Cinquenta anos de trabalho, dedicação e gratidão pela UEL

Cinquenta anos de trabalho, dedicação e gratidão pela UEL

Em comemoração aos 55 anos da UEL, reportagem homenageia o servidor Francisco Carlos Navarro, o Chico do Cesa.

“A universidade para mim… a universidade é minha mãe, você entendeu? É como se fosse minha mãe. É um relacionamento que não tem divórcio. Eu falo que…” – neste momento, emociona-se profundamente, começando a chorar e interrompendo momentaneamente o relato. Em seguida, com voz embargada, continua: “Tudo o que eu tenho, mais do que isso, tudo o que eu sou, como homem, como pessoa, eu devo à universidade”. Essa resposta foi dada à pergunta sobre o motivo de não querer se aposentar, mesmo já com 50 anos de serviços prestados à Universidade Estadual de Londrina. 

A UEL está comemorando 55 anos de criação e, ao longo do ano, várias iniciativas irão transmitir o mote “Ser UEL”, sentimento expresso nas trajetórias de milhares e milhares de pessoas que, ao longo do tempo, ajudaram a consolidar a UEL como uma das maiores e mais respeitadas universidades públicas do país.

Francisco Carlos Navarro: meio século de dedicação à Universidade Estadual de Londrina. (Foto: Agência UEL).

A história de Francisco Carlos Navarro, o Chico do Cesa (Centro de Estudos Sociais Aplicados), contada aqui em forma de homenagem, pode dar subsídios para o entendimento dessa noção de pertencimento.

Nascimentos e infâncias

Em 5 de junho 1953, nascia Francisco Carlos Navarro em Uraí, cidade conhecida pela cultura do rami, cuja fibra possui alta resistência, bem superior à do cânhamo, à do linho e à do algodão. Aos seis anos de idade, Chico – como prefere ser chamado e como é conhecido na UEL e especialmente no Cesa – caiu de um pé de goiaba e fraturou o braço direito, na altura do cotovelo. Com risco de perder as funções do membro, teve de ser levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo para um tratamento que durou um ano e meio. Nesse tempo todo no hospital, por questões financeiras, raramente teve a companhia dos pais. Lá, além da companhia de médicos e enfermeiros, divida o quarto com outras crianças e professores que lhes davam o ensino que estavam impedidos de receber em sala de aula. Essa passagem de sua vida rendeu-lhe, não só a perda parcial da mobilidade da mão e do braço direitos, mas também características em sua personalidade, como independência e proatividade.

Em 1973, nascia o estudante Chico. Passou no vestibular da UEL para o curso de Letras, tendo sido colega de sala do jornalista e escritor Nilson Monteiro e, como professor, o grande escritor Domingos Pellegrini, que deu aulas de Teoria da Literatura no biênio 1974-1975. Na época, as coisas eram diferentes. Pagava-se para estudar na UEL e havia um sistema de composição de turmas peculiar, chamado sistema de créditos. Para certas disciplinas, ocupavam a mesma sala alunos de Letras, Medicina, Engenharia, Direito etc. Depois de assistirem a essas aulas de turmas mistas, cada aluno voltava para suas turmas de origem. “Você fazia um núcleo comum que era do seu curso e tinha a opção de fazer outras disciplinas de outros cursos que não eram do núcleo básico do seu curso”, explica. Segundo Chico, isso era uma estratégia do então regime militar para que laços mais duradouros não fossem criados entre os estudantes. “Não tinha turma fixa, porque uma hora você ficava aqui, outra hora você estava ali, outra hora você estava lá, então ficava tudo meio disperso”, comenta.

