Ambulatório de Fragilidade Óssea do AEHU recebe certificação de excelência internacional

Ambulatório de Fragilidade Óssea do AEHU recebe certificação de excelência internacional

O Ambulatório de Fragilidade Óssea do Ambulatório de Especialidades do HU(AEHU) foi certificado em nível prata no Mapa de Boas Práticas do Capture theFracture, programa que estabelece padrões globais para serviços de cuidado eprevenção de fraturas por fragilidade, pela Fundação Internacional deOsteoporose (IOF). A certificação representa um importante reconhecimento daexcelência do serviço, consolidando o Hospital […]

Assessoria de Comunicação do HU

Agência UEL


O Ambulatório de Fragilidade Óssea do Ambulatório de Especialidades do HU
(AEHU) foi certificado em nível prata no Mapa de Boas Práticas do Capture the
Fracture
, programa que estabelece padrões globais para serviços de cuidado e
prevenção de fraturas por fragilidade, pela Fundação Internacional de
Osteoporose (IOF). A certificação representa um importante reconhecimento da
excelência do serviço, consolidando o Hospital Universitário da UEL como
referência no tratamento da osteoporose.
 
A avaliação é determinada pelo cumprimento dos padrões de boas práticas (Best
Practice Framework
– BPF), da IOF, em 13 categorias analisadas do protocolo
FLS (Fracture Liaison Service) de coordenação de fraturas. O serviço oferecido
pelo Ambulatório apresentou 88% de conformidade com os critérios e metas de
excelência estabelecidas pela IOF, recebendo a classificação intermediária, prata,
a apenas dois pontos percentuais do necessário para a certificação máxima, ouro,
com 90%.

A classificação ocorre em três níveis: nível 1, bronze, com 50%; nível 2, prata,
com 70%; nível 3, ouro, com 90% de conformidade com as metas. Atualmente, o
Mapa de Boas Práticas classifica 1186 FLS em 62 países. No Brasil são 66
serviços cadastrados, sendo o HU um dos 14 com classificação prata no país.

Ambulatório de Fragilidade Óssea do AEHU recebe certificação de excelência internacional.

Para o médico coordenador do Ambulatório de Fragilidade Óssea, Fernando
Tadaaki Yabushita: “este certificado traz mais renome ao HU da UEL na
realização de um trabalho que é reconhecido internacionalmente e com eficiência
comprovada cientificamente na redução de custo, da mortalidade, melhorando o
sistema público de saúde não apenas para gestores, mas, para a população em
geral, promovendo a saúde e qualidade de vida da pessoa idosa”.
 
Fragilidade Óssea
 
Fraturas de fragilidade óssea são aquelas que ocorrem de traumas de baixo
impacto, como uma queda da própria altura ou resultado de um esforço mínimo. A
osteoporose é a principal causa da fragilidade óssea.
 
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoporose é
uma “doença esquelética sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea
e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo com consequente aumento a
fragilidade e susceptibilidade à fratura”. Ela surge, entre outros fatores, com o
envelhecimento, deficiência nos níveis de cálcio e outros nutrientes, ou a queda dos níveis de estrogênio durante a menopausa nas mulheres, as mais afetadas
pela doença.
 
No mundo, ocorre uma fratura por fragilidade a cada três segundos. Segundo
Yabushita, uma a cada três mulheres, com 50 anos ou mais, terão fraturas deste
tipo. Nos homens será um a cada cinco, do mesmo grupo etário, a sofrer com o
problema.  
 
A osteoporose é uma doença silenciosa, que pode não revelar sintomas até a
primeira fratura, e está entre as principais causas de morbidade e mortalidade em
idosos. Com estimativa de 86% de reincidência após o primeiro incidentes, as
fraturas por fragilidade implicam em severos prejuízos à qualidade de vida do
paciente, além de elevados custos tanto para o sistema público de saúde quanto
familiares: “Quando a fratura acontece, 30% das pessoas morrem já no ano
seguinte da fratura”, apontou Yabushita.
 
FLS
 
Com a tendência de envelhecimento da população mundial e o aumento dos
riscos, o FLS, uma abordagem coordenada e multidisciplinar de atendimento ao
paciente, otimiza a assistência, oferecendo atendimento especializado, com o
principal objetivo de prevenir novas fraturas em pacientes com fragilidade óssea,
promovendo o bem-estar e reduzindo custos ao sistema de saúde.
 
A abordagem vai ao encontro da necessidade de redução do risco de novas
fraturas pelo diagnóstico e tratamento adequado para osteoporose e do
encaminhamento para serviços locais de prevenção de quedas. Segundo a IOF,
apenas 20% dos pacientes com fraturas por fragilidade óssea recebem tratamento
para osteoporose.
 
Os FLS surgiram para ajudar a diagnosticar e iniciar o tratamento de longo prazo
nesses pacientes que sofrem uma fratura por fragilidade como sua apresentação
inicial da osteoporose. A abordagem demonstrou melhorar o diagnóstico e os
cuidados em longo prazo, diminuindo a morbidade e mortalidade nesses
pacientes.
 
Ambulatório
 
Inaugurado oficialmente em maio deste ano, mas em atividade desde setembro de
2024, o Ambulatório de Fragilidade Óssea do AEHU, é voltado a pacientes com 50
anos de idade ou mais, vítimas de fraturas por fragilidade que adentrarem ao
Pronto-Socorro do HU.
 
O Ambulatório atende de cinco a dez pacientes por dia. Para isto, conta com uma
equipe multiprofissional composta por profissionais das áreas de Ortopedia,
Endocrinologia, Reumatologia, Radiologia, Fisioterapia, Nutrição, Biomedicina,
Educação Física e Enfermagem. O serviço oferecido segue as diretrizes FLS para manejo de pacientes: identificação, avaliação/estratificação, diagnóstico, avaliação
do risco de queda, intervenção farmacológica e não farmacológica e
acompanhamento.
 
Ao acessar serviço do Ambulatório, os pacientes são submetidos a testes
funcionais, avaliação nutricional e mapeamento genético que auxilia direcionar
medidas preventivas e tratamentos mais eficazes. Os profissionais da Educação
Física realizam um exame chamado DEXA (ou DXA), também conhecido como
Densitometria Óssea, um exame de imagem que mede a resistência dos ossos e
auxilia no diagnóstico da osteoporose e outras condições.
 
As atividades do Ambulatório acontecem em parceria com Anhanguera Unopar,
por meio do Programa de Pós-Graduação em Exercício e Promoção da Saúde,
sob a coordenação médica de Fernando Tadaaki Yabushita e a coordenação
multiprofissional de Márcio Rogério de Oliveira.

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