Após ampla modernização, Museu de Anatomia reabre para visitantes

Após ampla modernização, Museu de Anatomia reabre para visitantes

Espaço pode receber até 50 pessoas em visitas agendadas. Reforma envolvem nova pintura, reorganização de acessos e sinalização.

Um dos locais mais visitados da Universidade Estadual de Londrina, o Museu Didático Professor Carlos da Costa Branco, o Museu de Anatomia do CCB (Centro de Ciências Biológicas), recebeu uma série de melhorias e já está pronto para retomar a agenda de visitas com grupos de até 50 pessoas. As visitas são guiadas por monitores e devem ser agendadas exclusivamente pelo portal, havendo a cobrança de uma pequena taxa de manutenção. Há vagas para novos monitores.

As novidades vieram de investimentos de R$ 40 mil e buscam enfatizar o papel do Museu como agente educativo ao atender às demandas das escolas das redes municipal, estadual e particular de ensino das regiões Norte e Nordeste do Paraná, assim como do Sul de São Paulo. As melhorias envolvem uma nova pintura, a reorganização dos acessos e da sinalização e adequações no piso. A partir deste trabalho, o Museu ainda ganhou nova iluminação com lâmpadas de led, melhorando a visualização das cerca de 700 peças.

Composto por peças anatômicas de humanos e animais, o acervo do Museu Didático de Anatomia da UEL nasceu em 1962, com uma pequena coleção de crânios de animais doados pelo professor Carlos da Costa Branco, o primeiro docente titular da então Faculdade Estadual de Odontologia (FEOL). Em 9 de outubro de 1997, após iniciativa das professoras Marilinda Vieira dos Santos Costa, Maria Aparecida Vivan de Carvalho e Vilma Schwald Babboni, o museu passou a levar o nome do professor, cujo legado para a preservação da história da anatomia permanece vivo em cada setor.

Peças atraem sempre olhares curiosos dentre os estudantes que visitam o Museu
(Fotos: André Ridão/Agência UEL).

Tecnologias 

Dentre as novidades está a adoção de um sistema de identificação das peças, que tem o objetivo de ampliar a oferta de informações aos visitantes, em sua maioria, estudantes da educação infantil, ensino Fundamental e Médio, graduandos e pesquisadores. A partir de agora, cada peça contará com um QRCode exclusivo, transportando os mais curiosos para um espaço virtual que contém a descrição pormenorizada das estruturas e características expostas.

Além das peças verdadeiras já existentes, explica o docente do Departamento de Anatomia, Leandro Martins, o acervo também ganhou peças sintéticas complementares em 3D. “Toda a parte cerebral encefálica de animais domésticos e até de dinossauros, como o T-Rex, mamíferos e aves. Essa parte foi criada em impressora 3D”, conta Martins, coordenador do Museu de Anatomia. 

Outra grande novidade é a incorporação de peças e microscópios do Departamento de Histologia, de modo que os visitantes poderão visualizar as lâminas nos equipamentos durante a visita. “É fantástico porque vai ajudar a definir a profissão, se ele vai para a área biológica ou de saúde. Então, aqui ele vai ter uma ideia do que vai estar estudando na prática. Outro diferencial é que as pessoas que têm deficiência visual vão poder tocar e manusear as peças sintéticas”, comenta a chefe do Departamento de Histologia da UEL, a professora Daniela Pinheiro. 

A técnica Camila Porto, o coordenador do Museu, Leandro Martins, e a professora Daniela Pinheiro convidam a todos para visitarem o Museu de Anatomia.

Vínculos com a graduação 

Além de representar um importante gatilho para o despertar da curiosidade nos visitantes, o Museu de Anatomia é um laboratório para cerca de 25 estudantes de graduação da UEL que vêm atuando na manutenção e na criação de peças anatômicas. Atualmente, explica o coordenador, o Museu possui bolsistas de Inclusão Social e Iniciação Científica (IC) e prevê ampliar a equipe com novos graduandos inseridos em projetos de extensão.

Os microscópios do Departamento de Histologia da UEL foram incorporados ao Museu para ampliar a experiência dos visitantes.

Alguns destes estudantes, revela a Técnica em Laboratório de Anatomia, Camila Porto, costumam retornar ao Museu para renovarem as memórias afetivas da época da graduação. Ela mesma é um desses exemplos de alunos que desenvolveram um vínculo afetivo com o espaço, zelando por cada detalhe e atuando no desenvolvimento de novas atividades. “Hoje, poder ajudar os alunos, instruir na montagem de peças, é uma experiência muito legal. Porque, além deles aplicarem tudo o que o Leandro ensina na sala, ainda conseguimos ensinar que aqui é patrimônio deles. Muita gente volta aqui depois de 20 anos com os filhos para mostrar o Museu”, alegra-se a servidora, egressa do curso de Educação Física da UEL. 

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