Laboratório de Microscopia ganha reforma e obras de adequação a partir de fevereiro
Laboratório de Microscopia ganha reforma e obras de adequação a partir de fevereiro
Laboratório integra Central Multiusuária da UEL e realiza análises para projetos de várias áreas. Investimentos de R$ 250 mil viabilizam uso de microscópio de alta tecnologia.No próximo mês, o Laboratório de Microscopia Eletrônica e Microanálise (LMEM) da UEL vai receber obras de reforma e ampliação que deverão ser feitas por uma empreiteira contratada com recursos originários de doação do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná. Ao todo, serão investidos R$ 250 mil nas obras de adequação e reforma do prédio que tem quase 20 anos de uso, totalizando 300 metros de área construída. O Laboratório integra a Central Multiusuária da UEL e realiza análises microscópicas para projetos de várias áreas do conhecimento. O LMEM também possui parceiros de setores da saúde, agropecuária, química e da construção civil.
Com a reforma, o Laboratório poderá receber finalmente a instalação do Microscópio Eletrônico de Varredura e Transmissão de alta precisão analítica, adquirido no ano retrasado com recursos do edital Infraestrutura de Pesquisa em Áreas Prioritárias (Proinfra) de 2021, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O investimento é da ordem de R$ 2,5 milhões. Uma sala ampla será totalmente adaptada para receber o microscópio, que necessita ser instalado de acordo com os padrões técnicos indicados pelo fabricante. O equipamento foi produzido na Alemanha e permitirá que o laboratório avance com mais agilidade no desenvolvimento biotecnológico nas áreas de Química, Física e Biologia.
As obras foram intermediadas pela deputada federal Luísa Canziani, que atuou juntamente com o pai e ex-deputado Alex Canziani, atual presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), responsável por intermediar a negociação com o MPT do Paraná. Os contatos com a parlamentar e o presidente da Codel foram feitos pelo então coordenador do LMEM, Admilton Gonçalves de Oliveira, professor do Departamento de Microbiologia.
Admilton explica que procurou a assessoria da parlamentar ainda em 2022 buscando uma saída para o problema. A Universidade havia adquirido um equipamento diferenciado, mas, para sua instalação, seria necessário fazer uma adequação no Laboratório. As obras têm previsão de serem rápidas, com conclusão em cerca de 30 dias, e vão substituir as redes lógica e elétrica. Também serão trocadas janelas, portas e batentes, além da cobertura. Todo o piso deverá ser substituído por porcelanato. A reforma ainda deverá mudar a parte estrutural, finalizando com pintura interna e externa.
O atual diretor do LMEM, professor Alexandre Urbano, do Departamento de Física (CCE) da UEL, explica que para viabilizar as obras foi necessário destravar alguns entraves burocráticos que legalizassem o investimento, em forma de doação. Depois de muito contato e consultas, o pesquisador concluiu que a alternativa seria o próprio MPT fazer o pagamento à empresa responsável pelas obras, o que possibilitaria a doação formal do benefício à Universidade.
Repercussão
No final do ano passado, a coordenação do Laboratório, juntamente com pesquisadores que atuam no LMEM e representantes da administração da UEL receberam o ex-deputado Alex Canziani e a deputada Luísa em uma visita ao local. Na ocasião, professores e autoridades puderam ouvir o relato da experiência profissional dos pesquisadores Julya Stein Siena, engenheira química, e Ivan Ilic, do Instituto Italiano de Tecnologia.
Ao ser procurado para apoiar a demanda do Laboratório de Microscopia, o ex-deputado Alex Canziani contatou o procurador-chefe do MPT-PR, Gláucio Araújo de Oliveira, que indicou o procurador Fábio Fernando Pássari, que atua em Campo Mourão. Os recursos para as obras vieram de multas aplicadas pelo MPT e que podem ser destinados a projetos que beneficiem a comunidade por meio de prestação de serviços.
Para o ex-deputado, a atividade desenvolvida pelo Laboratório de Microscopia Eletrônica e Microanálise tem repercussão não somente junto à comunidade científica, mas também a parceiros da iniciativa privada que trabalham com inovação, o que justifica o apoio e o investimento feito pelo MPT.