Liga de Propriedade Intelectual da UEL vence competição nacional

Liga de Propriedade Intelectual da UEL vence competição nacional

Equipe da UEL ficou em primeiro em duas das quatro modalidades disputadas. Estudante londrinense também alcançou o primeiro lugar geral na competição.

Vinculada ao Programa de Formação Complementar em Direito e Tecnologia, a Liga de Propriedade Intelectual da UEL (IntelectUEL) foi a grande vencedora da I Competição Nacional de Propriedade Intelectual, realizada neste final de semana de forma remota. A competição, voltada para ligas acadêmicas de universidades de todo o País, foi organizada pela Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI) e pela Liga Acadêmica de Propriedade Intelectual da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (10).

De acordo com a coordenadora do Programa de Formação Complementar e docente do Departamento de Direito da UEL Têmis Chenso Pedroso, a IntelectUEL alcançou o primeiro lugar em duas das quatro modalidades da competição. Bem classificada também nas outras duas modalidades, as estudantes da estadual londrinense alcançaram o primeiro lugar na classificação geral. 

“Essa é uma matéria que contemplamos na grade curricular, mas não são todos os cursos de Direito no Brasil que têm um tratamento específico. Entre os avaliadores, haviam professores da UFRJ, desembargadores e servidores do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Eles comentaram como era interessante ver alunas dominando o assunto, sabendo princípios e regras tão específicas. Isso mostrou que o ensino jurídico aqui na universidade está atingindo seus objetivos”, comemora a coordenadora. 

Competição

Em todas as modalidades, os graduandos foram testados com base em casos elaborados pelos avaliadores e apresentados durante a competição. Na modalidade Sustentação Oral, as alunas da UEL encaminharam uma solução jurídica viável para um caso que envolvia o uso indevido de uma imagem por um veículo de comunicação. Os participantes também precisaram desenvolver pareceres jurídicos e peças administrativas ao longo da competição.

“Uma peça administrativa dizia respeito a um processo de identificação da marca nas categorias de registro no INPI, e havia apenas uma letra diferenciando uma de outra, sendo necessário a impugnação deste novo registro. Por fim, a elaboração de um parecer trade dress, que trata de conflitos de identidades visuais de embalagens”, explica a docente.

Na modalidade Lei Seca, os graduandos foram testados sobre seus conhecimentos a respeito da Lei nº 9.279/1996, que regula os direitos e obrigações relativos à Propriedade Intelectual no País, além da legislação que trata de direitos autorais.

Participaram da competição as seguintes estudantes: Geovana Camargo de Souza, Larissa Sampaio Zanelatto, Sabrina Matias Uliana, Maria Júlia Santos Frasson, Isabella Duarte, Jacqueline Fernandes Dias do Carmo Silva, Julia Fiuza Herek de Lima e Beatriz Romanelli.  

Direito e Tecnologia 

O Programa de Formação em Direito e Tecnologia surgiu há cerca de três anos a partir da necessidade de se praticar uma abordagem transversal sobre as implicações jurídicas de inovações tecnológicas no cotidiano, envolvendo áreas como Direito Constitucional, Trabalhista e Civil. Ao mesmo tempo, conhecimentos abordados por disciplinas da graduação em Ciências da Computação e áreas afins, também são fazem parte do programa.

“A ideia foi que começássemos a trabalhar com essa temática. Sempre que temos a oportunidade de realizar palestras, registramos para que todos possam participar. A ideia é que as pessoas possam entender as implicações da tecnologia nas nossas vidas, assim como vimos na pandemia, como também as novas possibilidades quando falamos em IA (Inteligência Artificial) e robôs, seja na Medicina, na produção intelectual e artística”, exemplifica. “A tecnologia pode trazer muitas coisas boas, mas se não for bem utilizada, pode gerar muitos problemas que, mais tarde, os profissionais do Direito precisarão solucionar”, conclui.  

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