Conselheiros agradecem PET Saúde Equidade pelo apoio em conferência

Conselheiros agradecem PET Saúde Equidade pelo apoio em conferência

Coordenadora do PET Saúde Equidade apresentou as ações desenvolvidas pelo projeto, uma iniciativa da Universidade Estadual de Londrina em parceira com a Autarquia Municipal de Saúde.

“O PET Saúde Equidade foi uma das entidades que nos ajudou na construção e na realização da 1ª Plenária da Saúde da População Negra de Londrina. Em nome do GT, quero parabenizar por esse trabalho incrível e agradecer pela parceria com este conselho.” A declaração é da conselheira municipal de Saúde de Londrina Fransley Cristina Silva, integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde da População Negra do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Londrina.

O agradecimento foi realizado nesta quarta-feira (21), durante reunião do conselho, quando a professora Marselle Nobre de Carvalho, coordenadora geral do PET Saúde Equidade, com a presença de outros professores da UEL, apresentou as ações desenvolvidas pelo projeto, uma iniciativa da Universidade Estadual de Londrina em parceira com a Autarquia Municipal de Saúde.

O conselheiro Edvaldo Viana, representante do segmento de Usuários no CMS, fez um pedido à coordenação do projeto. “Temos uma demanda, que pleiteamos, que é
preciso fazer uma capacitação para que as pessoas nas UBS [unidades básicas de
saúde] e hospitais saibam atender e como tratar as pessoas homossexuais e negras.”

“O PET Saúde Equidade foi uma das entidades que nos ajudou na construção e na realização da 1ª Plenária da Saúde da População Negra de Londrina. (Foto: Reinaldo Zanardi).

Um dos eixos do PET Saúde Equidade é exatamente abordar “no âmbito do SUS,
gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, deficiências e as interseccionalidades no trabalho na saúde.” Isso significa que a atuação dos petianos, como são chamados os membros do PET, passa pela abordagem e o tratamento linguístico que deve ser dado a pessoas e grupos vulnerabilizados.

O presidente do conselho, Fernando Cesar Iwamoto Marcucci, aproveitou a
oportunidade para solicitar que o PET Saúde Equidade, também, direcione ações para o controle social no Sistema Único de Saúde (SUS). “[É preciso entender] a importância do controle social. Os trabalhadores aprenderem, principalmente, os conselhos locais. A gente precisa de ajuda para levar esses temas às UBS.”

Professora Marselle Nobre de Carvalho apresenta PET Saúde Equidade a conselheiros municipais de saúde de Londrina (Foto: Reinaldo Zanardi).

PET Saúde Equidade

A professora Marselle Nobre de Carvalho explicou que o PET – Programa de Educação pelo Trabalho – existe desde 2008 e está na sua 11ª edição. Esta é a primeira vez que o PET trabalha com o tema equidade. “Quando a ministra Nísia Trindade assume o Ministério da Saúde [2023], ela traz a equidade como um grande princípio norteador, um dos princípios do SUS, mas pouco trabalhado, valorizado, pouco identificado pelas pessoas como princípio importante do Sistema Único de Saúde.”

Além da promoção da equidade, a professora destaca que o PET Saúde tem outro
aspecto que merece ser ressaltado: a valorização das trabalhadoras e futuras
trabalhadoras do SUS. “A gente não exclui os homens, os trabalhadores, mas o PET é
voltado especialmente para as trabalhadoras”, comenta Marselle Nobre de Carvalho.
“Vocês sabem que as mulheres fazem em torno de 70 a 80%, conforme as estatísticas, da força de trabalho do Sistema Único de Saúde. A gente atua diretamente com quem está nos serviços de saúde e forma, por meio dos grupos de aprendizagem tutorial, as futuras trabalhadoras e trabalhadores.”

O projeto da UEL AMS Londrina é um dos 150 projetos financiados pelo Ministério da
Saúde. São 50 pessoas, entre professores, estudantes da UEL e profissionais da
Autarquia Municipal de Saúde. São quatro grupos de trabalho, distribuídos em três
eixos. As ações preveem formação permanente, elaboração de material e realização
de oficinas.

Atualmente, o PET Saúde Equidade está com a oferta de várias atividades. A agenda
está intensa nos próximos dias. Amanhã (dia 23), ocorre a oficina “Equidade,
Diversidade, Interseccionalidade no Trabalho e Cuidado em Saúde”, às 14, na UBS
Milton Gavetti, região norte. Também na região norte, na UBS Vivi Xavier, às 14h,
ocorre a oficina “Capacitismo”. No sábado (dia 24), é a vez do “Cine Equidade”, às 10h,
abordar a temática racismo, em parceria com os Agentes de Educação Popular em
saúde (AgPOPSUS). Na oportunidade, os petianos farão auriculoterapia nos
participantes da atividade.

(Reportagem do jornalista Reinaldo Zanardi, professor do Departamento de
Comunicação, tutor/bolsista do PET Saúde Equidade).

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