Aliás, sobre esse assunto, um fato marcante ocorreu quando Chico teve seu direito de ir e vir cerceado por agentes da ditadura militar. Isso ocorreu quando ele morava na Casa do Estudante, no segundo andar de um edifício localizado na Avenida Juscelino Kubitschek. No mesmo prédio, no primeiro andar, sediava-se o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Juristas famosos, um deles, Hélio Bicudo, viriam a Londrina para uma palestra sobre redemocratização no Teatro Universitário do Cesa, que ficava situado na mesma avenida. Então, como forma de obstruir o evento, os militares interditaram um trecho da avenida no qual estavam o teatro, a Casa dos Estudantes e o DCE. Homens do Exército bloquearam a entrada do prédio dos estudantes e só permitiam que eles saíssem se fossem levados até o destino por um camburão. Obviamente, o destino jamais seria o teatro onde a palestra se realizaria. Por conta dessas interdições, a palestra foi cancelada.

Bloqueio dos militares para impedir que estudantes fossem a palestra sobre redemocratização. Chico aparece na foto atrás de um dos soldados, no canto esquerdo, de camisa branca. (Foto: Arquivo pessoal)

Em 14 de março de 1975, nascia o servidor Chico, após ser aprovado num concurso para o cargo de escriturário na UEL, começando a trabalhar na antiga Diretoria de Extensão, atual Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX). Nesse cargo, permaneceu apenas seis meses, pois fora aprovado num outro concurso, interno, para o cargo de Oficial de Administração, cujo vencimento era o dobro do anterior.

Mesmo já desempenhando suas funções como servidor da UEL, não deixou de estudar. Após o curso de Letras, fez também o de Secretariado Executivo e uma especialização em Administração de Marketing e Propaganda e uma outra de Gestão Pública. Após passar cinco anos na Diretoria de Extensão, foi convidado para trabalhar como secretário-executivo no Escritório de Aplicação de Assuntos Socioeconômicos, órgão suplementar do Cesa, cujas atividades se assemelham às do SEBRAE no que diz respeito ao fornecimento de orientações, treinamentos e expertise para pequenas e médias empresas de Londrina e região. Também no Cesa, ajudou a criar o Núcleo de Informática Experimental, que atualmente é a Divisão de Informática do centro. Desde o ano 2000, Chico desempenha a função de secretário-executivo da Secretária de Pós-Graduação Stricto Sensu do Cesa.

Trabalho e proatividade

No trabalho na UEL, Chico sempre esbanjou proatividade. “Eu tenho uma política de trabalhar na universidade como se estivesse trabalhando numa empresa privada”, diz. Não entendia aquela famosa frase “ah, isso não é comigo”, dita por servidores que não tinham o mesmo comprometimento com o trabalho ao serem demandados por alguma tarefa. Chico nunca foi assim. É conhecido no Cesa justamente por exercer várias atividades que não são da sua alçada, exatamente por não saber dizer “não” a quem lhe pede ajuda.

Um exemplo marcante de proatividade e compromisso com a UEL extrapolando suas funções foi quando decidiu comprar uma roçadeira para fazer jardinagem na universidade. Roçava, carpia, aparava, sempre fora do horário de expediente, aos sábados, domingos e feriados. “Quando o diretor do Cesa comprava umas plantas para o jardim, eu é que ia lá plantá-las”, conta. O hábito de plantar mudas no Cesa estimulou outros colegas, e o resultado é que o centro é hoje um dos mais bem arborizados com árvores frutíferas, como goiaba, manga e limão. “Teve uma época que até o vice-diretor veio também aqui no final de semana para ajudar a fazer o jardim comigo”, comenta. Ainda nessa seara do embelezamento da UEL, não era raro ver o Chico ajudando a pintar paredes no Cesa. “Nós contratamos alguns pintores que pintaram esse prédio por dentro e por fora, e eu pintei junto. Peguei o pincel, o rolo e ajudei a pintar todas as salas”, relata.

Houve várias e várias passagens em que Chico fez muito mais do que as obrigações que o cargo lhe exigia. Por exemplo, para conseguir recursos para a UEL, Chico teve a ideia de propor a uma empresa que havia construído o prédio do Cesa décadas antes, que fizesse uma peça publicitária com o mote “Nós estamos na UEL há muito tempo”. A construtora usaria as imagens do prédio do Cesa gratuitamente na peça e em troca a empresa restauraria o prédio. Chico montou todo o projeto de marketing e apresentou à empresa. Por questões logísticas, o projeto não foi levado adiante, mas o episódio serve para retratar esse ímpeto do Chico por fazer, ir atrás e não ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem. Só é proativo quem se sente pertencente a algo. O sentimento de pertencimento mobiliza para a ação.

