III Workshop Bee Day reforça importância da apicultura e da meliponicultura no Paraná
III Workshop Bee Day reforça importância da apicultura e da meliponicultura no Paraná
No último sábado (24), o Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi palco do III Workshop Bee Day, evento que reuniu apicultores, meliponicultores, pesquisadores, estudantes e professores para debater e fortalecer a cadeia produtiva do mel no Paraná. A programação ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, das 8h às 13h, e […]No último sábado (24), o Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi palco do III Workshop Bee Day, evento que reuniu apicultores, meliponicultores, pesquisadores, estudantes e professores para debater e fortalecer a cadeia produtiva do mel no Paraná. A programação ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, das 8h às 13h, e foi acompanhada pela Feira dos Abelhudos, realizada simultaneamente no estacionamento em frente ao CCB.
O workshop, promovido pelo Napi Abelhas — um dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) da Fundação Araucária —, teve como foco estimular o intercâmbio de conhecimentos e a articulação entre os diversos agentes do setor. A iniciativa reúne pesquisadores de várias instituições de ensino superior do Paraná, incluindo UEL, UEM, Unioeste, UEPG, Unicentro, UFPR, UTFPR e Unila.
Estiveram presentes compondo a mesa de honra do evento a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UEL, Silvia Márcia Ferreira Meletti; o diretor do Centro de Ciências Biológicas, João Zequi; o vice-diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados, Carlos Eduardo Caldarelli; a professora da Pós-graduação em Ciências Biológicas da UEL Fabiana Martins Costa Maia; e Fabiana Martins Costa Maia, professora Associada da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Dois Vizinhos, na área de Melhoramento Genético Animal e Apicultura.

III Workshop Bee Day
Destinado a criadores e interessados na criação de abelhas, o evento também atraiu professores da educação básica, estudantes de graduação e pós-graduação, além de profissionais ligados ao setor produtivo. Paralelamente, a Feira dos Abelhudos foi aberta ao público em geral, apresentando caixas de abelhas, equipamentos, materiais utilizados na apicultura e meliponicultura, além de ações demonstrativas que aproximaram a temática da comunidade.
Para Emerson Gonçalves, apicultor participante da feira, eventos como este são essenciais para mudar a percepção da sociedade sobre o mel. “O evento é muito importante, porque, infelizmente, o brasileiro ainda vê o mel como um remédio, sendo que ele é um alimento. Às vezes, tem até receio de usar por achar que possui muito açúcar. Então é legal a conscientização para introduzir o mel na alimentação do cidadão”, destacou.

A estudante Rebeca, integrante do projeto de extensão Guardiões das Abelhas, reforçou a importância do diálogo entre universidade e sociedade. “Acho que é muito interessante aproximar o que a gente faz dentro da universidade com a comunidade de fora. A gente chama a atenção do pessoal que geralmente não tem muito contato com os nossos projetos e, quando eles veem, conseguimos conscientizar, mostrar a importância do trabalho das abelhas e por que precisamos cuidar delas”, explicou. Rebeca também relatou as ações do projeto, que incluem visitas a escolas em parceria com a Prefeitura de Londrina, levando colmeias vivas e materiais pedagógicos para conscientizar as crianças.
Além da valorização do papel ecológico das abelhas, o workshop também evidenciou a necessidade de ampliar o conhecimento sobre os produtos apícolas. A mestranda Andressa Andrade, que tem família apicultora, relatou sua experiência: “Estou começando a implementar mais o pólen nos produtos de confeitaria, porque as pessoas também não têm o conhecimento do valor nutricional que o pólen tem. Quanto mais a gente participa desse tipo de evento, mais propaga a informação e valoriza o que a gente tem aqui, como o nosso mel, a florada silvestre e as florestas da região”.


O Napi Abelhas desempenha um papel estratégico na produção e integração de conhecimentos para a conservação das espécies, apoio ao setor produtivo e agregação de valor aos produtos derivados das abelhas, como geleia real, mel, própolis e pólen. Os trabalhos do arranjo se dividem em cinco eixos temáticos: risco de agrotóxicos às abelhas, caracterização e qualidade dos produtos, melhoramento genético, escola de negócios e diversidade, ecologia e conservação.
O III Workshop Bee Day reforçou, assim, a importância de iniciativas que promovam a sustentabilidade ambiental e econômica, além de consolidar redes de pesquisa e extensão comprometidas com a preservação e o desenvolvimento da apicultura e meliponicultura no Paraná.
*Bolsista na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade – Proex.