UEL forma nesta sexta (19) primeira turma de Biotecnologia

UEL forma nesta sexta (19) primeira turma de Biotecnologia

Primeira turma entrou na Universidade em 2020, exatamente durante a pandemia, quando atividades tiveram de ser remotas.

A primeira turma de Biotecnologia da UEL, formada por oito estudantes, cola grau nesta sexta-feira (19), concluindo um processo que teve início em 2011 com a apresentação do primeiro projeto pedagógico até dezembro de 2018, quando o Governo do Paraná oficializou o decreto autorizando a criação da nova graduação. O processo envolveu diversos atores como professores e pesquisadores, iniciativa privada e lideranças políticas da região.

O curso está ligado academicamente ao Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, do Centro de Ciências Exatas (CCE). Curiosamente, a graduação foi criada depois do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPG-Biotec), reconhecido com Nota 6 pela Capes, e que atua com três linhas de pesquisa – Biomoléculas e biopolímeros de interesse industrial, Bioquímica de microrganismos e Biotecnologia de microrganismos e plantas.

A professora Sueli Obara Doi, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, explica que o funcionamento do curso exigiu esforço concentrado para atualização de ementas, carga horária e adaptação de resoluções. Ela estava na coordenação do Departamento à época da criação do curso. A primeira turma entrou na Universidade em 2020, exatamente durante a pandemia.

O desafio para a implantação exigiu dose extra de trabalho da equipe de professores, uma vez que a graduação tem como característica uma carga horária extensiva de atividades de laboratório, ou seja, trabalho presencial. “Fomos resolvendo cada situação”, lembra ela.

Professores Sueli Obara Doi, Fabiana Gasparin e Marcelo Rodrigues, com o formando Romulo Previato (de camiseta escura), em um dos laboratórios do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia (Fotos: Agência UEL).

Hoje, o Departamento está sob a coordenação do professor Marcelo Rodrigues de Melo e da professora Fabiana Gasparin, na vice-coordenação. Eles sustentam que os acadêmicos encontram no curso um ensino de ponta, considerando que a Biotecnologia está relacionada à inovação, biodiversidade e sustentabilidade. Se a pandemia interferiu nas atividades acadêmicas dessa primeira turma, também serviu para tornar conhecido os processos de diagnóstico de doenças e de produção de vacinas, que são atribuições dos profissionais da área.

Internacionalização

O estudante Romulo Previato da Silva integra a primeira turma de formandos e comemora a colação de grau com a expectativa de ser aprovado em um mestrado na área de Bioinformática, já neste segundo semestre do ano. Durante a graduação ele fez intercâmbio junto à Universidade do Norte da Colúmbia Britânica, no Canadá, onde iniciou estudos na área.

Além dele, pelo menos outros dois acadêmicos do curso, Natália Silvestre e Elton Ostenti, mantém atualmente estudos no exterior, o que demonstra que, apesar de ter sido criado recentemente, a graduação começa com um diferencial importante, que é a internacionalização. No ano passado o curso recebeu uma estudante da Colômbia.

O bacharel em Biotecnologia pode atuar nas áreas de saúde, indústria, prestação de serviços, agricultura e pesquisa. A Organização das Nações Unidas (ONU) define esta ciência como aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos, organismos vivos, ou seres derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos. No Brasil existem cerca de 60 cursos de graduação em Bacharelado em Biotecnologia, Engenharia de Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos (e outros cursos relacionados, segundo o site Profissão Biotec, que integra profissionais e estudantes voluntários atuantes nos diferentes ramos dessa ciência.

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