UEL é contemplada com R$ 1,8 milhão para melhoria de estrutura do Biotério Central

UEL é contemplada com R$ 1,8 milhão para melhoria de estrutura do Biotério Central

Os recursos servirão para melhorar o prédio do Biotério Central, no CCB, além de aquisição de equipamentos e custeio de bolsas.

A UEL recebeu este mês um total de R$ 1,8 milhão para obras de reformas, aquisição de equipamentos e custeio de bolsas para a melhoria da infraestrutura do sistema de biotérios. Os recursos servirão para melhorar o prédio do Biotério Central, localizado no Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Campus, e para a compra e instalação de racks ventiladas, aparelhos de anestesia inalatória e de autoclaves de bancada, a fim de melhorar o bem-estar animal. O investimento servirá ainda para instalação de laboratórios de experimentação animal com nível de biossegurança NB2, exigência para atividades que utilizam agentes biológicos.

O investimento foi oficializado pela Secretaria de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (SETI), no início deste mês, no Diário Oficial do Estado, considerando as diretrizes do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT) para desenvolvimento de projetos e ações de pesquisa. Os recursos são do Fundo Paraná. A última reforma realizada no Biotério Central do CCB foi em 2014, quando foi entregue a atual estrutura de 350 metros quadrados.

Segundo o professor do Departamento de Ciências Patológicas do CCB, Waldiceu Verri Junior, coordenador do Biotério Central, os recursos terão destinação importante para melhorar a infraestrutura de pesquisa e ensino ativo baseado em pesquisa. O dinheiro custeará o pagamento de bolsas para dois profissionais que atuarão na manutenção e manuseio dos animais atendendo o Biotério Central do CCB e ainda a unidade do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Ele explica que a modernização prevê a aquisição de sistemas de racks ventilados para ratos e camundongos, que permitem manter os animais em caixas com ar filtrado individual por caixa. De acordo com o professor, esse sistema reduz drasticamente, por exemplo, infecções virais e a sua propagação nas colônias. Dessa forma, os equipamentos aumentarão a qualidade sanitária dos animais.

Também serão adquiridos aparelhos de anestesia inalatória e autoclaves de bancada. O objetivo é aprimorar o processo de anestesia com equipamentos mais novos. Outro ponto que será melhorado é a adequação de dois laboratórios de experimentação animal ao nível de biossegurança NB2. “Esse procedimento é essencial para evoluirmos em modelos animais de infecções”, salienta o professor.

Outro aspecto importante é que o investimento possibilitará ampliar as linhagens de roedores (principalmente camundongos). A produção é baseada na linhagem Swiss e a partir de agora, de acordo com o professor, o sistema passará por uma transição para a produção linhagens identificadas como C57BL/6 e Balb/C. Segundo o professor, essas linhagens têm uma produção menor por ninhada e requerem um ambiente mais controlado para melhor produção.

O sistema de Biotérios da UEL atende pelo menos nove cursos de graduação – Medicina, Medicina Veterinária, Biomedicina, Ciências Biológicas, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e Zootecnia. A Central também atende cursos Lato sensu (Ciências Fisiológicas, Biologia Tecidual). E ainda os cursos Stricto sensu – Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, Patologia Experimental, Análise do Comportamento, Ciências da Saúde, Saúde Animal, Ciências dos Alimentos, Ciências Farmacêuticas, Educação Física, Biotecnologia, Química, Microbiologia. Ademais, os animais produzidos pelo Biotério central da UEL são utilizados para xenodiagnóstico quando há necessidade de avaliação de surtos de toxoplasmose.

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