“Gastei minha vida em prol da UEL como uma vela se consome para iluminar. Entrei com 22 anos, hoje estou com 72”. (Foto: Agência UEL)

Medos e curas

Num certo momento de sua vida, Chico perdeu sua proatividade, sua autonomia, sua independência. Curiosamente, para superar esse momento, suas duas mães – a biológica e a mãe UEL – foram fundamentais para apoiá-lo e curá-lo. Em 1977, Chico pegou carona com um colega que anos depois seria reitor da UEL, José Carlos Pinotti, para irem ao trabalho. Chovia bastante. Adentraram à Rua Prefeito Faria Lima, que naquela época recebia muita lama na pista trazida pela chuva. Descendo a rua, o carro derrapou e bateu fortemente num poste. Ambos se feriram muito. O globo ocular esquerdo de Chico saiu da órbita, ficando exposto. Cirurgias plásticas foram feitas ao longo dos anos para restaurar os danos na face, mas o maior e mais duradouro trauma que o acidente provocara foi psicológico.

Durante cinco anos, Chico conviveu com pânico em relação à chuva. Evitava sair de casa quando chovia. Para ir ao trabalho, era um sacrifício. “Se eu pudesse entrar embaixo da cama, eu entrava”, conta, exemplificando o grau de intensidade da síndrome que lhe acometia em dias chuvosos. Certa vez, quando o céu estava muito carregado, prestes a desabar uma tempestade, Chico teve que recorrer à sua mãe, dona Lúcia Mendes Navarro, para que ela o acompanhasse no carro até a UEL. Nessas situações, dona Lúcia permanecia no carro, fazendo tricô, enquanto Chico trabalhava.

Minha relação com a UEL é uma via de mão dupla, onde se dá e se recebe, mas eu sinto que mais recebo do que dou. Às vezes me sinto em dívida.” (Foto: Agência UEL)

Da parte da mãe, veio o amparo do afeto; da parte da UEL, o amparo da ciência. Chico fez durante muito tempo tratamento psicológico na Clínica Psicológica da UEL, instalada um ano antes do acidente, em 1976. Certa vez, durante uma tempestade, a psicóloga que o tratava lhe disse ao telefone: “Vem já pra cá”.

Ela queria que ele relatasse o que sentia no consultório durante o evento tempestade. Dialogando com Chico e utilizando técnicas de relaxamento, a psicóloga o fez constatar que o medo de chuva não era seu, mas sim de sua mãe. Quando criança, durante tempestades, dona Lúcia mandava seus seis filhos irem para debaixo da mesa da cozinha, numa casa cujo teto não tinha forro. Acendia velas, queimava palmas bentas e rezava até a chuva passar. O acidente com o carro na chuva e o medo incutido no inconsciente na infância deflagraram o trauma. Após perceber isso, com a ajuda da UEL, foi-se o medo e veio a cura.

Vazios e presença

Quem foi cuidado, quer cuidar. Chico lembra de dois momentos difíceis que a UEL passou. O primeiro deles, no final de 2001 e início de 2002, quando houve uma greve protagonizada por universidades estaduais, que paralisou todas as atividades da universidade, acadêmicas e administrativas, por quase seis meses, mais precisamente, 169 dias. Jornais da época relatam que, até então, esse havia sido o mais longo movimento grevista da história do país. E o segundo momento difícil ocorreu por conta das paralisações e restrições de trabalho provocadas pela pandemia de COVID-19, que durou dois anos no Brasil.

