A Universidade Estadual de Londrina participou do Inova Iguassu 2025, festival de inovação e conhecimento realizado entre 22 e 25 de outubro no Itaipu Parquetec, em Foz do Iguaçu. Com público superior a 50 mil pessoas e mais de 6 mil visitantes por dia, o evento reuniu pesquisadores, estudantes, empreendedores e representantes de ecossistemas de inovação de todo o Paraná, Brasil, Paraguai e Argentina.

Dividido em cinco mundos temáticos (Latinoware, FIciências, Sapiens, Summit Tour e Itaipu Parquetec) o festival se consolidou como um dos maiores espaços de integração científica da América Latina. Entre as participações mais expressivas, a UEL ocupou papel central no Mundo FICiência e no Mundo Sapiens, aproximando o público de suas ações de pesquisa e extensão.

FICIÊNCIA – juventude e ciência

No Mundo FICiência, estudantes do Brasil, Paraguai e Argentina apresentaram projetos que traduzem criatividade, investigação e capacidade de transformar curiosidade em conhecimento. A edição de 2025 bateu recorde histórico com 1.028 projetos inscritos, sendo 881 do Brasil e 147 do Paraguai e da Argentina, reforçando o caráter internacional da feira.

Para a UEL, a participação ocorreu por meio do Museu de Ciência e Tecnologia, que integra as atividades desde as primeiras edições. A diretora Eliana Aparecida Silicz Bueno destacou a relevância do evento. “É muitíssimo importante participar do Iguassu. Para nós, a divulgação científica informal é essencial, porque tira o aluno da sala de aula e coloca a Ciência em contato direto com o público. Trazer os projetos para cá é crescimento, porque os avaliadores conversam, dão sugestões e ajudam as ideias a se tornarem maiores e melhores para a comunidade”, afirmou.

SAPIENS – Ciência que transforma

No Mundo Sapiens, a UEL esteve representada por projetos vinculados ao Programa de Sustentabilidade Territorial do Parque Tecnológico de Itaipu (ParqueTEC), iniciativa que apoia ações universitárias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As propostas envolvem educação ambiental, gestão de bacias, agricultura familiar, energias alternativas e saneamento, aproximando universidade e sociedade. As estudantes Ana Flávia Machado e Carolina Miranda, do projeto “Geração de renda por meio do processamento de produtos agropecuários da agricultura familiar”, destacaram o impacto da extensão. “Foi um prazer ter contato direto com o produtor. A gente vê a diferença acontecendo lá. Visitar o campo, entender a realidade e ver o efeito social do projeto é muito importante”, afirmaram.

O professor Weliton José da Silva, do curso de Ciências Biológicas, enfatizou a necessidade de aproximar a ciência da população. “A divulgação científica hoje é essencial. Muitas vezes os resultados das pesquisas não chegam ao público, e isso gera negacionismo e desconhecimento. Estar aqui com os alunos humaniza a ciência e permite que eles apliquem o que aprendem para atender demandas reais da comunidade”, explicou.

As estudantes Maria Fernanda Costa (Ciências Sociais) e Ana Clara Zanoni (Psicologia)
reforçaram o valor da participação. “É muito importante estar aqui, porque nosso tema não é muito falado. Ver projetos de tantas áreas, conhecer pessoas de vários lugares e apresentar nossa pesquisa tem sido incrível”, disseram.

IMPACTO – Inovação em Rede

Além da intensa circulação de público, o Inova Iguassu também sediou o encontro dos Ecossistemas Locais de Inovação (ELI), reunindo 42 representantes de diferentes regiões do Paraná. O ambiente colaborativo reforçou a integração entre universidades, setor produtivo e governo, fortalecendo redes de conhecimento que influenciam diretamente o desenvolvimento regional.

Com participação marcante em dois dos principais mundos do festival, a UEL reafirma seu compromisso com a Ciência, a extensão e o impacto social, aproximando estudantes, docentes e comunidades de experiências transformadoras. No FIciências e no Sapiens, a universidade mostrou que inovação nasce do encontro entre curiosidade, pesquisa e compromisso com a sociedade, e segue formando gerações que constroem, desde já, o futuro que querem ver.

*Bolsista na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX).