A UEL realiza, na manhã deste sábado (29), um debate sobre o acesso à moradia segura pela população de baixa renda, em um evento que conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Parte da programação do projeto Circuito Urbano 2022, o evento é organizado pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo, do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) e ocorre o na Sala de Teleconferências do Centro, às 9h. As inscrições podem ser realizadas neste endereço.

Participam como painelistas a docente do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UEL Elisa Zanon; o arquiteto e urbanista uruguaio e coordenador do Centro de Assessoria à Autogestão Popular (Caap), Leonardo Pessina; a mestre em Tecnologia da Construção pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) Lilian Nagato; a arquiteta e urbanista, doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela USP e docente do Centro Universitário de Votuporanga (Unifev) Terezinha Gonzaga, e o assistente social e co-fundador do site Papo Reto Londrama Alisson Poças. 

O objetivo é promover a interação entre diversos setores, buscando impactar as comunidades que podem ser beneficiadas diretamente com o surgimento de projetos e empreendimentos de interesse social e que, por sua vez, necessitam de Estudos de Impacto de Vizinhança (EIVs). Este debate, informa o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo Gilson Bergoc, também passa pela regulamentação da Lei Federal nº 11.888/2008, que garante assistência técnica gratuita às famílias que ganham menos de três salários mínimos. “Hoje, no Brasil, apenas 25 municípios regulamentaram essa lei e em Londrina estamos atrasados (a lei completou, em 2022, 14 anos). Precisa haver um fundo municipal que tenha recursos que seriam destinados aos profissionais para que eles possam realizar este serviço junto à comunidade”, explica o docente, um dos organizadores do evento.

O debate também vai contar com a presença da professora Olívia Orquiza, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, que desenvolve ao lado de Bergoc o projeto integrado de Extensão e Pesquisa nº 2433, de apoio à comunidades sobre questões urbanísticas. “O foco é debater como a organização e participação das comunidades, com suporte da Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS), pode contribuir na redução das desigualdades sociais no território (ODS 10) e amparar o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras”, completa Bergoc.