Um grupo de representantes da startup israelense Grace Breeding, que atua no desenvolvimento de biofertilizantes, visitou a Agência de Inovação Tecnológica da UEL (Aintec) na tarde desta segunda-feira (13). O objetivo foi conhecer o trabalho realizado pelos departamentos da Aintec na condução do processo de transferência de tecnologias, no caso, as relacionadas à produção agrícola biológica.

Representando a reitora da UEL, Marta Favaro, a chefe de gabinete da Reitoria, Lisiane Freitas de Freitas, destacou que a instituição possui interesse em firmar parcerias com empresas, desde que sejam companhias realmente comprometidas com o desenvolvimento sustentável. 

Também esteve presente a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Inês Cristina de Batista Fonseca, que colocou a estrutura do Centro à disposição, visando, também, fomentar a produção acadêmica de estudantes de mestrado e doutorado interessados em pesquisarem novas soluções para o Agronegócio.

A Assessoria de Relações Internacionais (ARI) da UEL foi representada pela servidora Thais Artoni Martins, responsável pela formalização de cooperações internacionais. Já a Aintec foi apresentada pelo assessor técnico Marinno Arthur. “Esta foi a terceira visita técnica deste ano. Temos a intenção de intensificar esse trabalho, visando à transferência das tecnologias que a UEL produz. Neste sentido, a parceria da Agência com a Reitoria, diretores dos centros de estudos e chefes de departamentos é fundamental”, destacou Arthur, responsável por apresentar a estrutura.

O encontro também contou com a presença do diretor de inovação da Sociedade Rural do Paraná (SRP), o engenheiro e empreendedor Renan Salvador, além de representantes da Gaia Agrosolutions.

Parcerias

CEO da Grace Breeding, o engenheiro Assaf Dotan conheceu a Aintec por intermédio de representantes da Gaia Agrosolution, startup aprovada no processo seletivo de empresas incubadas que já conta com o protocolo de intenções para o desenvolvendo científico nas áreas de Biotecnologia e Agronegócio formalizado. 

Em sua apresentação, Dotan destacou que o mercado de bioprodutos cresceu 40% no Brasil somente no ano passado. Neste sentido, pretende atuar no mercado brasileiro também com o objetivo de reduzir a dependência dos agricultores brasileiros por fertilizantes importados. Só para se ter uma ideia, do total de fertilizantes importados no País, 23% vêm da Rússia, em guerra há cerca de um ano contra a Ucrânia.  

A Gaia Agrosolution vem contando com a colaboração do docente do Departamento de Agronomia da UEL, Juliano Tadeu Vilela de Resende. De acordo com ele, o extrato botânico que vem sendo desenvolvido já foi testado em sementes de milho. Os resultados preliminares apontaram que o produto é capaz de provocar redução na demanda por água e nitrogênio, melhorando a fixação do carbono e sendo, também, compatível com a microbiologia.  

Em 2023, outras cinco empresas de matriz tecnológica, além da Gaia Agrosolutions, deverão ser incorporadas pela Aintec.