Projeto quer incentivar plantas ornamentais e estruturar setor produtivo

Projeto quer incentivar plantas ornamentais e estruturar setor produtivo

Montante de R$ 1,5 milhão é o maior já recebido pelo setor de floricultura da UEL e deve ser aplicado para produção de cerca de 200 mil mudas por ano.

Atuar na capacitação de recursos humanos e na organização do setor produtivo. Estes são os principais objetivos do projeto Biofábrica de Orquídeas e Outras Ornamentais, lançado na Universidade Estadual de Londrina na manhã desta sexta-feira (15). A cerimônia de lançamento contou com a presença da reitora, Marta Favaro, docentes e servidores do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEL, membros da administração e representantes de instituições apoiadores, como a Fundação Araucária e o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel).

A Biofábrica de Orquídeas e Outras Ornamentais estará conectada ao Orquidário da UEL e será coordenada pelo docente do curso de Agronomia Ricardo Faria. A partir dos esforços do professor e do apoio de outros servidores da UEL e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o projeto foi contemplado com recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, oriundos do Fundo Paraná/Seti. O montante, segundo o pesquisador da UEL, é o maior já recebido para o setor de floricultura na Universidade até hoje.

O recurso, explica o professor, será investido na estruturação de estufas para a propagação in vitro de orquídeas e outras plantas, aquisição de insumos, adequação dos laboratórios e na concessão de bolsas de estudo para até 15 estudantes e profissionais de áreas como Agronomia, Engenharia Florestal e Marketing. Ele avalia que estes esforços deverão capacitar o projeto e o Orquidário da UEL a produzirem cerca de 200 mil mudas por ano de espécies como Orquídeas, Bromélias, Helicônias e plantas ornamentais tropicais.

Lançamento do projeto foi no Anfiteatro de Pós-Graduação da Agronomia (CCA) e reuniu docentes e servidores do CCA, membros da administração e representantes da Fundação Araucária e Codel (André Ridão/Agência UEL).

“Detectamos que para ter uma floricultura forte aqui no Paraná e em Londrina temos que capacitar alunos. Então teremos bolsas de estudos, um laboratório que será uma grande Biofábrica de orquídeas, bromélias e outras ornamentais, e, ao mesmo tempo, poderemos atender aos produtores mostrando a viabilidade da floricultura como geração de emprego e renda”, explica. 

Setor produtivo 

Outra frente do projeto pretende estruturar o setor produtivo da região de Londrina, que conta com pequenos e grandes produtores, além de empreendedores em busca de conhecimento e renda. Dentre os mais experientes e bem estruturados na região, cita Faria, está a família Takemura, inserida no ramo desde meados da década de 1970 e considerada a maior produtora de Rosas do Deserto do Brasil. 

Por meio de levantamentos que serão realizados em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, o grupo de trabalho quer ouvir as demandas dos produtores para saber quais são as potencialidades e gargalos, “já que a floricultura precisa de um mix de produtos”, diz. “Assim, poderemos trabalhar a comercialização. Precisamos fortalecer o Ceasa Flores Londrina, que é um próximo sonho nosso. Assim teremos a cadeia completa: pesquisa, capacitação e produção”, conclui o professor.

O projeto também contou com o apoio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) por meio dos seus técnicos e do presidente, Alex Canziani. Durante o evento, Canziani parabenizou a iniciativa, destacando que o trabalho poderá ajudar a transformar a cidade na “capital das orquídeas no Paraná”. “É um projeto fantástico. Sou um entusiasta do professor Ricardo e a própria Secretaria da Agricultura está à disposição para que possamos transformar cada vez mais a cidade em uma cidade que se desenvolve na área da floricultura”, avalia. 

Também estiveram presentes no encontro a assessora de Relações Institucionais da Fundação Araucária, Cristiane Cordeiro, e a diretora do CCA, Inês Fonseca.

“O sentimento é de agradecimento, reconhecimento e felicidade. É uma felicidade perceber que a ciência produzida pelos nossos profissionais tem a possibilidade de alterar a condição de vida das outras pessoas, no caso, dos pequenos agricultores. Isso faz com que a UEL atenda a uma das suas funções primordiais, que é o serviço à comunidade”, destacou a reitora, Marta Favaro.

Abaixo, confira a matéria completa da TV UEL sobre o lançamento da Biofábrica de Orquídeas e Outras Ornamentais:

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