UEL integra atividades da Jornada da Visibilidade Trans 2025
UEL integra atividades da Jornada da Visibilidade Trans 2025
Promovido pelo projeto de extensão Práxis Itinerante, o evento chega ao fim com exibição do documentário Indianara, nesta sexta-feira (31).Na última quarta-feira (29), foi celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Comemorada há 11 anos, a data traz atenção para a vivência de milhões de cidadãos que integram a parcela transgênera da população brasileira e, foi pensando em somar forças ao movimento que, desde o dia 16 de janeiro, o projeto de extensão da UEL Práxis Itinerante, em iniciativa conjunta com a Frente Trans de Londrina, realiza a Jornada da Visibilidade Trans 2025. Nesta sexta-feira (31), o evento chega ao fim por meio da exibição do documentário nacional “Indianara”, que acontece às 19h no Sesc Cadeião.
Lançado em 2019 no Festival de Cannes, o filme acompanha a vida da personagem titular, Indianara Siqueira, ativista brasileira transexual que, em meio a uma sociedade pautada pela intolerância e preconceito, lutou, ao longo de 50 anos, pela sobrevivência e manutenção da resistência aos recorrentes ataques à comunidade que integra, sendo, inclusive, uma das responsáveis pela fundação da CasaNem, iniciativa de acolhimento de pessoas LGBTQIA+ em vulnerabilidade no Rio de Janeiro.
Parte do Cine Diversidade, o evento é gratuito e ainda conta com a realização de uma roda de conversa para debate do tema, conduzida pela artivista da Frente Trans Londrina Juuara Armond e pela psicóloga do Serviço de Bem-estar à Comunidade (SEBEC) da UEL Yara Odara, com mediação do arteiro Oliver Letícia.
Uma longa Jornada
Com apoio do coletivo Entretons, do SEBEC, e da prefeitura de Londrina, a Jornada da Visibilidade Trans 2025 teve início no dia 16 através da defesa de dissertação de mestrado em Sociologia pela estudante da UEL Ursula Boreal Lopes Brevilheri, sob o nome “As armas da cisnormatividade contra a linguagem não binária no Brasil: colonialidade, conservadorismo e ação legislativa”.
Em seguida, no dia 20, foi realizada a roda de conversa “Transmasculinidades Invisíveis” em parceria com o projeto Vez e Voz, que também contribuiu no debate e oficina “Cultura em corpos trans e dissidentes – vivência no funk”, no dia 21.
Nos dias 27 e 28, o anfiteatro do CESA foi palco para duas mesas redondas. A primeira delas abordava “O futuro da saúde e a importância do acompanhamento psicológico”, enquanto a segunda tratava da “Universidade e a acessibilidade a corpas dissidentes”. Nesta foi lançada oficialmente a Carta por Cotas Trans na Universidade Estadual de Londrina, petição que reivindica a criação de um grupo de trabalho envolvendo estudantes trans e travestis da UEL e a implementação de cotas trans no processo de ingresso da instituição.
Em referência à data Nacional da Visibilidade Trans, no dia 29 a Jornada levou as atividades às ruas por meio da Marcha Trans por uma Vida Digna. Em meio a discursos, cartazes e faixas, a movimentação concentrou diferentes públicos no calçadão do centro pela luta em nome dos direitos da comunidade.
Além da exibição do documentário Indianara, ainda é previsto, para o dia 02 de fevereiro, o Sarau Trans, uma ação extra do evento a ser realizada na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL, a partir das 16h.
Mais registros e informações sobre as atividades desenvolvidas durante a Jornada da Visibilidade Trans 2025 e a Carta por Cotas podem ser encontradas nas redes sociais do Práxis Itinerante e da Frente Trans de Londrina.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.