UEL amplia infraestrutura para Bioquímica e Biotecnologia com construção de novo laboratório

UEL amplia infraestrutura para Bioquímica e Biotecnologia com construção de novo laboratório

A obra é uma demanda antiga da Universidade tem como objetivo ampliar a infraestrutura destinada ao ensino, pesquisa, extensão e inovação

O Governo do Estado do Paraná confirmou a liberação de recursos para a construção do Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia (BBTEC), que será instalado no Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O investimento total é de R$ 5,3 milhões, viabilizado por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED) publicado no Diário Oficial do Estado (Edição nº 12018), com repasse da Secretaria de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti). Os recursos serão aplicados na construção do prédio, que será executada por empresa contratada via licitação.

A obra é uma demanda antiga da Universidade – prevista no Planejamento Estratégico Institucional do CCE desde 2004 – e tem como objetivo ampliar a infraestrutura destinada ao ensino, pesquisa, extensão e inovação. O espaço vai atender o curso de graduação em Biotecnologia, um dos cursos mais recentes da UEL, iniciado em 2020, e o Programa de Pós-graduação em Biotecnologia – conceito 6 na Capes. Também beneficiará atividades de outros 13 cursos de graduação: Química, Ciências Biológicas, Enfermagem, Medicina, Fisioterapia, Farmácia, Biomedicina, Nutrição, Educação Física, Agronomia, Medicina Veterinária, Odontologia e Zootecnia.

BBTEC será construído no CCE, ao lado da Prefeitura do Campus (PCU)

As professoras Maria Inês Rezende e Suely Obara, chefe e vice-chefe do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, respectivamente, comemoraram a conquista do laboratório. “Nós tínhamos expectativas, porque havia a necessidade”. Elas explicam que, ao longo dos anos, diferentes espaços precisaram ser adaptados ou compartilhados para abrigar as atividades do curso. Agora, o novo laboratório vai permitir reorganizar o fluxo de trabalho e consolidar as atividades. “A melhora do espaço físico vai realmente ajudar na consolidação do curso, porque não adianta criar um curso e ele não conseguir crescer, não conseguir manter a sua qualidade,” explicam.  Além disso, será um local para receber visitantes, como estudantes das escolas de Londrina e região, que são atendidos por projetos de extensão. 

Considerada pelas docentes como a ciência do futuro e em permanente evolução, a biotecnologia é uma área aplicada à saúde, agricultura e meio ambiente. “A biotecnologia é uma ciência que caminha rápido. Então, o curso tem que caminhar junto. Ele não pode ser o mesmo curso que começou, porque você vai ter que estar formando os alunos para aqueles próximos momentos da ciência e das empresas e tudo mais. E isso requer espaço, requer equipamentos que você possa treinar o aluno. Não vai ser um curso monótono, ele está sempre crescendo”, explica Suely Obara. 

Estrutura

Com área total de 784,70 m², o BBTEC será composto por um bloco de dois pavimentos, com escada de concreto, plataforma elevatória e rampa de acessibilidade que o conectará ao Calçadão do Campus Universitário.

Projeto arquitetônico do Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia (BBTEC)

O projeto foi desenvolvido para atender às exigências técnicas das atividades de bioquímica e biotecnologia, com infraestrutura que inclui redes de gases especiais, sistemas de exaustão e ventilação, bancadas com múltiplos pontos de energia e água, além de áreas adequadas para descarte de resíduos químicos e biológicos. 

A elaboração do projeto ocorreu em 2019, junto às demandas da criação do curso de graduação. Como lembra o pró-reitor de planejamento, Sérgio Carvalho, o projeto básico foi elaborado pela Diretoria de Planejamento do Território e Edificações, da Pró-reitoria de Planejamento (Proplan). Na sequência, uma empresa foi licitada para elaboração dos projetos arquitetônicos e complementares – etapa que coincidiu com o período da pandemia e resultou em um prazo maior para a conclusão dos trabalhos.

“Neste ano, nós tínhamos o projeto feito na sua integralidade e ele foi colocado como prioridade pela reitoria, para ser apresentado à Secretaria da Fazenda para captação de recursos. A equipe da Proplan fez atualização de valores e custos do projeto, numa mobilização intensa. Depois, foi encaminhado para a Pró-reitoria de Finanças, na Diretoria de Materiais, que estruturou o processo licitatório. Fomos bem sucedidos no processo licitatório e agora assinamos o contrato”, explica Sergio Carvalho.

A empresa licitada venceu o processo com valor que representa cerca de 15% de desconto em relação ao teto previsto de R$ 6,4 milhões. O prazo para execução é de 365 dias corridos após a assinatura da ordem de serviço.

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