UEL integra programação da Semana Paraná Faz Ciência e é destaque no Programa Prime
UEL integra programação da Semana Paraná Faz Ciência e é destaque no Programa Prime
Objetivo é popularizar a Ciência por meio de diversas atividades envolvendo comunidade científica e a sociedadeEstudantes e professores da UEL participam até a próxima sexta-feira (11) da programação da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2024, que está sendo realizada no Campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM), como parte da 21ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT 2024). O evento, que foi realizado ano passado em Londrina, tem o objetivo de popularizar a ciência por meio de diversas atividades envolvendo comunidade científica e a sociedade, com destaque para a participação de estudantes de Ensino Fundamental e Médio.
A abertura foi realizada na segunda-feira (7), no Teatro Calil Haddad, em Maringá. A reitora Marta Favaro representou a UEL na cerimônia inicial, que contou com a participação de dezenas de autoridades, incluindo representantes da comunidade científica. Durante a cerimônia, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Fundação Araucária formalizaram um termo de cooperação técnica que cria uma rede de divulgação e popularização científica denominada “Rede Paraná Faz Ciência”, a exemplo do que o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Paraná Faz Ciência já promove.
Além da criação da rede, o governo anunciou o lançamento da chamada pública de pesquisa básica (Universal). Esse edital prioriza o Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica (ICTs) do Paraná e a consolidação de redes e núcleos de pesquisa. A chamada pública é uma parceria entre a Fundação Araucária e a SETI e engloba recursos de R$ 30 milhões.
Premiação
Ainda na abertura do Paraná Faz Ciência, a SETI entregou o prêmio para os 10 finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), edição de 2024. O Prime tem o objetivo de transformar os resultados de pesquisas acadêmicas em novos produtos, serviços e negócios. Os finalistas receberam um aporte individual de R$ 200 mil para impulsionar o desenvolvimento das soluções inovadoras propostas.
Dos 10 projetos classificados, dois foram da UEL. O professor do Departamento de Microbiologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Gerson Nakazato, conseguiu chegar à final apresentando o Blood Aid, solução inovadora para testes de tipos sanguíneos. O projeto desenvolveu inova por permitir a função simultânea de identificação dos tipos de sangue de forma rápida, em menos de dois minutos, e de curativo, que protege feridas e lesões na pele.
Outro projeto da UEL foi o da pesquisadora de pós-doutorado Fabiola Azanha de Carvalho, realizado em parceria com o professor Fabio Yamashita, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos (TAM). A ideia consiste em um recipiente desenvolvido com resíduos da agroindústria, que serve para cultivar hortaliças, verduras e árvores de grande porte. Essa inovação diminui, por exemplo, a utilização de vasos de plásticos, além de fortalecer as plantas com nutrientes na fase inicial de crescimento. A iniciativa de pesquisa da UEL envolve alunos dos programas de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos e em Biotecnologia. Fabíola é doutora em Ciência dos Alimentos pela UEL.
Programação
Na edição de 2024 da Semana Paraná Faz Ciência, a UEL participa com 10 projetos que representam os mais de 300 em desenvolvimento atualmente, e que impactam cerca de 700 mil pessoas. Os projetos estão expostos na tenda da Mostra Interativa, montada no Campus da UEM, um espaço com 4,5 mil m² que abriga 50 estandes de Universidades e instituições parceiras.
De acordo com a Proex, os dez projetos selecionados são desenvolvidos nos Centros de Ciências da Saúde (CCS), Biológicas (CCB), Exatas (CCE), de Educação, Comunicação e Artes (CECA) e de Tecnologia e Urbanismo (CTU), envolvendo entre três e quatro estudantes de graduação cada. Estas ações, reforça a Proex, estão inseridas em nove áreas temáticas e dialogam com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).
A reitora Marta Favaro participou nesta terça-feira (8) da programação da Semana, visitou estandes e conversou com estudantes e professores. Segundo ela, a feira representa uma vitrine das atividades desenvolvidas pelas Universidades paranaenses para demonstrar o que é feito de melhor nas instituições. “Lidamos com pesquisa, extensão e inovação e essa semana serve para apresentarmos nossos projetos, demonstrando um pouco da nossa atividade que causa impacto na vida de milhares de pessoas”, definiu.
Sobre o resultado do Programa Prime, que destacou dois pesquisadores com inovações relacionadas à saúde e o meio ambiente, a reitora afirmou que é importante reconhecer o trabalho de quem se dedica à ciência. Ela afirmou que é preciso considerar e valorizar o grande percurso de investigação, o tempo de vida dedicado em prol da sociedade, que vai fazer a diferença em várias áreas a partir de descobertas, novos produtos e serviços.
Projetos
Entre os participantes da Semana estão as professoras Renata Perfeito e Helenize Lima Leachi, do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEL e do Grupo de Estudos em Gestão, Editoração Científica e Saúde do Trabalhador (GeeST), que desenvolveram a máscara facial utilizando tecnologias inéditas. Batizada de HeLP, a máscara é semelhante a N95, modelo que ficou amplamente conhecido durante o auge da pandemia de COVID-19.
A diferença é que o produto apresenta mais vantagens, sendo, inclusive, benéfico para o meio ambiente. A inovação foi apresentada na Semana Paraná Faz Ciência, no ano passado, na Edição 2024 da SBPC, realizada em Curitiba.
Outro estande que demonstra parte dos serviços da UEL é o do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss. Apesar da unidade estar fechada para visitas, em virtude da reforma da parte elétrica, o residente técnico do Museu, Carlos Eduardo Carvalho, aproveita a Semana para demonstrar um pouco do expressivo acervo do Museu e parte das atividades de apoio à pesquisa e ao trabalho de resgate e de preservação do acervo histórico do norte do Paraná.
No estande podem ser conferidos imagens de eventos e atividades desenvolvidas no Museu, bem como parte do acervo do fotógrafo José Juliani, que retratam a Londrina da década de 30 do século passado. O acervo pertence ao Museu e representa uma dos destaques da coleção de imagens históricas da cidade, que completa 90 anos em dezembro próximo.
A UEL ainda proporcionará aos visitantes do evento duas apresentações teatrais, com estudantes do curso de Artes Cênicas. As apresentações serão nesta sexta, dia 11 de outubro, às 8h30 e às 16h, envolvendo 16 alunos de graduação. O coletivo Ação Marginal, que se apresentará na feira, foi formado na UEL em 2023 e reúne treze atores e atrizes, uma orientadora cênica e um diretor musical.
Confira mais fotos dos espaços da UEL no Paraná Faz Ciência 2024.