UEL e parceiros fomentam inovação com foco em IA no Agronegócio
UEL e parceiros fomentam inovação com foco em IA no Agronegócio
NAPI Agro, que vai funcionar no prédio do Laboratório de Medicamentos, nasce como referência estadual em pesquisa.Pesquisadores, empresas, instituições parceiras e autoridades participaram nesta sexta-feira (22) do lançamento do Novo Arranjo de Pesquisa e de Inovação em Inteligência Artificial voltado ao setor do Agro (NAPI Agro), que será implantado no prédio do Laboratório de Medicamentos (LM) da UEL – Avenida Tiradentes, 6565, região oeste de Londrina. O Arranjo nasce a partir de investimentos da ordem de R$ 1 milhão para custeio de bolsas de estudos direcionadas a pesquisadores de várias áreas. Também estão confirmados repasses de empresas parceiras – Adama, Cooperativa Integrada e Jacto -, que deverão investir outros R$ 750 mil para ajudar na implantação da estrutura que pretende ser referência estadual em pesquisa e inovação, com foco em Inteligência Artificial a ser aplicada no Agronegócio.
O projeto vem sendo debatido há cerca de dois anos a partir da junção de ideias esforços de pesquisadores da UEL e de demais parceiros como Embrapa/Soja, Instituto de Desenvolvimento Rural (IFR), Universidade Tecnologica Federal do Paraná (UTFPR), Prefeitura de Londrina, Sociedade Rural do Paraná, Fundação ABC, Instituto Senai Tecnológico de Londrina, Fundação ABC, e SEBRAE. Também estão envolvidos o Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), além de diversas lideranças políticas e da sociedade civil. A proposta NAPI Agro é fomentar pesquisa de ponta e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores.
Durante o lançamento, o Superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, professor Aldo Bona, explicou que o ambiente de inovação existente nas Universidades necessita reverberar na sociedade. Ele defendeu que a Parceria Pública Privada (PPP) é um modelo interessante porque representa um mecanismo que envolve a iniciativa privada, que futuramente deverá ser impactada com novas tecnologias.
De acordo com o Superintendente, Londrina foi selecionada para o Napi Agro por ser um polo agrícola e, consequentemente, ter um Ecossistema de Inovação relacionado ao Agro organizado. Ele explicou que o governo do Paraná pretende ampliar o número de Napis, considerando a expertise e a vocação econômica de cada região.
Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, o investimento na pesquisa paranaense está solidificado nas sete Universidades, na existência da Fundação e nos demais institutos de pesquisa custeados pelo governo estadual. Ele incluiu as Universidade Federais nessa estrutura, que colocam o estado em posição estratégica para desenvolver inovação.
“Nos últimos 20 anos o Paraná aumentou em quatro vezes o número de doutores, ou seja, neste tempo conseguimos nos qualificar”, definiu o presidente, citando quem em 2002 o Paraná tinha 5 mil doutores, contra 20 mil espalhados hoje nas Universidades e Instituições de Pesquisa. Para Wahrhaftig, considerando todos os ativos positivos da pesquisa, o estado tem condições e estrutura para criar arranjos de inovação nas várias áreas do conhecimento.
Desenvolvimento para Londrina e região
O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, lembrou que o NAPI Agro é lançado exatamente no mês em que a Universidade completa 50 anos de reconhecimento pelo Ministério da Educação. Ele lembrou que a UEL foi criada a partir da necessidade do Norte do Paraná, da mesma forma que a sociedade brasileira hoje carece de pesquisas para enfrentar a crise financeira e social agravada pela pandemia do novo Coronavírus.
Segundo Sérgio Carvalho, a crise brasileira só será superada se o país conseguir uma taxa de expansão de seus ativos acima do crescimento vegetativo. “Se passamos por uma crise profunda, é com a presença da ciência que podemos pensar em um real desenvolvimento”, defendeu, acrescentando que a Universidade faz parte do conjunto de ferramentas para o desenvolvimento estratégico do estado.
Áreas de Pesquisas
Além de ceder parte da estrutura física, a UEL participa do Napi Agro por meio de pesquisas nas áreas Biológicas, da Engenharia Elétrica, das Ciências da Computação e da Agronomia. A proposta é que o local também acolha o futuro Laboratório de Inteligência Artificial. O projeto pretende angariar recursos do governo federal e da iniciativa privada para reunir e estimular parcerias entre pesquisadores, startups e empreendedores, além de sediar o futuro Hub de Inovação da UEL.
Segundo a professora Cristianne Cordeiro Nascimento, diretora de Planejamento e Integração Acadêmica da Pró-reitoria de Planejamento (PROPLAN) da UEL, a parceria é fruto de várias tratativas e esforços de todos os parceiros no projeto, considerando o potencial da região e das Universidades paranaenses. Como o Paraná é polo em produção agrícola, a proposta foi desenvolver projetos com foco nessa área.
Participaram do lançamento do Napi Agro a deputada federal, Luíza Canziani; os secretários municipais de Londrina, Alex Canziani (Governo) e Moacir Sgarioni (chefia de gabinete); o presidente do Hub CocriAgro, AgroValley, George Hiraiwa, além de representantes das empresas e das entidades parceiras do projeto. Também estiveram presentes na solenidade presencial diretores de Centro de Estudos e de várias coordenadorias e unidades da UEL.