UEL participa de missão internacional à Nova Zelândia

UEL participa de missão internacional à Nova Zelândia

A missão teve como destino a Nova Zelândia e reuniu representantes de 20 instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil, entre os dias 16 e 27 de junho.

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) participou, pela primeira vez, de uma missão internacional organizada pela Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). A missão teve como destino a Nova Zelândia e reuniu representantes de 20 instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil, entre os dias 16 e 27 de junho. A UEL foi representada pela Assessora de Relações Internacionais, Viviane Bagio Furtuoso.

A participação marca um passo essencial na estratégia de internacionalização da Universidade. “Foi uma oportunidade muito importante de apresentar as potencialidades da UEL e abrir portas para áreas estratégicas, pois não há registros de que a Universidade tenha estado em uma missão internacional da Abruem e nem desta dimensão antes”, afirmou a assessora.

Antes da viagem, as equipes da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) mapearam possíveis sinergias entre os grupos de pesquisa da UEL e os das universidades neozelandesas. Durante a missão, o diálogo com as instituições foi ampliado, possibilitando a divulgação das potencialidades da Universidade.

“O trabalho agora é voltar para a nossa comunidade com os resultados obtidos e atuar em conjunto para consolidar parcerias sólidas e colaborativas. A busca por recursos e a preparação para editais de fomento estarão no centro do planejamento das próximas etapas também”, destacou Viviane.

Representantes de 20 instituições brasileiras conheceram espaço de cultura maori, dos povos indígenas da Nova Zelândia. (Foto: Divulgação Abruem).

A missão à Nova Zelândia foi liderada pelo reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Fábio Antonio Neia Martini, atual presidente da Câmara de Internacionalização e Mobilidade Acadêmica da Abruem. A agenda incluiu visitas técnicas aos campi das universidades localizadas em Wellington, Palmerston North, Dunedin, Christchurch, Lincoln, Hamilton e Auckland, além de reuniões com pesquisadores e autoridades acadêmicas.

Rede internacional de cooperação

Durante a missão, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Governo do Paraná e as oito universidades da Nova Zelândia, oficializando a criação de uma rede internacional de cooperação. A UEL é uma das sete universidades estaduais do Paraná que integram a iniciativa, coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A cooperação terá duração de dez anos e prevê intercâmbio de estudantes e professores, além do desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas.

Entre os temas prioritários estão agricultura sustentável, energias renováveis, inovação educacional, biotecnologia, genômica, economia, arte e cultura, educação indígena, sustentabilidade e mudanças climáticas. A parceria também abre possibilidade para programas de mobilidade acadêmica e dupla titulação em cursos de mestrado e doutorado.

Segundo Viviane Furtoso, a UEL deverá participar ativamente das ações previstas, por meio da mobilidade discente e docente, do fortalecimento de redes de pesquisa e da colaboração com universidades que estão entre as 3% melhores do mundo, segundo o Banco de Dados Mundial do Ensino Superior (WHED).

O secretário estadual em exercício da Seti, Jamil Abdanur Júnior, que integrou a missão, destacou o impacto da parceria: “Essa cooperação coloca o Estado em posição de destaque no cenário global de pesquisa e inovação, ao permitir que nossas universidades absorvam e compartilhem conhecimentos em áreas em que a Nova Zelândia é referência”.

Além dos ganhos acadêmicos e científicos, o acordo fortalece o intercâmbio cultural entre os dois países, com ênfase na troca de experiências em educação indígena — área em que a Nova Zelândia possui ampla experiência. A UEL, que já desenvolve ações voltadas à diversidade e inclusão, poderá ampliar sua atuação com metodologias inovadoras de ensino e pesquisa.

Para os próximos meses, estão previstas ações concretas decorrentes do acordo por parte da Seti, como a publicação de editais de bolsas de estudo e a formação de grupos de trabalho bilaterais entre as universidades brasileiras e neozelandesas.

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