Invasão alienígena mescla Scy-Fy, horror e drama, no Cine Teatro Ouro Verde

Invasão alienígena mescla Scy-Fy, horror e drama, no Cine Teatro Ouro Verde

"Antes que tudo desapareça" ficará em cartaz desta segunda (17) até quarta-feira (19), em dois horários, às 16h e 19h30.

Uma das características mais marcantes do cineasta japonês Kiyoshi Kurosawa é misturar gêneros distintos, com destaque para o suspense ou horror, e criar uma atmosfera diferenciada de outras produções dos gêneros. Essa fórmula surge novamente no longa “Antes que tudo desapareça” (2018), que traz a um tema já bastante repetido nas telonas – ataques alienígenas contra a humanidade – uma nova roupagem. O filme está em cartaz nesta segunda (17), terça (18) e quarta (19), às 16h e 19h30, no Cine Teatro Ouro Verde.

No longa-metragem, aliens vêm ao Japão e tomam o corpo de humanos, numa espécie de “invasão e controle mental” para uma missão de reconhecimento antes do apocalipse alienígena. Os novos invasores são investigados pelo curioso e intrépido jornalista Sakurai, que, cético de todos os absurdos presentes no roteiro, tenta solucionar um mistério envolvendo o desaparecimento de uma estudante colegial. Nesse percurso, encontra Tachibana e Amano, dois jovens que aparentam ser mais do que se apresentam.

A entrada de um casal disfuncional na trama, Narumi e Shinji Kase, também traz contornos de tensão, sátira e suspense: o marido, estranho desde a volta de uma viagem, parece estar com um tipo muito característico de amnésia – até admitir à esposa, de fato, estar sob controle alienígena e preparando uma invasão ao planeta Terra. Mas, a invasão não é para ontem, como a urgência característica dos filmes de Scy-Fi alienígena presumem. Os aliens, que são apenas três e estão perdidos pelas ruas de Tóquio, desejam conhecer melhor a espécie que pretendem aniquilar. Decidem, então, perambular pelo país em busca do significado de palavras (e sentimentos) caros para a humanidade, como o “amor”, “posse” ou “trabalho”, “roubando” esses conceitos dos humanos.

Como em geral ocorre com as obras de ficção científica, a humanidade é testada sob vários aspectos: ao “perder” o significado da palavra “trabalho”, o indivíduo simplesmente assume uma personalidade infantil e “anárquica”; ao esquecer do que é “posse”, tampouco se importa para guerras ou conflitos que estão à sua volta (e dizem respeito quase sempre à propriedade das coisas). A obra critica o outro para estabelecer uma autorreflexão sobre os limites da própria humanidade.

O filme é uma adaptação da peça Tomohiro Maekawa e conta com Masami Nagasawa, Ryûhei Matsuda, Hiroki Hasegawa, Yuri Tsunematsu, Mahiro Takasugi e Kazuya Kojima no elenco. O longa tem 129 minutos de duração e é roteirizado por Kiyoshi Kurosawa e Sachiko Tanaka.

Kurosawa em dose tripla

O Cine Teatro Ouro Verde vai manter Kurosawa na telona por três semanas, com a exibição de mais dois longas. Nos dias 24, 25 e 26 de julho, será exibido “O fim da viagem, o começo de tudo” (2019) e, nos dias 31 de julho, 1º e 2 de agosto, é a vez de “A mulher de um espião” (2020).

Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Cine Teatro Ouro Verde (R. Maranhão, n°85, Centro de Londrina) 30 minutos antes das sessões. A entrada inteira custa R$ 20,00 e a meia, R$ 10,00. Não são aceitos cartões, somente dinheiro. Têm direito a meia-entrada estudantes, professores, doadores de sangue regular, pessoas com mais de 60 anos, filiados à OAB e sindicato dos jornalistas e servidores públicos. Professor ou facilitador com cinco alunos ou mais tem isenção no valor do ingresso. 

Divulgação.
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