Estudantes da UEL são premiados no Festival Internacional de Inovação de Londrina
Estudantes da UEL são premiados no Festival Internacional de Inovação de Londrina
Universidade também foi representada através de projetos e startups voltados para o desenvolvimento.“Me Joga no Lixo”. Inicialmente, o pedido pode parecer estranho, mas nada mais é do que nome de uma solução biotecnológica que atua no melhoramento da gestão de resíduos, ideia concebida por estudantes da UEL que conquistaram o terceiro lugar no 1° Hackathon Smart Cities, realizado entre os dias 6 e 8 de dezembro durante a primeira edição do Festival Internacional de Inovação de Londrina.
Ao todo, cerca de 100 participantes – distribuídos em 20 grupos – se reuniram a fim de pensar e problematizar criações inovadoras, processo que contou com mentorias, apresentações, brainstorming, além de discussões com convidados da comissão organizadora. Ao final do Hackathon, as equipes apresentaram seus projetos à uma banca avaliadora, que considerou aspectos de identificação do problema, solução apresentada, viabilidade de mercado, grau de Inovação e capacidade e competências do time.
Segundo a estudante de Biotecnologia (CCE), Letícia Braghetti, o projeto desenvolvido pela equipe da UEL se trata de pastilhas formadas por bactérias, fungos e micro-organismos geneticamente modificados, os quais, ao entrarem em contato com matéria orgânica – dentro de uma composteira também criada pelos discentes – a degradam de forma rápida, gerando um menor volume de lixo, evitando o descarte em aterros sanitários e lixões e contribuindo na produção de biofertilizantes. De acordo com Letícia, o produto seria voltado para estabelecimentos com alta produção de matéria orgânica, tais como restaurantes e condomínios residenciais. Além disso, a estudante também pontua o potencial de implementação das pastilhas como uma política governamental.
Às iniciativas de destaque, foram concedidos prêmios de R$3 mil (primeiro lugar), R$2 mil (segundo lugar) e R$1 mil (terceiro lugar). Além da solução apresentada pelos discentes da UEL, também foram contemplados um projeto de segurança pública intitulado “Guard Eye”, o qual atua no enfrentamento de assaltos e homicídios e a equipe “AcquaVoltex”, com um projeto que supervisiona vazamentos no sistema de distribuição de água.
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Inovação na Saúde
Na frente de desenvolvimento no campo da saúde, o Núcleo de Fabricação Digital e Inovação do HU/UEL (FAB.i HU) integrou palestras, painéis e hackathons durante o encontro. Em atividade desde 2022, a o projeto oriundo de parceria entre os departamentos de Fisioterapia (CCS) e de Design (CECA) da UEL tem como finalidade o desenvolvimento, prototipagem e fabricação de produtos na área da saúde, sobretudo naquilo que envolve o uso de impressão 3D.
A coordenação conjunta do projeto é feita pela professora Sonia Fabris, do Departamento de Fisioterapia, e pelo professor Claudio Pereira, do Departamento de Design, que apresentaram a palestra “Impressão 3D na Saúde: tecnologia a serviço de um cuidado mais humano”, na qual apresentaram o trabalho realizado pelo FAB.I HU e seus impactos na saúde pública e na vida dos pacientes.
Anteriormente, no mês de novembro, discentes, técnicos e professores do HU e CCS participaram do Hackathon Health Tech 2024, maratona realizada na Santa Casa de Londrina que explorou as novidades tecnológicas na área da saúde. Durante o Festival de Inovação, as quatro equipes finalistas do concurso foram premiadas, dentre as quais, o FAB.I foi representado por duas equipes: a UVEYES e a Talis, que conquistaram o 2º e 3º lugar, respectivamente.
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Startups
Ainda no tópico de projetos inovadores, a UEL também esteve presente por meio do estande da Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (INTUEL), ramo da Agência de Inovação Tecnológica da UEL (AINTEC) que auxilia a formação de empresas na área de software. Passaram pelo estande as empresas incubadas BRTech, GRAL, NovaAlga e Compare Suplementos.
No mais, três startups associadas à Incubadora marcaram presença, com estandes próprios, no Festival. Dentre elas, a Bio3, uma spin-off acadêmica com modelo de negócio de uma Startup – fruto do trabalho realizado no Laboratório de Biotecnologia Microbiana (LABIM) – que atua na pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados à agricultura e aos bioinsumos. Além dela, participaram as empresas Natu.me e a Pythonourish.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.