CCH Cultural abre exposição “NAJI: Apartheid na Palestina” nesta segunda (19)

CCH Cultural abre exposição “NAJI: Apartheid na Palestina” nesta segunda (19)

A abertura será na Réplica da Primeira Igreja Matriz de Londrina - Calçadão da UEL, às 19h, local que irá receber a exposição até o dia 23 de junho.

O Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH) convida as comunidades interna e externa da UEL para a abertura da exposição “NAJI: Apartheid na Palestina”, nesta segunda-feira (19). A abertura será no CCH-Cultural (Réplica da Primeira Igreja Matriz de Londrina – Calçadão da UEL), às 19h, local que irá receber a exposição até o dia 23 de junho. Em seguida, entre os dias 6 a 25 de julho, a exposição poderá ser visitada na Na Sala de Exposições do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH).

A exposição “NAJI: Apartheid na Palestina” ocorre em parceria com o Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a partir da articulação dos professores Luís Fernando Cerri e Fábio Bacila Sahad. É uma produção do Programa de Pós-Graduação em História da UEPG, do Comitê Ponta-grossense de Solidariedade à Palestina e do Projeto de Extensão “Educação em Direitos Humanos e Ensino de História” – coordenado pelo professor Luis Fernando Cerri, do Dehis/UEPG) – com apoio do Comitê Árabe-brasileiro de Solidariedade/PR.

Naji al-Ali

Naji al-Ali (1938-1987). (Foto: Interative Encyclopedia of the Palestine Question).

Naji al-Ali (Palestina, 1936/1938) viveu no exílio até ser assassinado em Londres (1987). Esteve entre as centenas de milhares de palestinos expulsos e desapropriados durante a Nakba ou limpeza étnica de 1948, que possibilitou a fundação de Israel como Estado judeu, ou seja, racializado. Naji começou a desenhar no Líbano, como expressão de resistência.

Seus cartuns trazem vários aspectos da judaização da Palestina, que resultou no crime de Apartheid, recentemente reconhecido, além do genocídio em Gaza.

Em 1979, Naji foi eleito secretário-geral da Liga de Cartunistas Árabes e membro da secretária-geral da União de Escritores e Jornalistas Palestinos. É considerado um dos mais importantes cartunistas árabes e mundiais. Seus desenhos — cerca de 14 mil — são marcados por críticas mordazes à situação palestina e árabe. Eles se tornaram sua única forma de expressar suas angústias e o sofrimento do povo palestino. Ele criou várias figuras recorrentes em sua obra. A personagem Handala simboliza a dor dos palestinos, mas também sua firmeza diante das adversidades.

Outra personagem, Fátima, representa a mulher palestina intransigente, com uma visão clara da causa palestina e de como resolvê-la; ela tem um marido alto, magro, de bigode comprido e trabalhador. Há também o homem gordo de nádegas à mostra, que simboliza líderes árabes oportunistas, e o soldado israelense, muitas vezes retratado confuso enquanto crianças palestinas o atacam com pedras. Naji captura com sensibilidade os impactos do racismo sionista no cotidiano e nas vivências das e dos palestinos em vários momentos, como: a Nakba, a ocupação do restante da Palestina de 1967 em diante e na vida dos refugiados, como ele mesmo. Denuncia também os erros e traições de lideranças árabes e o imperialismo dos EUA.

Em 1979, Naji al-Ali recebeu o primeiro prêmio na Exposição de Caricaturas Árabes realizada em Damasco. A Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias o homenageou em 1988 com o prêmio “A Caneta Dourada da Liberdade”, reconhecendo-o como um dos maiores cartunistas do mundo. O jornal japonês Asahi Shimbun o selecionou como um dos dez mais importantes cartunistas do mundo. Após seu assassinato, foi criado o Centro Cultural Naji al-Ali, em Beirute, para preservar sua memória. (Interative Encyclopedia of the Palestine Question).

Divulgação.

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