Universidade recebe missão internacional da Nova Zelândia

Universidade recebe missão internacional da Nova Zelândia

Com o objetivo de dar continuidade à aproximação institucional iniciada em julho na Nova Zelândia, a Universidade Estadual de Londrina recebeu na tarde desta quarta-feira (17) um grupo de docentes representantes de seis das oito instituições de ensino superior públicas do país oceânico visitadas pelas universidades paranaenses. A missão internacional, coordenada no Brasil pela Secretaria da Ciência, […]

Com o objetivo de dar continuidade à aproximação institucional iniciada em julho na Nova Zelândia, a Universidade Estadual de Londrina recebeu na tarde desta quarta-feira (17) um grupo de docentes representantes de seis das oito instituições de ensino superior públicas do país oceânico visitadas pelas universidades paranaenses. A missão internacional, coordenada no Brasil pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), é um novo passo para a criação de uma rede internacional de cooperação entre o Paraná e a Nova Zelândia com objetivo de promover o intercâmbio de estudantes e professores, além do desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, ao longo dos próximos dez anos.

Na UEL, a reunião institucional foi coordenada pela Assessoria de Relações Internacionais (ARI) em conjunto com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPPG), e promoveu um grande encontro entre os professores neozelandeses e coordenadores de programas de pós-graduação da UEL responsáveis por executar a maior parte dos investimentos em pesquisas que chegam à instituição. 

A Assessora de Relações Internacionais da UEL, professora Viviane Bagio Furtoso, destacou a enorme importância do evento para o processo de internacionalização da UEL, que já soma mais de 100 acordos internacionais com mais de 100 universidades de 20 países. Após o final das tratativas para o fechamento da parceria com as universidades neozelandesas, a UEL passará a contar com acordos de cooperação internacional com instituições de todos os continentes do mundo, projetando ainda mais a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão no cenário internacional do ensino superior.  

“Agora, é hora dos pesquisadores conversarem para chegarem mais profundamente no objeto de estudo. Então, o que há em comum, quais são as sinergias das áreas de estudo entre os pesquisadores da UEL e da Nova Zelândia, para que avancemos em projetos colaborativos, para que se busque recursos para que esses projetos possam ser financiados e possamos avançar nessa parceria”, diz a assessora, responsável por apresentar a UEL no encontro. 

A delegação da Nova Zelândia reuniu dez professores de seis instituições de ensino superior: University of Auckland; University of Canterbury; Victoria University of Wellington; University of Waikato; Auckland University of Technology (AUT) e University of Otago, a mais antiga do país, fundada em 1869. Na lista das 3% melhores universidades do mundo, segundo o Banco de Dados Mundial do Ensino Superior (WHED), as seis instituições de ensino superior possuem um total de 200 mil estudantes e fomentam pesquisas em áreas estratégicas como resistência climática, sustentabilidade, agricultura e meio ambiente, realidade virtual e Inteligência Artificial. Com mais de 45 mil estudantes, a Universidade de Auckland, por exemplo, ocupa o 65º lugar no QS World University Ranking de 2026, o que reafirma a importância da parceria.  

Vice-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de Auckland e coordenador institucional da missão neozelandesa, o professor Frank Bloomfield apresentou o panorama do ensino superior no país, formado pelo consórcio “Te Põkai Tara”. O nome faz alusão a um “grupo de chefes” no idioma Te Reo Maori, língua falada pelos povos ancestrais que já habitavam a Oceania, antes da chegada dos colonizadores europeus. 

O professor Frank apresentou brevemente os centros que formam o arranjo de pesquisa neozelandês, amplamente conectado com um sistema de dados públicos municipais, e os docentes abordaram as áreas de pesquisa mais avançadas em cada instituição. A dinâmica ainda contou com uma apresentação cultural do grupo, que expressou o seu respeito pelos saberes ancestrais da Nova Zelândia, entoando uma tradicional oração do povo Maori. 

O diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) da UEL, Eduardo Araújo, também fez parte da recepção, que contou com a presença de diversos setores, como a Agência de Inovação Tecnológica (Aintec), e de Paulo Afonso Schmidt, Assessor de Relações Institucionais e Cooperação Internacional da Seti. “Tenho certeza que a cooperação vai ser muito boa para os dois países,” disse. 

Após a formação dos grupos de trabalho entre as universidades, estão previstas novas ações concretas como a publicação editais de bolsas de estudo para a mobilidade internacional entre pesquisadores das duas instituições. 

O professor Frank Bloomfield, da Universidade de Auckland, apresentou o cenário do ensino superior da Nova Zelândia (Foto: André Ridão)

(*Assessor na Coordenadoria de Comunicação Social da UEL).

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