Pró-reitora integra lançamento de Agenda Nacional da CAPES

Pró-reitora integra lançamento de Agenda Nacional da CAPES

A iniciativa reflete os potenciais e desafios estaduais, com o objetivo de aproximar a pós-graduação brasileira com as demandas da sociedade.

A professora Silvia Márcia Meletti, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PRoPPG) da UEL, participou do lançamento da Agenda Nacional para a Formação de Pessoal de Nível Superior, em Brasília, nesta segunda-feira (17). O material é fruto de uma parceria com os 27 estados brasileiros, levantando os temas estratégicos prioritários em cada um, de maneira a orientar o investimento público na formação, fixação e atração de mestres, doutores e pós-doutores no Brasil.

A iniciativa reflete os potenciais e desafios estaduais, com o objetivo de aproximar a pós-graduação brasileira com as demandas da sociedade. Meletti discursou na abertura do lançamento, representando o Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (Foprop), no qual ela ocupa a cadeira de vice-presidente, e como membro do Comitê da Agenda.

Descentralização

A pró-reitora informou que uma pergunta norteou o trabalho: “A pós-graduação e a pesquisa brasileiras estão alinhadas com as necessidades mais emergentes das diferentes regiões do país?”, considerando que um ponto de partida centralizado não alcança as reais necessidades dos múltiplos territórios. Assim, a CAPES organizou oficinas em parceria com as Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs) em todos os estados. No caso do Paraná, a promoção foi da Fundação Araucária.

Eixos estratégicos foram debatidos nos encontros, que vão servir, “a partir de agora, para estruturar programas para direcionar o fomento e, ao mesmo tempo, a Agenda desencadeou a construção do Observatório da Agenda Nacional”, explicou a pró-reitora.

O recurso irá monitorar a evolução do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) frente aos temas da Agenda. Meletti completou que ele irá buscar a pesquisa que se alinha aos eixos estratégicos a nível nacional, mapeando a produção acadêmica e científica brasileira. “Eu vou poder identificar no Acre um pesquisador que trabalha com temáticas que dizem respeito a um eixo estratégico no Paraná”, exemplificou.

O Observatório vai impulsionar parcerias entre diferentes instituições de ensino, considerou a professora. “Antes de ter uma ferramenta dessas, o meu alcance na procura por pesquisadores que trabalhem na mesma área que eu era muito curto, porque eu vou pesquisar na base do currículo Lattes, na base de grupos de pesquisa do CNPq, e dependendo dos descritores que eu uso, fica muito limitado. Então, é uma nova ferramenta que abre a possibilidade de rastrear no país todo os grupos que trabalham na mesma perspectiva que eu”.

Agenda segue em construção

Meletti ressaltou que foi iniciado, ainda na segunda (17), um processo de monitoramento da própria Agenda, partindo do princípio que o material se encontra em processo de construção permanente, passível de alteração. “Nós começamos a discutir periodicidade de atualização dos eixos temáticos e da própria Agenda. Um eixo hoje pode não ser tão central daqui a dez anos, então ela está sempre em reestruturação e aberta para eixos emergentes”.

Alguns dados da Agenda Nacional e do Observatório já estão acessíveis na internet, porém, a disponibilização integral deve ocorrer no fim do ano que vem. A partir daí, o objetivo será ampliar a participação da comunidade acadêmica. A iniciativa é da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

*Bolsista na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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