FECCI quer estimular e revelar jovens cientistas paranaenses

FECCI quer estimular e revelar jovens cientistas paranaenses

Com entrada gratuita, a Feira de Cultura Científica é uma ação do NAPI Paraná Faz Ciência e conta com a participação de Clubes coordenados pela UEL.

Com 1.500 estudantes e professores ligados a clubes de ciências paranaenses expondo trabalhos em 381 estandes, a primeira edição da Feira de Cultura Científica Paraná Faz Ciência (FECCI) será realizada de 4 a 6 de novembro, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Neoville, em Curitiba. São 8 mil metros quadrados de área reservada para o que promete ser um dos maiores eventos anuais realizados pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência.

A FECCI é voltada para estudantes e professores da Educação Básica do Paraná com idades a partir de 6 anos, além de visitantes que gostam de Ciência e inovação. O objetivo é potencializar a cultura e a produção do conhecimento científico e tecnológico. As equipes participantes estão divididas em três categorias: FECCI Kids, que abrange os alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I; FECCI Júnior, para alunos do Fundamental II; e FECCI Jovem, acolhendo alunos do Ensino Médio, Técnico e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

A Feira está sendo organizada desde julho, quando começaram as inscrições. Foram mais de mil interessados e, deste total, 381 trabalhos foram selecionados por uma grande equipe de diferentes instituições e esferas públicas, com o objetivo de unir esforços na divulgação e popularização da ciência no estado.

FECCI quer estimular e revelar jovens cientistas paranaenses. (Foto/Isabella Abrão).

Rede de Clubes de Ciências

Do total de projetos selecionados, 298 correspondem a projetos e trabalhos enviados pelos clubistas da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, coordenada pelo NAPI Paraná Faz Ciência. A Rede é resultado dos investimentos do governo do Paraná para financiar a participação de alunos e professores e do trabalho da equipe de todas as Instituições de Ensino Superior (IES). A UEL, por exemplo, coordena 20 clubes de ciências.

Os clubes articulados pela instituição pertencem a escolas do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina e do NRE de Telêmaco Borba. Destes, 14 estão confirmados para participar da Feira em Curitiba. Os clubistas enviaram projetos para a avaliação, sendo 20 selecionados. Com relação ao primeiro Núcleo, três trabalhos dos clubes foram aprovados na FECCI Junior e 14 na FECCI Jovem. Já do segundo, três trabalhos estarão na FECCI Jovem.

Para a professora Mariana Andrade, articuladora institucional do NAPI Paraná Faz Ciência pela UEL, a Feira não é relevante só pela disseminação das pesquisas. Tem caráter científico, cultural e social, sendo pensada desde o começo do ano. “Esse evento é muito importante para que os nossos clubes tenham contato com toda a produção da Rede Paraná Faz Ciência”, explica. “Os projetos são resultado de trabalhos de pesquisa e acho que agora é o momento de finalizar o ano com essas sínteses”, comenta.

A docente também é coordenadora estadual do NAPI Paraná Faz Ciência Maker, que conta com outra vertente de clubes de ciências, em um formato mais “mão na massa”. De acordo com Mariana, a participação deles também é essencial. “Os clubes Maker que estiverem na FECCI trarão suas contribuições próprias das características desse projeto Mais Ciência na Escola, do CNPq. Essa Feira realmente promete uma ótima interação e crescimento científico dos nossos clubistas”, reforça.

Este não é o primeiro evento organizado para a Rede de Clubes de Ciências. A 5ª edição do Paraná Faz Ciência, por exemplo, foi realizada entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, em Guarapuava. Momentos como esse revelam-se uma oportunidade excelente de troca de conhecimentos não só entre alunos e professores clubistas, mas com toda a equipe que integra o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência.

Um dos clubes participantes é o “Ciências em Mãos”, do Instituto Londrinense de Educação de Surdos – ILES (Foto/Isabella Abrão).

FECCI

A articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência e membro da coordenação da FECCI, Débora de Mello Sant’Ana, compara a Feira a congressos do ensino superior com apresentação de trabalhos. Desde a preparação para a Feira, os alunos aprendem inúmeros aspectos da metodologia da pesquisa científica. “No nível da Educação Básica temos as feiras de ciências, que são também formas de avaliação desse trabalho desenvolvido na iniciação científica”, afirma Débora. “Tudo isso aliado à vivência nos dias da Feira em si se transformam em um treinamento científico muito importante para formação desses estudantes.”

O articulador do NAPI PRFC, Rodrigo Reis, faz questão de enfatizar o movimento de articulação junto às escolas e, especificamente, à Rede de Clubes Paraná Faz Ciência para ampliar a participação na Feira: “É uma responsabilidade enorme o movimento que a gente está fazendo, trazendo estudantes e professores do Paraná inteiro, principalmente aqueles vinculados aos Clubes de Ciências. Vamos receber no campus da UTFPR quase duas mil pessoas, o que gera uma expectativa gigantesca para que o evento seja o maior sucesso possível”, detalha.

A bióloga e coordenadora de Infraestrutura da FECCI, Juliana Ferrari, acredita que o evento será incrível. Ela explica que haverá um grande espaço para os estandes dos projetos dos clubes, um segundo com 130 expositores e com o palco, e um terceiro galpão com mais expositores, a área de alimentação e a Doca, onde estarão estacionados os veículos de ciência móvel: Zikabus, MarBrasil e Carreta da Polícia Científica. “Teremos ainda uma área de 3 mil metros quadrados para exposições do Parque da Ciência Newton Freire Maia e 26 estandes de 32 expositores parceiros”, completa. O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi/UEM) também participa da FECCI com a exposição Corpo Humano, do projeto Muditinerante.

Os trabalhos apresentados também concorrerão a prêmios. São produtos apreendidos, doados pela Receita Federal. O professor Rodrigo Reis destaca que é um lote de R$ 350 mil, com eletrônicos e outros gadgets que serão entregues aos primeiros lugares das categorias participantes da FECCI.

(Texto produzido por Silvia Calciolari, Ana Paula Machado Velho e Isabella Abrão).

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