Pós-Graduação em Educação Física UEL-UEM completa 20 anos
Pós-Graduação em Educação Física UEL-UEM completa 20 anos
Desde a fundação, em 2005, contempla diversas áreas da atividade física e saúde com grupos de estudo e pesquisa em ambas as universidades, tendo formado quase 500 pós-graduandos.O Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEL-UEM está comemorando 20 anos de existência. Desde a fundação, em 2005, contempla diversas áreas da atividade física e saúde com grupos de estudo e pesquisa em ambas as universidades, tendo formado quase 500 pós-graduandos, entre mestres e doutores.
A ideia surgiu no ano anterior, por meio da elaboração da proposta do curso de Mestrado. Docentes do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE) da UEL se uniram a professores do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para fazer o desenho inicial do programa. A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vinculada ao Ministério da Educação, recomendou o conceito 3, que atende ao padrão mínimo de qualidade, e a primeira turma foi criada com 13 alunos.
Busca por evolução
No início, havia uma única área de concentração, denominada “Estudos do Movimento Humano” e dividida em três linhas de pesquisa, sendo Aspectos fisiológicos do exercício físico; Aquisição e desempenho de habilidades motoras; e Atividade física relacionada à saúde. Ao longo dos anos, o aumento no número de inscritos, selecionados, docentes e bolsas de estudo levou a uma reestruturação do programa, evoluindo até a criação da quarta linha de pesquisa: Formação e intervenção em Educação Física.
A novidade ampliou o alcance interpretativo da área, por abrir espaço para o ingresso de discentes com interesse acadêmico em pesquisas que dialogassem com as ciências humanas e sociais. Se tornou mais recorrente o financiamento de projetos de pesquisa e bolsas de iniciação científica por diversas instituições de fomento, aumentando a produção intelectual e a pluralidade dos trabalhos desenvolvidos.
Novas estruturações no currículo levaram a mudanças nas áreas de concentração e linhas de pesquisa, com o objetivo de consolidar o crescimento e implementar o Doutorado e Pós-Doutorado, o que se tornou realidade em 2010.
Pensamento crítico
Atualmente com conceito 5 da CAPES, existem dois principais objetivos na oferta dos cursos, explicou o coordenador do PEF-UEM/UEL, Rafael Deminice. “O primeiro é formar cientistas na área de Educação Física, Esporte e Saúde, é o principal legado do programa. Uma grande maioria dos nossos egressos trabalha com ciência e pesquisa, são professores ou cientistas, mas nos últimos anos também temos tentado fazer com que os alunos não necessariamente venham fazer Mestrado ou Doutorado só para serem professores universitários, mas para também desenvolver um conhecimento e uma ideia crítica sobre a área”, pontuou.
A pretensão é que os formados não somente reproduzam o que aprenderam na academia, mas que atendam demandas específicas que não cabem a graduação, visto que ela tem um conteúdo mais “genérico” como base. Exemplificando, mencionou que o atendimento de pessoas com problemas graves de saúde, como câncer, HIV e distúrbios mentais.

“Essa é a principal carência de serviço que tem na região e no país. A maioria das pessoas consegue ter um serviço bom nas grandes capitais, mas não em Londrina”, destaca o coordenador.
Assim, o programa busca formar profissionais que vão além, que poderão se tornar “especialistas em Oncologia, em doenças mentais, especialistas em outras áreas”, informou o coordenador.
Pesquisa na prática
O corpo docente do programa se divide entre cinco linhas de pesquisa em duas áreas de concentração. A área “Desempenho humano e atividade física” comporta a Atividade física relacionada à saúde; Fatores psicossociais e motores relacionados ao desempenho humano; e Ajustes e respostas fisiológicas e metabólicas ao exercício físico. Já a área “Práticas sociais em educação física” abrange o Trabalho e formação em educação física; e Práticas, políticas e produção de conhecimento em Educação Física.

(Foto: Agência UEL).
O trabalho permite atividades em um leque amplo, que vão desde “exercício físico para pessoas com câncer e HIV, musculação para idosos e exercício com doenças crônicas, agravos mentais e pessoas dependentes”, elencou Deminice. Mencionou ainda projetos voltados às pessoas com deficiência (PcD), como o time de basquete de cadeira de rodas, além do estudo do crescimento e Desenvolvimento motor em crianças e adolescentes, performance esportiva e atuação com animais com câncer de colo e reto.
Futuro
O PEF-UEM/UEL tem abrangência nacional e crescente inserção internacional, considerando os cerca de 50 alunos que fizeram Mestrado ou Doutorado sanduíche e os nove alunos estrangeiros que já passaram pelo Programa. Atualmente, três estudantes, da Colômbia, Moçambique e Zâmbia, buscam a capacitação em Educação Física.
Foram 487 mestres e doutores formados desde a fundação, com destaque para os egressos que, hoje em dia, lecionam no próprio programa ou trabalham em outros países. O planejamento da coordenação para ampliar ainda mais o número é focado na busca por novos professores, “para que chegue gente nova, com novas ideias e oxigênio para fazer coisas com ânimo”, espera Deminice.
*Bolsista na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação