Projeto indica contribuição das abelhas para aumento da produção do café
Projeto indica contribuição das abelhas para aumento da produção do café
Apesar de não ser necessário o uso de abelhas para polinização das flores do cafezal, estudos mostram que a produção pode aumentar em até 20% quando elas visitam as plantações. É a partir disso que pesquisas estão sendo conduzidas no Norte do Paraná para identificar as principais espécies de abelhas que frequentam os pés de […]Apesar de não ser necessário o uso de abelhas para polinização das flores do cafezal, estudos mostram que a produção pode aumentar em até 20% quando elas visitam as plantações. É a partir disso que pesquisas estão sendo conduzidas no Norte do Paraná para identificar as principais espécies de abelhas que frequentam os pés de café e comparar com outras regiões do país.
O projeto “Abelhas polinizadoras do cafeeiro: avaliação bioeconômica das abelhas polinizadoras do café e avaliação bioeconômica” é conduzido na UEL pela professora Silvia Helena Sofia, do Departamento de Biologia Geral, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). São avaliadas as propriedades que fazem parte da Rota do Café, abrangendo de Londrina a Ribeirão do Pinhal, no Norte do Paraná. Em levantamentos prévios, a principal espécie encontrada é a abelha africanizada ou europa (Apis mellifera), uma espécie exótica, introduzida no país no século 19.
A professora lembra que o Norte do estado já foi o principal produtor de café do país, entre os anos de 1930 e 1970. Atualmente, a região concede ao Paraná o posto de sexto maior produtor do Brasil. A pesquisa vem como forma de valorizar a região e ainda de conservar as espécies de abelhas que nos últimos anos estão sofrendo redução das populações devido a ação humana.
No país, o estudo é realizado há três anos pela Universidade Federal do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com financiamento do CNPq, da Associação Brasileira para Estudo das Abelhas (A.B.E.L.H.A) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). É com as plantações de café do Rio de Janeiro e de Minas Gerais que os estudos do Paraná serão comparados. Diferente daqui a pesquisa já aponta que nessas regiões são encontradas espécies nativas, como a mandaçaia, uma abelha sem ferrão.
Educação Ambiental
Outro objetivo do estudo, segundo Silvia Helena, também é contribuir com o produtor, visando ganho econômico e também educar sobre a importância das abelhas para a produção de alimentos. “Geralmente eles são abertos e têm interesse pelas abelhas”, afirma.
De forma semelhante, outro trabalho realizado pela professora é a divulgação da importância das abelhas para crianças e adolescentes. A ação já ocorreu em escolas da cidade e também na Fazendinha, durante a Exposição Agropecuária de Londrina (ExpoLondrina). Nos locais, foi levada a coleção de abelhas de orquídeas e outras abelhas brasileiras, que apresentam diferentes cores e tamanhos.