NDPH recebe scanner planetário para digitalização de documentos

NDPH recebe scanner planetário para digitalização de documentos

Equipamento foi projetado para digitalizar livros raros ou outros documentos danificados, pois oferece mecanismos que protegem a encadernação.

Depois de um processo longo e burocrático – mas muito bem sucedido -, o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH) adquiriu um novo software para o scanner destinado à digitalização de documentos, que fez seu primeiro teste presencial na tarde desta quinta-feira (9). Um teste remoto já havia sido feito e os resultados foram comemorados. “Estamos todos muito felizes e satisfeitos. É uma conquista”, celebra o professor José Miguel Arias Neto, do Departamento de História e diretor do NDPH. Não é para menos. Segundo ele, a resolução das imagens é muito superior a tudo o que já se viu por aqui.

Trata-se de um scanner planetário (orbital) alemão, da marca Zeutschel, projetado para digitalizar livros raros ou outros documentos danificados, porque oferece mecanismos que protegem a encadernação e produzem imagens de excelente qualidade, o que dispensa outros tratamentos. Com isso, o Núcleo retoma a digitalização de seu próprio acervo, a começar pelas edições do jornal Folha de Londrina que o órgão possui, desde a primeira, de 1954.

Aparelho, de última geração, vai digitalizar acervo do Núcleo. Entre os materiais, estão edições da Folha de Londrina, desde sua fundação, em 1954 (Foto: André Ridão)

O professor Miguel lembra que o aparelho poderá ser usado não só pelo Núcleo, mas por outros setores históricos da Universidade, como o Museu Padre Carlos Weiss. Além disso, o NDPH recebeu do Programa de Mestrado em História um novo computador, com maior capacidade, para ser usado junto com o scanner. O material digitalizado ficará acomodado em nuvem.

O diretor do Núcleo destaca o empenho da Reitoria e da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan) no processo de obtenção dos recursos financeiros necessários e na aquisição do software, que custou R$ 29 mil em recursos obtidos no Fundo Paraná, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Instituído nos termos do artigo 205 da Constituição Estadual, este Fundo visa apoiar o financiamento de programas, projetos e ações de pesquisa, extensão, desenvolvimento científico e tecnológico. Pelo menos 2% da receita tributária do Estado, anualmente, são transferidos ao Fundo.

Para a reitora da UEL, Marta Favaro, a iniciativa se alinha no esforço de preservar documentos e a história da UEL e da região. “Com o NDPH poderemos ampliar as atividades de ensino, pesquisa e extensão vinculadas aos documentos históricos e, inclusive, atuar em parceria com a comunidade externa na preservação de nossa história. Importante destacar, também, que temos um Grupo de Trabalho que vem discutindo uma política de documentação na UEL e este equipamento poderá ajudar na operacionalização de ações planejadas”, afirma.

Leia também