O Curso Especial Pré-Vestibular (CEPV) da UEL iniciou suas aulas na última segunda-feira (14), com aula inaugural no Centro de Ciências Biológicas (CCB). Assim como em 2024, o CEPV abriu 200 vagas para o período vespertino e 250 no noturno para alunos de baixa renda matriculados no Fundamental 2 e do Ensino Médio da rede pública.

A equipe, que opera no bloco do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) é composta de 36 instrutores bolsistas. Eles participaram de um processo seletivo realizado de fevereiro e março deste ano, composto de prova escrita, banca didática e entrevista e análise de currículo. Em todas as etapas eles precisam atingir ou ultrapassar a média 7.

O curso trabalha com simulados elaborados, aplicados e corrigidos pelos instrutores, que também fazem as provas de seleção dos novos bolsistas. “A gente faz todo ano cadastro de reserva, porque sempre há rotatividade e isso é muito interessante, porque eles amadurecem bastante também com esse processo. E como estão diretamente envolvidos em todo o trabalho do cursinho, eles se desenvolvem muito e têm muito a contribuir”, explica Rita de Cássia, coordenadora do CEPV.

Apoio pedagógico e psicológico

A coordenadora explica que além das disciplinas, o cursinho tem um pessoal especializado que atende outras áreas para auxiliar no processo de aprendizado. Nesse sentido, um exemplo disso são os acadêmicos de Pedagogia, que acompanham as aulas e auxiliam os instrutores no processo didático. Eles também dão apoio aos próprios estudantes na orientação de estudo deles em disciplinas que eles tenham maior ou menor dificuldade. “O cursinho também é um local de formação docente, o pessoal vem aqui dar aula e põe em prática os conhecimentos que eles adquirem nos seus cursos”, explica.

Há também o trabalho dos acadêmicos de Psicologia, que fazem rodas de conversa, orientação e, se necessário, encaminhamentos de alunos para atendimento na Clínica Psicológica. “É um apoio que o pessoal recebe num momento tão difícil que é toda essa tensão que precede o vestibular e as provas do Exame Nacional do Ensino Médi (Enem). Então, é muito difícil para eles toda essa carga de responsabilidade, sendo eles ainda, a grande maioria, ainda tão jovem”, diz a coordenadora.

Tecnologia e acessibilidade

Rita de Cássia também explicou que o CEPV também possui vários instrutores que dominam também outras áreas da tecnologia que acabam sendo incorporadas ao cursinho. “A gente tem aí uma gama de instrutores que são bem jovens e que estão antenados aí nas redes sociais, que dominam bem essa questão da tecnologia, das Inteligências Artificiais. Isso, à medida que a gente vai aprendendo, consegue adaptar ao cursinho”.

Já com relação aos materiais, a coordenadora explica que o cursinho tem a apostila disponibilizada em áudio no Spotify, como uma forma de garantir a acesso ao conteúdo. “O pessoal tem um canal que dá para ouvir as nossas apostilas para o caso de pessoas que precisem dessa audição. Porque muitas vezes nós temos deficientes visuais, pessoas que têm baixa ou nenhuma visão e aí ouvir essas apostilas também auxilia para que essas pessoas tenham acesso a algum conteúdo do vestibular e do Enem”, conclui.

(*Estagiário de Jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social).