Vitamina C no controle de comorbidades causadas pela obesidade
Vitamina C no controle de comorbidades causadas pela obesidade
O projeto de Ernane Torres Uchôa, utiliza a Vitamina C como forma de atenuar alterações metabólicas e reprodutivas causadas pela obesidadeAs comorbidades que aparecem durante a obesidade infantil, como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares entre outras, podem causar complicações até na vida adulta do indivíduo. Por isso, o projeto de pesquisa “A vitamina C como estratégia de manejo de alterações metabólicas e reprodutivas na vida adulta de ratos com obesidade infantil induzida por supernutrição lactacional”, coordenado pelo professor Ernane Torres Uchôa, do Departamento de Ciências Fisiológicas, busca meios de atenuar essas complicações.
A vitamina C é um objeto já pesquisado nos projetos coordenados pelo professor, porém, a eficácia por ela apresentada ao amenizar comorbidades causadas pela obesidade, foi o que implicou na nova vertente dos estudos. O professor também ressaltou que os resultados das pesquisas são compartilhadas com outros pesquisadores, como a professora Graziela Scalianti Ceravolo (mesmo Departamento) que, utilizando a vitamina C num modelo semelhante ao do projeto coordenado por Uchôa, também obteve resultados que apresentaram uma melhora vascular nos ratos.
O projeto permite a integração com outros departamentos e a participação de demais docentes de Ciências Fisiológicas, por conta das metodologias aplicadas nas pesquisas. As atividades práticas do projeto são conduzidas pelos alunos de pós-graduação que integram as pesquisas. Os estudantes dos cursos de Biomedicina, Farmácia, Medicina e Nutrição têm no projeto o contato com técnicas elementares, como o manejo dos animais e as técnicas minuciosas da pesquisa.
“Normalmente isso já serve de bagagem, tanto intelectual como em termos práticos, para eles galgarem uma posição, seja no mercado de trabalho propriamente dito, seja no meio acadêmico, como um futuro aluno de mestrado e seguido de Doutorado”, acrescenta Uchôa.

(Foto: André Ridão/ Agência UEL)
O ácido ascórbico (vitamina C) possui função antioxidante, e contribui para a atenuação desses distúrbios, como a intolerância à glicose, e melhora no perfil lipídico dos animais, fator que contribui para o baixo nível de triglicérides e colesterol. “E para nós avaliarmos se essas comorbidades foram melhoradas por essa estratégia de manejo, que é a vitamina C, a gente vai fazer a avaliação plasmática e bioquímica, de parâmetros relacionados à obesidade, como perfil glicêmico e perfil lipídico. Vamos também avaliar alguns tecidos relacionados a essas comorbidades como músculos, tecido adiposo, o fígado, e também vamos ver a função reprodutiva, avaliando as glândulas, o testículo, o ovário, para ver como que a função reprodutiva está sendo impactada dentro desse trabalho”, explica o professor.
Recém contemplado no Programa de Bolsas Produtividades do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto também abriga bolsas de Iniciação Científica e é utilizado como base para teses de Doutorado e dissertações de Mestrado.
(*Estagiário de Jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social)
