Contrato para reforma do ginásio João Santana é assinado
Contrato para reforma do ginásio João Santana é assinado
Recurso disponibilizado pela Secretaria da Fazenda do Estado será de pouco mais de 11 milhões de reaisNo último dia 28 de novembro, foi assinado o Contrato Administrativo nº 1.782/2025 que prevê a reconstrução do Ginásio Poliesportivo João Batista Santana, do Centro de Educação Física e Esportes (CEFE), localizado no campus da Universidade Estadual de Londrina. Os recursos para a obra são do montante de R$ 11.061.246,43 e foram disponibilizados pela Secretaria da Fazenda (Sefa) do Estado do Paraná, tendo como fonte de recursos o Tesouro do estado.
A reforma prevê uma reconfiguração do Ginásio João Santana, com espaços destinados a quadras esportivas multiúso, arquibancada, academia de ginástica, vestiários e parte administrativa, fazendo com que o ginásio volte não só a ser usado para atividades esportivas, mas também para eventos, seja da comunidade interna – formaturas, reuniões, palestras, exposição de feiras, seminários, seja para a comunidade externa, com eventos privados, como festas particulares.
A capacidade de público para a arquibancada será de 360 pessoas. Funcionando como centro de eventos, especialmente no layout para formaturas, o ginásio terá capacidade de 1.904 pessoas, já que o espaço destinado às quadras esportivas poderá ser utilizado com alocação de cadeiras. Somando a capacidade da configuração para formaturas e da arquibancada, o ginásio terá a capacidade total para um público de 2.264 pessoas.

A reforma também dará conta de um problema antigo, cuja solução há muito tempo se esperava: a troca do telhado do ginásio. No âmbito da sustentabilidade, o ginásio contará com um sistema de captação de águas pluviais, que serão conduzidas para reservatório específico para o reuso para a limpeza do ginásio.
O início das obras está previsto para janeiro de 2026, após a assinatura da respectiva ordem de serviço, o que deve ocorrer em breve. A execução do projeto caberá à empresa Moreira Nobre Engenharia Ltda, que venceu licitação da qual participaram 17 empresas, realizada neste ano. O prazo de execução do contrato é de 510 dias corridos, contados a partir da data estabelecida na ordem de serviço para início da execução da reforma.
A reitora Marta Favaro não esconde a satisfação pela assinatura do contrato e iminente início das obras do ginásio. “Estamos muito felizes por retomar este projeto e avançar na construção de um espaço bem equipado, com condições adequadas para aulas, projetos, além de eventos acadêmicos e esportivos. Esse resultado representa uma contribuição para nossa comunidade universitária e para a sociedade, que poderão utilizar de toda essa infraestrutura. É um esforço coletivo, que contou com a dedicação das nossas equipes e com o apoio da Seti e da Sefa. Agradeço a todas as pessoas que participaram desse processo”, salientou.
De fato, como mencionou a reitora Marta Favaro, o processo que desencadeou na liberação da verba para a reforma teve muitos atores, entre o quais destacam-se: a Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), a Diretoria do CEFE, a Pró-Reitoria de Administração e Finanças (Proaf), além da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da própria Sefa. Segundo o diretor do CEFE, Orlando Fogaça, no início deste ano, o governo do Estado convocou uma reunião com todas as universidades estaduais para saber quais projetos de obras estavam prontos para dar andamento. A UEL levou para a reunião seis projetos, entre os quais o do João Santana, que estava quase pronto.

A esse respeito, o pró-reitor da Proplan, Sérgio Carvalho, acrescenta: “E a Sefa disse ‘olha, se vocês conseguirem licitar neste ano, nós faremos uma programação de liberação de recursos para vocês’”. Então só foi preciso atualizar os valores do projeto e iniciar o processo de licitação, que foi célere: “Colocamos a Proaf, que é quem cuida das licitações, e eles fizeram um trabalho rápido, muito comprometido”, complementa. Para Orlando Fogaça, houve uma sinergia dos atores envolvidos: “Foi um trabalho em conjunto, da reitora Marta Favaro, dos diretores anteriores do CEFE, todos deram continuidade no processo, na busca da verba”.
Principal palco de atividades físicas disponibilizadas pelo CEFE, o Ginásio João Santana está fechado desde abril de 2019. No final de 2018, notou-se que a estrutura poderia colapsar e um laudo apontou a necessidade de interdição. Em 2020, foi aberto um processo de licitação para a troca da cobertura do ginásio, mas a empresa vencedora não iniciou a obra. Ao longo do tempo, outros obstáculos atrapalharam a resolução do problema, como lembra Sérgio Carvalho: “Nós licitamos um projeto e o compramos, pagamos. Mas nós fomos impactados pela pandemia. Houve um atraso na entrega desses projetos por conta da pandemia”, afirma.

Obviamente, ao longo do tempo, a Universidade amargou os dissabores de ficar sem um espaço tão importante quanto o do ginásio João Santana, e o CEFE, obrigado a readequar outros locais. “Tivemos que fazer toda uma readequação com os departamentos para otimizar o uso dos espaços que sobraram. Muitas vezes, professores tinham que dividir os espaços, para dar aula. Onde cabia uma turma, era usado para duas. E, com isso, atrapalhava a concentração dos estudantes, o barulho ficava maior naquele espaço dividido”, relata.
Contudo, hoje, com a liberação dos recursos e a previsão do início das obras para o início do ano que vem, o clima no CEFE é outro: “Nós estamos em festa no centro. Porque é uma obra vultuosa, é um dinheiro significativo que veio. Nós teremos cisterna de captação de água da chuva, um espaço bom para a academia, arquibancada, então nós estamos muito ansiosos”, diz Orlando Fogaça.
Para Sérgio Carvalho, a reforma do ginásio João Santana é algo especial por conta da relação que a comunidade interna tem com ele: “O João Santana é um espaço afetivo para nós da universidade, porque muitas pessoas praticavam atividade física lá e participavam de eventos dos mais diversos”.

Segundo a Portaria GEFIS nº 2516/2025, o gestor do contrato assinado para a execução da reforma será o prefeito do campus universitário, Luiz Claudio Buzeti, e o fiscal do contrato será o servidor Rafael Cezar Fujita.
