Projeto discute relações raciais para professores e rede socioassistencial
Projeto discute relações raciais para professores e rede socioassistencial
Objetivo é repassar conteúdo sobre temas relacionados ao racismo contra negros e povos indígenas.Integrantes do projeto de extensão “Tecendo redes formativas para fortalecer a educação das relações étnico-raciais” reiniciam as atividades na primeira semana de agosto com oficinas pedagógicas que serão realizadas até outubro próximo, envolvendo cerca de 150 professores de 145 escolas abrangidas pelo Núcleo Regional de Ensino (NRE) de Londrina. O objetivo é repassar conteúdo sobre temas relacionados ao racismo contra negros e os povos indígenas, em cumprimento às Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que preveem a inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar.
As atividades do projeto tiveram início em março deste ano envolvendo bolsistas, estudantes e professores de cinco centros de estudos. Neste primeiro semestre do ano, os integrantes realizaram três palestras online para os professores. Além das seis horas de curso, a formação continuada incluiu leitura de textos e a contextualização do conteúdo apreendido para outros professores e para estudantes nas próprias escolas.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Margarida de Cássia Campos, do Departamento de Geociências (CCE), o cronograma de atividades para este segundo semestre de 2022 inclui oficinas pedagógicas que serão organizadas pelos cinco bolsistas do projeto. Ao todo, serão três sessões realizadas na UEL, entre agosto e outubro. A expectativa é preparar os professores para que possam organizar os debates nas escolas em novembro, que é o mês da Consciência Negra. “O racismo é um tema transversal, a proposta é que professores passem a ser difusores sobre a questão racial”, define a professora.
Rede Assistencial
Além de trabalhar com os professores ligados ao NRE de Londrina, o projeto também atende aos profissionais da Rede Socioassistencial formada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Creas), Centro Pop e Conselho Tutelar. São cerca de 45 educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais que no primeiro semestre deste ano participaram de seis encontros presenciais realizados na Sala Multimeios do CCE. Segundo a coordenadora do projeto, os encontros debateram a questão do racismo estrutural praticado contra negros e povos indígenas.
Ela explica que este conteúdo é importante porque estes profissionais lidam diariamente com a população em situação de vulnerabilidade, das quais a maioria é constituída de pessoas negras. Neste segundo semestre do ano, estão previstos outros oito encontros, que terão início a partir de 2 de agosto próximo.
A programação também pretende envolver a população atendida na própria Rede Socioassistencial com sessões de cinema no Cine Teatro Ouro Verde e a participação na Feira das Profissões da UEL, que será realizada em setembro. Ainda está previsto uma pesquisa junto a este pessoal sobre o atendimento realizado na rede e a estruturação de um observatório do racismo, que teria a função de acolher denúncias.
Mais informações sobre o Tecendo Redes podem ser conferidas nas mídias sociais do projeto, no Instagram e YouTube.