e Inovação”,

Além disso, no Eixo 5, a UEL marca presença com a participação do Museu Histórico de Londrina, do Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH) e do projeto “NAPI Paraná Faz Ciência/Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina”.

Graduandos da UEL preparam apresentações e dinâmicas que incentivam os conhecimentos e cuidados em saúde (Foto: Amanda Megumi)

(*Bolsista na Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade)

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