Napis otimizam recursos e fortalecem construção coletiva da ciência
Napis otimizam recursos e fortalecem construção coletiva da ciência
São 38 Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação expostos durante a Paraná Faz Ciência. Investimentos chegam a mais de R$ 100 milhões.O Laboratório Escola de Pós-Graduação (Labesc) da UEL é palco da II Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis). A programação começou nesta terça-feira (7) e segue até sexta-feira (10), reunindo pesquisadores, representantes do Governo do Estado e do setor produtivo para apresentações dos trabalhos desenvolvidos e também dos resultados alcançados. Dos 62 Napis já implantados ou em construção, 38 expõem suas atividades na programação da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia – Paraná Faz Ciência 2023.
Criados pela Fundação Araucária em 2019, com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), os novos arranjos de pesquisa e inovação já receberam investimentos de mais de R$ 100 milhões para o desenvolvimento de projetos.
Segundo Barbara Taniguti, analista da Fundação Araucária, os novos arranjos são uma importante estratégia de fomento da ciência que otimiza a aplicação dos recursos e une, de maneira colaborativa, os ativos de diversas áreas do conhecimento.
Um dos projetos apresentados é o Napi Bioinformática – Computação de Alto Desempenho, que tem como áreas prioritárias de atuação a Agricultura e Agronegócios; Biotecnologia e Saúde; e Sociedade, Educação e Economia. A iniciativa conta com várias instituições parceiras, como a UEL e as estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro); Fiocruz; Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outras. Do ponto de vista da gestão, as sedes são a UTFPR e a UEPG.
O professor Alexandre Rossi Paschoal, do Departamento de Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus de Cornélio Procópio, está à frente da coordenação do Napi Bioinformática. Ele explica que um dos principais objetivos do projeto é fortalecer a formação de recursos humanos. Ressalta que das sete pós-graduações na área de bioinformática no Brasil, três estão no Paraná. “Temos um ativo que nem um outro Estado tem”, enfatiza. Outro objetivo, é transformar o conhecimento científico em produto.
O professor Alexandre destaca ainda que o Napi Bioinformática possibilitou um salto inédito no âmbito da divulgação científica no Estado e consolidou algo muito requisitado, que é a parceria entre academia e indústria. Pela primeira vez, em junho deste ano, o Paraná sediou a 19ª edição do maior Congresso de Bioinformática do Brasil. Organizado pela Associação Brasileira de Bioinformática e Biotecnologia Computacional (AB3C), o evento reúne pesquisadores de todo o mundo para debater assuntos relacionados à análise de dados biológicos.
“Quebramos todos os recordes de 19 anos. Foram 612 participantes, maior número de trabalhos inscritos com quase 350 pôsteres, maior participação da indústria, com a presença do Sebrae, da Fiep e de patrocinadores da indústria, juntamente com o Senai”, comemora.
Todas as apresentações da II Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação também podem ser acompanhadas pelo canal da Fundação Araucária no YouTube.
*Estudantes do 3º ano de Jornalismo da UEL. Orientação: Eliete Vanzo (Rádio UEL).