Em ambos os episódios, Chico não largou a UEL. “Nesses dois momentos, nunca abandonei a universidade. Eu vinha aqui todo dia. Na greve, estava tudo vazio, não funcionava nada. Vinha voluntariamente, ficava aqui umas duas, três horas todo dia de manhã. Na pandemia, trabalhamos remotamente, mas além do trabalho remoto, eu vinha presencialmente todo dia para verificar se estava tudo certo”, relata Chico.

Elos e afetos

Uma espécie de cordão umbilical, afetivo e atemporal, liga a UEL a milhares e milhares de pessoas que já passaram pela instituição: estudantes, funcionários, professores ou cidadãos de Londrina, do Paraná, do país e de fora dele, que se curaram no HU, se enriqueceram culturalmente com uma apresentação da OSUEL ou assistindo a um filme no Ouro Verde, que receberam a luz da orientação jurídica do EAAJ em meio às nebulosidades aflitivas de um litígio judicial. Essa ligação especial tem nome: gratidão. A mesma gratidão que teima em não sair de Chico.

O sentimento de gratidão que Chico tem pela UEL talvez seja a melhor expressão de pertencimento. “Minha relação com a UEL é uma via de mão dupla, onde se dá e se recebe, mas eu sinto que mais recebo do que dou. Às vezes me sinto em dívida”. E Chico não se cansa de tentar quitar essa dívida: é preciso colocar uma cancela no Cesa? Sem problemas, chama o Chico; é preciso alguém para gerir uma equipe de dezenas de zeladores do Cesa? Fácil, chama o Chico. Como a mãe que é incapaz de negar um pedido de um filho, Chico é incapaz de negar trabalho e dedicações extras à UEL. O amor que os une corporifica o sentimento de pertencimento que há nessa relação. Uma via de mão dupla, sem obstáculos, sem buracos, sem chuvas, em que o fluxo do afeto é constante, em ambos os sentidos da pista.

“Gastei minha vida em prol da UEL como uma vela se consome para iluminar. Entrei com 22 anos, hoje estou com 72. O que a universidade me deu em troca? Primeiro, tudo o que tenho financeiramente, poder sustentar minha família, meu pai, minha mãe. E como pessoa, me deu a formação como ser humano. Esse outro lado é mais importante que o financeiro. São as pessoas. Quantas pessoas passaram pela minha vida na UEL, me influenciaram e foram influenciadas por mim? Isso é impagável”, complementa Chico, que diz estar de luto no momento porque um companheiro de UEL acabara de se aposentar, após ter convivido com ele por 47 anos no trabalho. “A universidade são as pessoas, as relações. É isso o que quero dizer quando digo que não consigo pagar, dar esse retorno à UEL, dessa parte humana das pessoas que passaram pela minha carreira”, explica.

Chico recebendo o prêmio de funcionário que fez mais treinamentos no ano de 1977. (Foto: Acervo pessoal).

Chico comenta um outro nível de gratidão que perpassa a noção de pertencimento. É aquele estabelecido com a comunidade externa, com aqueles que já passaram pela UEL. Segundo ele, há um desejo grande da sociedade de retribuir à UEL o que recebeu dela. Ele cita histórias de contatos feitos com empresários para a aquisição de algum insumo para a UEL, como por exemplo flores, as quais durante o contato com o comerciante foram prontamente doadas, ao descobrirem que o comprador seria a UEL. Cita outro caso também, quando a UEL intencionava comprar um ônibus para auxiliar no transporte de professores e alunos. Durante o contato com a empresa que venderia o ônibus, o empresário se disse surpreso com a intenção da compra e, efetivando seu antigo desejo de ser grato à UEL, decidiu doar o ônibus. “Acho que a UEL tem que se abrir mais para a comunidade externa porque ela é ansiosa em contribuir com a universidade”, afirma Chico.

Entre os colegas, a gratidão também se faz presente. Chico menciona o depoimento de um professor que recebe propostas cotidianamente para trabalhar em universidades privadas com uma remuneração maior, mas que prefere continuar na UEL justamente por querer, assim como Chico, quitar essa “dívida” com a universidade. “O desejo de gratidão. É essa coisa que não sai das pessoas quando elas saem da UEL. O sentimento permanece. Porque é assim: você vai sair da universidade, mas a universidade não vai sair de você”, sintetiza Chico.

