UEL leva ciência, cultura e extensão ao Paraná Faz Ciência
UEL leva ciência, cultura e extensão ao Paraná Faz Ciência
Projetos e órgãos suplementares dão visibilidade às ações da Universidade no maior evento científico do Estado.Manhã, tarde e noite movimentadas no Centro de Eventos Cidade dos Lagos, em Guarapuava (PR), onde acontece o Paraná Faz Ciência, um dos maiores eventos científicos do estado. A UEL marca presença com seus projetos e órgãos suplementares para dar visibilidade à ciência, cultura e extensão. Organizado, neste ano, pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), sob a coordenação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o evento encerra sua programação nesta sexta-feira (3).
Estudantes do Ensino Médio e Fundamental de toda a região chegam em caravanas para conhecer o que tem sido produzido nas instituições de ensino superior. A UEL levou ao evento seis projetos de extensão e pesquisa, além do Museu Histórico de Londrina, o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH), o Museu de Ciência de Tecnologia de Londrina (MCTL) e o Museu de Zoologia.
Revezando-se nas apresentações, os projetos estão em exposição no “Eixo 2 – “Mostra Interativa de Ciência, Tecnologia e Inovação”. Nos primeiros dias do evento, estiverem o inédito “ABC: Aprendendo Biotecnologia e Ciência”, ao lado do projeto “Adolescer com Saúde”, “Democracia em Jogo” e o “Atenção domiciliar: higiene bucal de pacientes acamados dependentes”, da área de Odontologia. Para finalizar, expondo nos dias 2 e 3 de outubro, os projetos “Cultivando Saúde”, que visa a prevenção ao câncer de mama, e “Oficina do Jogo e Educação Ambiental” somam-se ao estande da UEL.
Gisele Santos, coordenadora do projeto Oficina do Jogo, explica que “o jogo é um meio para falarmos de um conteúdo específico que estamos abordando”, a exemplo da educação ambiental. O jogador aprende por meio da interação, do raciocínio, desafios e agilidade, envolvendo corpo e mente nas temáticas propostas, como a reciclagem e o descarte adequado de resíduos.
Renata Silva cursa Educação Física e, nesta feira, não ficou parada. Ministrou oficinas na UTFPR, demonstrando seu projeto da melhor maneira possível: jogando. “Trazemos de uma forma lúdica os temas da educação ambiental”, salienta. Os extensionistas se dividiram entre oficinas e a exposição no estande da UEL. Todos os jogos são autorais, concebidos pelo grupo extensionista.
Já o Cultivando Saúde divulga informações acerca da prevenção ao câncer de mama. Pérola Crepaldi, extensionista, conta à reportagem que o projeto marca presença em escolas, feiras e até mesmo em igrejas.

Marina Rossi Carraro, graduanda em Medicina, participou do maior evento de divulgação científica do estado pela primeira vez, e o interesse das crianças a cativou: “Um grupo de meninas passou pelo estande, e elas estavam muito atentas, fazendo perguntas, interagindo”. Meninos ficaram surpresos com a informação de que a prevenção ao câncer de mama se estendia a eles. Letícia Machado cursa o segundo ano de Medicina. Ao atender uma mãe, na companhia de seu filho pequeno, comenta que “a diversidade do público” é uma constante em suas exposições: pessoas de todas as idades param para ouvir e aprender.
Órgãos da UEL
O Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH), junto aos Museu Histórico, de Zoologia e de Ciência e Tecnologia, está expondo no “Eixo 5 – Cultura e Arte” do Paraná Faz Ciência. Ele possui um dos maiores acervos de acervos de hemeroteca do Norte do Paraná. Laureci Silvana Cardoso, servidora do Núcleo, conta que a participação em eventos fortalece a divulgação e a visibilidade dos trabalhos realizados. “As pessoas terão conhecimento de que se tem esse lugar para fazer pesquisa”, relata.

Julia Piovesan, doutoranda em História, veio à Guarapuava representando o Museu Histórico de Londrina, que trouxe um acervo inédito de fotografias de casas de madeira. Realizado pela arquiteta Gabriela Wedekin, o registro tem o objetivo de valorizar as construções tradicionais paranaenses, as quais têm desaparecido, dando lugares a novos empreendimentos. Piovesan crê que a iniciativa é “a chance de mostrar para a população o que a universidade pública faz em suas diversas esferas”.
Para a pesquisadora, um evento científico deste porte é a oportunidade de “mostrar o serviço, as exposições, os projetos. Acaba gerando muito interesse nos alunos. Acredito que esse projeto, do Paraná Faz Ciência, é muito importante para a divulgação do que está sendo feito com o dinheiro do contribuinte na ciência”, conta.

William Kodama, mais conhecido como Sushi, é graduado em Química e está a caminho mestrado. Expondo o Museu de Ciência e Tecnologia, esteve em todas as edições anteriores e relata que o evento cresceu bastante. Pelo seu estande passam muitas crianças, atraídas pelos experimentos. “Os pais também ficam interessados e já convido eles a conhecerem a nossa Universidade Estadual de Londrina”, conta.
Fernanda Viali estuda Ciências Biológicas e está representando o museu de Zoologia. “Nosso objetivo é mostrar o tamanho da nossa coleção. A UEL é uma das universidades com uma das maiores coleções entomológicas de peixes do Brasil, e a gente veio mostrar um pouco da nossa grande coleção, mais de 7 mil espécies na universidade”, ressalta.
(*Bolsista na Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade)