TMO-HU celebra a realização de 300 transplantes de medula óssea
TMO-HU celebra a realização de 300 transplantes de medula óssea
Com o primeiro procedimento realizado em 13 de setembro de 2010, a marca atingida na terça-feira reafirma a importância da TMO do HU-UEL.A Unidade de Transplantes de Medula Óssea (TMO) do Hospital Universitário de Londrina (HU- UEL) celebrou nesta quinta-feira (20), a realização de 300 transplantes autólogos de medula óssea, isto é, quando o paciente é o próprio doador. Com o primeiro procedimento realizado em 13 de setembro de 2010, a marca atingida na terça-feira reafirma a importância da TMO do HU-UEL na oferta de serviços de alta complexidade e extrema necessidade para a população ao longo de 14 anos de atividade.
O evento, realizado no Anfiteatro do HU, reuniu além de alunos, docentes e servidores da instituição, o ex-superintendente do HU e deputado estadual Tercilio Turini, a ex-reitora da UEL e atual reitora da PUC-Londrina, professora Nádina Moreno, a ex-reitora da UEL, professora Berenice Quinzani Jordão, o ex-reitor da UEL Pedro Gordan, que fez parte da equipe que realizou o primeiro transplante de rim no Paraná, além dos representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR),
Paulo Vilaça e Ericka Arrazola, e ex-pacientes transplantados pela TMO. O Coral da Divisão de Internamento abriu a solenidade com música, seguido das falas de Emanuelle Zocoler, representando a Central Estadual de Transplantes, Iara Secco, superintendente do HU, Andréa Name Colado Simão, diretora do CCS e de Airton Petris, vice-reitor da UEL.
A superintendente parabenizou a equipe e reafirmou o compromisso de toda a estrutura hospitalar e da TMO na promoção da saúde pública de qualidade:
“O HU honra os compromissos da Secretaria de Saúde e do Governo do Estado do Paraná com a saúde da população paranaense e brasileira, na concretização de seus objetivos primordiais da promoção da vida. Para isto acontecer, tem um time imenso de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, servidores administrativos. Da aquisição de equipamentos à educação permanente cirúrgica. Somos todos comprometidos de A à Z, da portaria ao centro cirúrgico em todas as atividades da TMO.”O vice-reitor parabenizou o compromisso da equipe com a assistência de qualidade promovida como estratégica para a Universidade e para o Hospital, com um papel fundamental na sociedade e na transformação da vida dos pacientes.
O vice-reitor, professor Airton Petris, parabenizou o compromisso da equipe com a assistência de qualidade promovida como estratégica para a Universidade e para o Hospital, com um papel fundamental na sociedade e na transformação da vida dos pacientes.

Airton Petris entre as autoridades presentes. (Foto: Marco Corbanez/HU).
“Ao longo do tempo trabalhamos a questão da técnica, mas, a questão é fundamentalmente entender que atuamos em uma comunidade que precisa, para pessoas que precisam e foram transformadas por este hospital e que nos transformaram também,” afirmou Petris.
Balanço
Em seguida, a médica responsável técnica da TMO, a hematologista Leticia Gordan Ferreira Martins, apresentou as estatísticas dos atendimentos da unidade. Com uma atuação que cobre dez Regionais de Saúde, atendendo as Macrorregionais Norte e Noroeste, a unidade abrange mais de 3,5 milhões de habitantes. Com estimativa inicial de 20 a 30 transplantes por ano, que corresponde entre 2,0 e 2,5 por mês, a TMO registrou um número recorde em 2024: 32 transplantes realizados.
Dentre os 300 transplantados, 63,8% foram diagnosticados com mieloma múltiplo, 33,6% com linfomas e 2,6% com outras patologias. Quanto ao perfil, 21,4% tinham entre 15 e 40 anos, 28% entre 41 e 60 anos e 50,6% 61 anos ou mais. Os dados da TMO registram uma mortalidade relacionada ao transplante de 2% nos primeiros 100 dias após o procedimento, muito abaixo dos 5% documentados pela literatura médica sobre o mesmo procedimento, segundo a hematologista.
“O nosso objetivo é a cura e a melhora da qualidade de vida dos nossos pacientes que são jovens e que querem ser inseridos de novo na sociedade”, afirmou a médica responsável técnica, ressaltando o impacto social e a importância do fortalecimento da TMO para o futuro.

300 transplantes: vidas transformadas
A maringaense Daniele Schelles Rodrigues, de 29 anos, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin. Ela, totalmente recuperada cinco meses após o procedimento, é uma das 300 transplantadas pela TMO e deu seu testemunho emocionado à plateia. “Eu tinha muito medo, e chegando aqui eu fiquei tão tranquila porque elas me acolheram com tanto cuidado. Eu sou a prova viva de que está dando certo! Hoje eu estou bem, estou continuando minha vida normal. Voltei à minha rotina, aos meus serviços, em cinco meses. Eu estou sem máscara, eu posso comer, e isso é maravilhoso.”
A equipe da TMO homenageou a ex-paciente e todos os outros 299 transplantados pela unidade.

transplantados que foram homenageados pela equipe da TMO. (Foto: Marco Corbanez).
TMO/HU-UEL
A unidade, inaugurada em 2009 com investimento inicial de R$ 1 milhão da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), realizou seu primeiro transplante no ano seguinte. Conta com três leitos de internamento, ambulatório, Hospital-Dia e um laboratório de criopreservação de células-tronco.
A TMO é composta por uma equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, farmacêuticos e bioquímicos, odontólogos, técnicos administrativos e técnicos operacionais. Estes profissionais são responsáveis por 24.809 consultas e procedimentos e pela coleta de 332 Leucoaféreses (células tronco hematopoiéticas periféricas), incluindo doadores do RE (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
