Projeto leva cartilhas sobre segurança dos alimentos a escolas de Londrina
Projeto leva cartilhas sobre segurança dos alimentos a escolas de Londrina
Público-alvo são alunos da educação infantil, que são multiplicadores de informação para suas famílias e comunidadeUma iniciativa desenvolvida no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEL, levará informações sobre hábitos saudáveis na alimentação através de cartilhas educativas para alunos da educação infantil de escolas de Londrina. A ideia faz parte do projeto “Hortaliças Seguras do Campo à Mesa”, coordenado pela professora do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Fernanda Pinto Ferreira, e que, nessa vertente do trabalho com as cartilhas, tem como objetivo promover a conscientização sobre segurança dos alimentos, aproximando o conhecimento científico da população de forma prática, visual e efetiva.
Cerca de 1.500 cartilhas foram impressas com recursos da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), para serem utilizadas na “Operação Rondon Paraná 2025”, que teve a professora Fernanda como uma das docentes participantes no município paranaense de Quatiguá (Norte Pioneiro). Os livros foram incluídos no material de apoio para oficinas de segurança dos alimentos. Mas como nem todas as unidades foram utilizadas no evento, optou-se por disponibilizar o material remanescente nas escolas de Londrina.
Divididas em três títulos, as histórias das cartilhas foram pensadas para dialogar com o universo infantil, promovendo educação e saúde com temáticas voltadas para o primeiro ano da vida escolar envolvendo as boas práticas na alimentação. “Nós acreditamos no potencial transformador da informação acessível e lúdica e no papel da criança como agente multiplicador dessas informações dentro das suas famílias e da comunidade”, explica a professora.
Uma das histórias, intitulada “A Festa da Maionese Esquecida”, gira em torno de um personagem que prepara uma deliciosa maionese caseira para o almoço com amigos e acaba esquecendo o prato fora da geladeira por várias horas. Na refeição, todos comem a maionese e, tempos depois, passam mal, com vômitos, febre e dor abdominal. O personagem investiga a causa da situação e descobre que bactérias como a Salmonella se multiplicam em temperatura ambiente, demandando, portanto, cuidados de armazenagem e manipulação corretas dos alimentos. “Da história, tira-se a lição de que a aparência e o gosto saboroso dos alimentos nem sempre indicam que eles estão seguros e que cuidados simples como manter a comida refrigerada e observar o tempo de exposição à temperatura ambiente podem evitar doenças graves”, orienta a coordenadora do projeto.
A autoria dos contos é da professora Fernanda juntamente com estudantes de graduação e de pós-graduação de vários cursos, já que o projeto é interdisciplinar e contém atividades de ensino, pesquisa e extensão. Inclusive, um aluno do curso de Pós-Graduação em Mídias Digitais: Design e Comunicação, Emerson Simões Martins, ficou responsável pela ilustração e diagramação das histórias.
Durantes as visitas, serão distribuídos cinco exemplares das cartilhas em cada escola. Essa iniciativa da distribuição das cartilhas prevê também a atividade de contação de histórias, além de outras usuais do projeto, mensais, e nas quais geralmente são executadas ações de teatro, dança, música, brincadeiras e jogos, todas com o intuito de promover a conscientização sobre bons hábitos alimentares.
Sobre as expectativas da proposta, a coordenadora e também fundadora do projeto diz que ele pode trazer salutares transformações nos hábitos alimentares da população: “Esperamos que essas histórias eduquem e inspirem, tanto crianças quanto professores e familiares, a adotarem hábitos mais seguros no preparo e no consumo de alimentos, para que possamos contribuir para a construção de uma sociedade mais saudável”, intenciona Fernanda Pinto Ferreira.
