Professor de Medicina Veterinária participa de evento científico do G20
Professor de Medicina Veterinária participa de evento científico do G20
Ulisses de Pádua participou do Inception Meeting do Science20 como membro da Academia Brasileira de Ciências.Um filme passou diante dos olhos de Ulisses de Pádua: o professor de Medicina Veterinária viu toda sua vida, sua família, amigos e colegas de profissão que o auxiliaram em sua jornada até alcançar um lugar ao lado de cientistas renomados do mundo inteiro. O atual diretor do Hospital Veterinário (HV) e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC) participou do Inception Meeting do Science20 (S20), grupo de engajamento do G20 que trata de temas referentes à ciência e tecnologia. O grupo reuniu membros de academias de ciência de 19 países, além da União Europeia e da União Africana.
Durante os dias 11 e 12, o Rio de Janeiro foi palco de discussões envolvendo a temática Ciência para a Transformação Mundial. Neste contexto, o evento abordou cinco temas que visam a convergência da atuação científica mundial: “Bioeconomia: impulsionando o mundo em direção a um planeta sustentável”; “Desafios da Saúde: qualidade, equidade e acesso”; “Inteligência Artificial (IA): ética, impacto social, regulamentação e compartilhamento de conhecimento”; “Justiça Social: promovendo a inclusão, acabando com a pobreza e reduzindo as desigualdades”; e “Processo de Transição Energética: energias renováveis, considerações sociais e econômicas”.
Para Ulisses, o que chamou sua atenção durante o evento foi o caráter humanitário que os participantes demonstraram. “As pessoas ali não estavam simplesmente de uma forma egoísta preocupadas com sua área científica, mas, sim, preocupadas com o planeta. Esse foi o ponto chave. Mostra que a ciência está evoluindo de uma forma muito interessante levando em consideração o mundo como um todo”, aponta.
Estar em um meio onde a ciência é discutida “em outro patamar”, segundo o professor, é muito gratificante e motivo de orgulho. O caminho para se tornar membro de um órgão milenar como a ABC “foi uma jornada de muita dedicação durante toda vida, de ter interesse pelo mestrado, pelo doutorado e de sempre tentar trabalhar e ajudar os colegas. Ser curioso, se interessar e aprender com os projetos dos colegas, tudo isso ajuda a construir um raciocínio científico melhor”, explica Ulisses.
Para o docente, a ABC tem papel fundamental no cenário científico para além das descobertas e pesquisas, mas também em unir profissionais de diversas áreas levando em consideração a função social da ciência. “A Academia faz parte de pontos muito relevantes para proteger a ciência brasileira e a estimular com fomentos e medidas governamentais para que a ciência sempre tenha um caminho ético”, destaca.
“Só depois de muitos anos que eu fui sonhar com essa possibilidade de ser membro da Academia Brasileira de Ciências. É uma emoção muito grande. Fiquei muito satisfeito. É um estímulo para continuarmos trabalhando e desenvolvendo produtos e pessoas”.
Ulisses de Pádua, professor de Medicina Veterinária na UEL
Em contato com outros jovens membros, Ulisses teve a oportunidade de discutir sobre os obstáculos de ser um jovem cientista no Brasil e demonstrar a empolgação de uma nova geração de pesquisadores. “Pretendo estimular novos colegas tanto da UEL como em outras universidades. É uma oportunidade única de conhecimento e de contato com pessoas de vários países. Isso é muito importante para questões de amadurecimento e desenvolvimento de uma visão mais ampla. Pela ciência, de uma forma ou de outra, sempre conseguimos transformar o mundo em um lugar melhor”.
*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.