UEL licencia tecnologia e viabiliza produção de três novas ferramentas para Odontologia Restauradora
UEL licencia tecnologia e viabiliza produção de três novas ferramentas para Odontologia Restauradora
É o quarto contrato de licenciamento de tecnologia formalizado pela UEL via Agência de Inovação Tecnológica.A UEL oficializou nesta sexta-feira (10) um contrato de licenciamento de tecnologia com a Indusbello Company, de Londrina, para produção e comercialização de três réguas específicas para auxiliar cirurgiões dentistas no trabalho de recuperação de dentes, visando uma boca saudável e um sorriso perfeito. O contrato foi assinado nesta manhã por representantes da Universidade, da Fundação de Apoio (FAUEL) e da empresa licenciada, na sede da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec). Este foi o quarto contrato de licenciamento de tecnologia formalizado pela UEL via Agência, o primeiro após a Política de Inovação de Ciência e Tecnologia, aprovada no último dia 3 de setembro.
As três ferramentas (Régua Milimetrada para fotografia; Régua Milimetrada de Proporção Áurea e Régua Milimetrada de Proporção Individual) serão confeccionadas em acrílico, material que permite a desinfecção em autoclave e foram desenvolvidas pelos professores Adriana de Oliveira Silva e Hebert Samuel Carafa Fabre, do Departamento Odontologia Restauradora, do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Os dois professores chegaram às tecnologias a partir da dificuldade do cálculo da proporção dos dentes e da boca dos pacientes utilizando as ferramentas existentes – régua de análise, paquímetro e compasso de ponta seca. Segundo a professora Adriana, este instrumental exige que o cirurgião dentista faça medições e realize cálculos para conseguir a proporcionalidade, fundamental para obter um sorriso harmônico e equilibrado. As novas ferramentas permitem ter uma dimensão biométrica mais exata e precisa, dispensando cálculos matemáticos e facilitando o trabalho.
Segundo o reitor da UEL, Sérgio Carvalho, o repasse da tecnologia permitirá que mais um resultado de pesquisa chegue à sociedade, colaborando para um tratamento odontológico adequado e preciso. O reitor comemorou a assinatura do primeiro contrato após a aprovação da recente Política de Inovação, que representa alternativa para a proteção da propriedade intelectual e possibilita a prestação de serviço técnico especializado ou extensão tecnológica, além de criar regras para uso e compartilhamento de infraestrutura e de recursos humanos. “Estamos cumprindo nossa missão. A Universidade resgata o propósito para a qual foi criada”, resumiu o reitor.
Para o diretor da Aintec, professor Edson Miura, a partir da aprovação da nova Política de Inovação de Ciência e Tecnologia, pesquisadores e empresas passam a contar com diretrizes e segurança jurídica para estabeleceram contratos e parcerias. “Entendo que esta é a melhor forma de levarmos nosso capital intelectual à sociedade”, define o diretor, acrescentando que a Universidade também ganha visibilidade e alternativas para novas fontes de fomento.
O diretor da Indusbello Company, Leonardo Rodrigues Beni, explica que o interesse da empresa se deu pelo fato das réguas odontológicas serem simples, porém muito funcionais para o trabalho do cirurgião dentista na parte clínica e nos procedimentos estéticos. A Indusbello tem 31 anos de atividades e um portfólio de 1,5 mil produtos, desde acessórios para fotografia e radiografia odontológica, passando por itens direcionados à área cirúrgica até vestuário e Equipamentos de Proteção (EPI). A empresa tem sede em Londrina e representação em todo o território nacional e em 35 países.
Ferramentas Patenteadas: solução
As três ferramentas patenteadas (Régua Milimetrada para fotografia; Régua Milimetrada de Proporção Áurea e Régua Milimetrada de Proporção Individual) permitem a verificação rápida do conjunto da boca do paciente, a análise da proporção e a medição individual de cada dente, respectivamente. As réguas foram desenvolvidas durante um Programa de Formação Complementar direcionado a estudantes da disciplina de Odontologia Restauradora do curso de Odontologia da UEL, em 2019. Segundo os criadores, as novas ferramentas permitem ter uma dimensão biométrica mais exata e precisa.
“Tínhamos essa necessidade até porque cada vez mais os pacientes buscam a odontologia restauradora para ter um sorriso perfeito”, comenta a professora Adriana. Ela explica que as três ferramentas foram produzidas a partir de estudos, comparações e uma boa dose de prática profissional. Ela explica que a Odontologia exige do profissional o gosto pelo artístico, pela busca da beleza, sobretudo se o Cirurgião Dentista trabalha com restauração. A professora acrescemta que uma das inspirações para o desenvolvimento das três ferramentas estão na obra do professor José Mondelli, da Faculdade de Odontologia (USP) de Bauru (SP), pioneiro dos estudos de Estética e Dentística Operatória, autor de livros importantes sobre a área. O próprio professor Mondelli desenvolveu uma régua de análise, que não foi patenteada, e é bastante utilizada pelos profissionais da área.
As três novas ferramentas desenvolvidas pelos professores da UEL oferecerem uma diretriz, uma técnica nova, simples e rápida para buscar uma proporção melhor na restauração dos dentes dos pacientes. Segundo os dois criadores, o conceito de belo é subjetivo. Para a Odontologia Restauradora interessa a proporção, buscar o melhor resultado estético. “É um esforço para termos mais chances de chegar a um efeito harmônico e equilibrado”, afirma a dupla.