Programa Amazônia + 10 integra UEL e instituições no combate ao mosquito da dengue
Programa Amazônia + 10 integra UEL e instituições no combate ao mosquito da dengue
O projeto consolida ações integradas e otimização de produtos naturais para controle do mosquito da dengue.O programa de inovação tecnológica que integra instituições da Amazônia e do Paraná Amazônia + 10 visa consolidar inovações tecnológicas para monitoramento e controle vetorial (organismo que transporta e pode transmitir patógenos como malária, dengue e demais arboviroses). A iniciativa consolida ações integradas e otimização de produtos naturais da região amazônica para uso no controle de Aedes spp. e Anopheles spp. nas condições de ambiente amazônico com foco na promoção de saúde única.
A Iniciativa Amazônia+10 é liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), conta também com a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A coordenação do eixo que envolve a UEL é composta por pesquisadores de três instituições envolvidas: Rosemary A. Roque, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Joelma Soares da Silva, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e do professor João Zequi, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV), do Centro de Ciências Biológicas da UEL.
Em abril deste ano, foi realizado um workshop em Manaus – AM, para apresentar os resultados obtidos em quase dois anos de pesquisas. O docente da UEL, João Zequi, destacou esse momento de integração como, “uma iniciativa muito importante, com uma troca de experiência excepcional, para monitoramento e controle vetorial”.
O professor comentou mais especificamente do projeto, e o desenvolvimento do produto biológico contendo Bacillus thruingiensis israelensis (Bti), que é um formulado, cuja ideia é a produção a baixo custo a nível nacional, para atender a demanda de controle do mosquito. O produto é seletivo a mosquitos, não agride a fauna associada e não seleciona resistentes em condição de campo, diferentemente de produtos químicos que perdem efeito para o inseto alvo ao longo do tempo.
O produto tem se mostrado promissor e está em fase final de registro, faz parte do projeto “Amazônia + 10”, após décadas de estudos na UEL. A parte final foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Integram a equipe os professores Francisco Marques e Mario Navarro, da UFPR, e Laurival Antonio Vilas Boas, Gislayne Trindade Vilas Boas e Renata da Rosa (UEL).
Outro aspecto importante destacado é a prospecção de extratos vegetais da floresta amazônica, como “Piper”, um gênero de plantas onde é extraído das folhas e galhos, substâncias para óleos essenciais, que ao serem fracionados ajudarão no combate e mortalidade de insetos.
“A importância da pesquisa agrega na independência tecnológica de produtos para monitoramento e controle de vetores, bem como, futuramente poderá servir as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle das arboviroses urbanas, além da transferência de tecnologia já em andamento com a Condeagro/IMA para produção do bioinseticida e formação de pessoal a nível de graduação e pós-graduação, concluiu o docente.
*Estagiário de jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social.