Projeto estuda tratamento alternativo para toxoplasmose congênita

Projeto estuda tratamento alternativo para toxoplasmose congênita

Doença afeta gestantes e pode causar consequências graves

Vinculado ao Departamento de Imunologia, Parasitologia e Patologia (CCB), o estudo propõe trabalhar com o composto do ácido cafeíco como alternativa para toxoplasmose congênita, doença que afeta, sobretudo, grávidas. A coordenação da pesquisa é da professora Idessania Nazareth da Costa e foi um dos contemplados com bolsa produtividade pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), devido a sua relevância.

A origem do projeto, segundo a professora, “vem da importância dos estudos da toxoplasmose congênita, uma infecção comum que acomete gestantes que, por sua vez, acabam por não fazer o uso correto de medicações e veicular infecções durante a gravidez para seus embriões/fetos”, explica.

Devido à alta capacidade de infecção do protozoário Toxoplasma gondii, os danos causados a fetos são de alta gravidade, podendo provocar danos oculares e neurológicos, e até o aborto.

Diante dessa ideia e de seu impacto na saúde pública, a professora Idessania salienta que foi criada uma linha de pesquisa cadastrada junto ao CNPq, que estuda tratamentos alternativos para a toxoplasmose congênita e de outros casos da doença.

Os tratamentos alternativos, segundo a pesquisadora, têm sido seu objeto de estudo há 13 anos, desde que Idessania ingressou como docente na Instituição. Produtos compostos de ordem natural e sintética têm feito parte da pesquisa.

Um dos compostos é o ácido cafeico, de origem natural, e que vem sendo investigado como tentativa de inibir a proliferação do parasita. Os testes ocorrem em cultura celular in vitru, e a professora explica: “as células são colocadas em uma placa que posteriormente são infectadas com o parasita, depois realizado o tratamento por meio de testes com os compostos”.

Segundo ela, até o momento os resultados têm se mostrado otimistas, sendo inclusive utilizado como tema em dissertação de Mestrado da aluna Yasmin Munhoz dos Santos, envolvida no projeto como colaboradora.

Em linhas gerais, a professora conclui que o tratamento pensado por meio de compostos alternativos é importante, pois o tratamento atual da toxoplasmose
congênita, utilizado na clínica, pode apresentar efeitos tóxicos ao embrião/feto
e muitas vezes, é de difícil adesão.

Participantes

O projeto conta com uma equipe que envolve alunos desde a Iniciação Científica até a Pós-graduação, além de parcerias com professores do Departamento de Imunologia, Parasitologia e Patologia geral, e do Departamento de Microbiologia e da Medicina Veterinária da Universidade.

Além da UEL, ocorre a parceria com outras instituições nos estudos, como é o caso da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que contribui com a doação de células e com a realização de alguns experimentos.

*Estagiário de jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social.

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