Do CCA ao Cefe: Visitas Técnicas atraem curiosos e movimentam Campus

Do CCA ao Cefe: Visitas Técnicas atraem curiosos e movimentam Campus

Ao todo, os visitantes podem conferir 65 espaços da Universidade e aprender sobre temas diversos, da educação das crianças ao cultivo de orquídeas.

No primeiro dia de atividades da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná – Paraná Faz Ciência 2023, visitantes de todo o estado puderam vivenciar um pouco da Universidade Estadual de Londrina, seus ambientes e também os serviços oferecidos. O Eixo 3 do evento, as Visitas Técnicas, permite uma experiência imersiva em 65 espaços pertencentes à UEL. 

Ceca

Quem caminha pelo Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca) pode ouvir de longe a risada contagiante das crianças que visitam o Laboratório dos Anos Iniciais (LAI). A sala chama a atenção dos pequenos (e até mesmo dos adultos mais curiosos) com sua decoração lúdica, cheia de brinquedos, livros e desenhos coloridos. 

A docente do Departamento de Pedagogia Mariana Pizarro é uma das responsáveis pela visita. Ela conta que a dinâmica tem como propósito receber a comunidade e os visitantes do evento, apresentando várias didáticas do LAI para quem visita. “No espaço do nosso Laboratório, apresentamos um pouco dos projetos desenvolvidos, dos materiais didáticos e recusados que a gente desenvolve dentro do curso de Pedagogia”.

Materiais didáticos para crianças e diversos materiais lúdicos foram apresentados aos pequenos (Fotos: Maria Dalben/Agência UEL).

Segundo Mariana, mesmo oferecendo atividades para crianças, turmas do ciclo dois, Ensino Médio e até adultos se encantaram pelas atividades oferecidas. “Como ao longo da escolaridade eles vão se aproximando mais de um estudo teórico e menos do lúdico, quando eles entram em contato com materiais lúdicos, jogos e uma diversidade grande de conteúdo, chama a atenção”, explica.

Na mesa cheia de livros coloridos, a estudante de pedagogia Ana Paula explica que os materiais foram feitos por alunos do Colégio de Aplicação da UEL. Por meio de contação de histórias e atividades com fantoches, o Laboratório condiciona o amor pela leitura desde a infância. A estudante ressalta a importância do acolhimento das crianças, assim como as possibilidades trazidas pela ação interativa.

Página de livro feito pelas próprias crianças, em exposição no LAI, no Ceca.

“É maravilhoso. Eu nunca achei que ia ser tão inspirador ver o trabalho que a gente faz com as crianças e a forma que elas ficam alegres. Os anos iniciais são os anos mais importantes da criança. Ver como nós os influenciamos é muito bom”, conta Ana Paula.

CCA

Já em uma sala próxima ao Orquidário da UEL, localizado no Centro de Ciências Agrárias (CCA), uma visita técnica recebe os visitantes para apresentar métodos de cultivo de orquídeas. Desde maio de 1997, o Orquidário é uma referência no Paraná quando o assunto é o cuidado com essa planta ornamental. No local, vários vasos com exemplos de gêneros da plantinha estavam expostos, em uma demonstração prática das técnicas abordadas. Docentes que compõem o corpo de pesquisadores do Orquidário e estudantes de graduação e pós-graduação da UEL orientaram os visitantes.

As explicações, no período da manhã e da tarde, envolvem técnicas de manejo, controle de pragas e alternativas para lidar com a floração das orquídeas. Uma turma com aproximadamente 20 estudantes de graduação e de escolas técnicas de diversas cidades do estado, como Medianeira e Santa Helena, por exemplo, participou da visita durante a manhã desta terça-feira (7).

Atividades envolvem técnicas de manejo, controle de pragas e alternativas para lidar com floração de orquídeas.

A professora de Olericultura da UEL Gisely Paula Gomes, do Departamento de Agronomia (CCA), faz parte do Orquidário e conta que os visitantes têm, com a experiência, a possibilidade de ver de perto como funciona a estrutura de uma orquídea e o que exige o cultivo. Ela também lembra que, além da demanda decorativa, há gêneros de orquídeas que são comestíveis e de um deles pode ser retirada a baunilha. Além disso, grupos de colecionadores se dedicam à planta. 

Gisely também destaca a procura pela visita técnica por parte de estudantes de outros cursos da UEL, como Arquitetura e Urbanismo (CTU), por exemplo. “Eles se interessam por que a orquídea é muito utilizada no paisagismo, um assunto da área deles”, diz. 

Cefe

Em outro ponto da UEL, o Laboratório da Pista de Atletismo (Cefe) tem à disposição dos amantes de esportes vários equipamentos utilizados por atletas e alunos a UEL em provas e aulas de atletismo, além, é claro, da pista de dimensões profissionais feita com material emborrachado que, ao mesmo tempo em que permite a aderência, absorve os impactos sobre o corpo do corredor. 

O professor Pedro Lanaro, do Departamento de Ciências do Esporte, apresenta aos alunos objetos como dardo, martelo e disco de lançamento, além de varas de salto. Ele também explica como os atletas utilizam esses equipamentos em competições profissionais.

Estes objetos fazem parte do acervo da UEL e, em oportunidades como esta, grupos de estudantes podem ver a dinâmica de esportes que só conheciam “pela televisão” e manipular os equipamentos utilizados pelos atletas. 

Professor Pedro Lanaro explica aos visitantes da Pista de Atletismo como utilizar equipamentos do esporte, como dardos e varas de salto.

Pedro ainda explica que caso os visitantes queiram caminhar, correr ou experimentar alguma modalidade na pista, também é possÍvel. “Quem vê a pista de longe pensa que é pequena, mas quando vai correr vê que não é tão fácil assim”, brinca. A metragem oficial de uma pista de atletismo, como a da UEL, é de 400 metros.

*Estagiários de Jornalismo na COM/UEL.

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