A Universidade Estadual de Londrina (UEL) conquistou a primeira colocação entre as instituições paranaenses no ranking britânico The Impact 2025, posição que reforça sua excelência acadêmica em iniciativas de ensino e extensão, ultrapassando as barreiras do conhecimento acadêmico, inserindo os estudantes na realidade social. 

Os estudantes envolvidos em ações extensionistas vivenciam experiências que ampliam seus horizontes profissionais e fortalecem seu senso de propósito social. Dessa forma, a extensão enriquece não apenas a formação técnica dos futuros profissionais, mas também seu crescimento pessoal e sua consciência cidadã, agregando valores humanos como autonomia e empatia. 

O estudante Henrique Sales, do curso de Educação Física, e voluntário do projeto de extensão “Natação para Todos” afirma que antes de iniciar a faculdade já havia tido a experiência de trabalhar com pessoas com deficiência. “O que mais me motivou a procurar o projeto foi por conta da minha curiosidade pela área da educação física adaptada. A partir dali sempre surgem dúvidas que instigam a sempre querer aprender mais sobre.” 

Sua vivência no projeto também o influenciou sobre decisões no futuro exercício profissional. “Esses projetos de extensão têm um papel importante para a formação do profissional. Ao entrar no curso fica melhor, por conta de quebrar o paradigma de que a educação física é somente academia”, afirma. “Hoje não me vejo não trabalhando com a educação física adaptada, independente da área, mas que seja com esse público infantil.”

O estudante afirma que o sentimento de empatia se estende muito mais do que às crianças e adolescentes beneficiadas pelo projeto. “Ali não se trata apenas das crianças e adolescentes com deficiência e sim uma mãe que deixou de trabalhar para focar sua vida para o filho, um pai que tem que trabalhar um pouco mais por conta que a medicação de que a filha precisa é cara. Lá, não estamos só lidando com esses filhos e filhas, mas também com adultos que deixaram de viver suas vidas para viver a de seus filhos”, reforça. 

A professora da disciplina de atividades aquáticas e vice-coordenadora do curso de Educação Física, Larissa Bobroff Daros, diz acreditar que o resultado do projeto nos alunos voluntários é uma aprendizagem dobrada, pois além do aprendizado da natação na prática, existe o aprendizado humano ao trabalhar com crianças com deficiência, respeitando os seus limites e o seu tempo de desenvolvimento.

O projeto “Natação para Todos”, coordenado pela professora Márcia Greguol,  atende 63 crianças e adolescentes, de 2 a 18 anos, com deficiência motora, intelectual, visual, auditiva, múltipla ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os alunos desenvolvem na natação suas habilidades motoras e cognitivas, oferecendo uma maior liberdade de movimento e impactando positivamente a autonomia dessas crianças e adolescentes. 

(Texto produzido pelo estudante Giancarlo Almudi, para a disciplina de Assessoria de Imprensa 2, do curso de Jornalismo da UEL, sob a supervisão do professor Reinaldo Zanardi).