Futuro e conselhos

São 50 anos de UEL, mas Chico não pensa em parar já. Apesar de já ter direito a ela, a aposentadoria não é e nunca foi um objetivo obsessivamente perseguido. “Ao longo desses 50 anos, vi muitos colegas que ficavam contando no dedo o ano, o dia que iriam se aposentar. Em junho, completarei 72 anos, e me dá um frio na barriga quando penso que os 75 anos estão próximos e, por lei, serei obrigado a me aposentar”.

A relação de pertencimento também está presente na forma como Chico lida com a questão da aposentadoria. Há 25 anos ajudando diretamente a formar estudantes com seu trabalho na Secretária de Pós-Graduação Stricto Sensu do Cesa, Chico viu muitos se tornando mestres e doutores, advogados, promotores, juízes. “Me dá uma satisfação muito grande ver cada profissional saindo formado daqui e saber que de alguma maneira, direta ou indireta, eu contribuí para que ele se formasse um cidadão, um profissional. Então eu faço parte. É isso que me faz ficar”, resume Chico. E complementa (contrastando com o senso comum em relação à aposentadoria, que é parar, descansar) dizendo o que ele ganha não se aposentando: “Isso pra mim é vida. Estar dentro da universidade é estar vivendo, é uma satisfação. Estou com quase 72 anos, e às vezes trabalho 10 horas por dia, sou o primeiro a chegar e o último a sair. E não querendo sair! Então, você quer mais pertencimento do que isso?”.

Questionado sobre que conselho daria para um servidor que assumisse um cargo hoje na UEL e tivesse como meta permanecer 50 anos na universidade, Chico responde: “Olha, acho que para a pessoa ter uma carreira dentro da universidade, tem que entender o objetivo, que é formar, não só um profissional, mas um cidadão. Colocar em primeiro lugar o aluno, para contribuir de toda forma para que ele seja formado um cidadão. E secundariamente, dar apoio e facilitar a vida do professor, porque é o professor quem vai dar aula para ele”. E como conselho fundamental, Chico destaca as qualidades que o funcionário público tem que ter, qualidades que nunca lhe faltaram: “Esqueça aquela pecha de funcionário público. Trabalhe aqui como se você trabalhasse numa empresa privada. Ser proativo, correr atrás, se dedicar de corpo e alma. Porque você vai passar mais tempo na universidade do que com sua própria família. Então aqui é uma grande família. E nós temos um monte de filhos para cuidar, que são os alunos”, finaliza.

Na foto à esquerda, Chico em frente ao Cesa em 1979; e à direita, no mesmo local em 2025 (Fotos: arquivo pessoal e Agência UEL)

Repórter e entrevistado

A trajetória da UEL nesses 55 anos foi construída por muitas trajetórias de vida, de dedicação, de amores indizíveis e inexplicáveis sob a lupa da razão, mas claramente identificáveis pelos olhos do coração. Na entrevista, em determinado momento, o repórter percebe isso: a emoção esclarecendo (tim-tim por tim-tim, fazendo todo o sentido) a ligação de um homem com seu trabalho, com a sua segunda casa, com seu colo existencial, com sua mãe-UEL. A missão de um repórter é transmitir o que vê e sente, seja de fatos, seja de personagens. Esta matéria tentou relatar os sentimentos e verdades captadas nas mais de duas horas de conversa com o Chico. Palavras escritas não relatam tudo. Às vezes, a emoção na voz diz mais. Colocamos abaixo o trecho da fala do Chico transcrita no início deste texto, no qual ele se emociona ao dizer que ama a UEL. Porque os laços que geram pertencimento não estão em regras, em normas, em regimentos. Estão nos afetos construídos ao longo do tempo, em ligações de vivências, em elos de companheirismo, em vínculos de doação, em liames de dedicação, em junções de amor. Parabéns, Chico-UEL!

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