Alunos do curso de Jornalismo lançam programa sobre extensão universitária na Rádio UEL

Alunos do curso de Jornalismo lançam programa sobre extensão universitária na Rádio UEL

O programa estreia neste sábado (24) às 10h e irá falar sobre projetos da memória de Londrina através da fotografia, e sobre as ações em prol dos trabalhadores do SUS

Alunos do 3º ano do curso de Jornalismo estão produzindo o “Frequência UEL”, que estreia neste sábado (24), às 10h, na Rádio UEL FM. O programa, que na primeira temporada irá falar sobre a extensão universitária, irá abordar em seu primeiro episódio a evolução da paisagem de Londrina através da fotografia, e também de ações de valorização de trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).

O programa é resultado de uma parceria entre os professores Reinaldo Zanardi, Fábio Silveira e Ayoub Hannah Ayoub, do Departamento de Comunicação, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) da UEL. A proposta era expor à sociedade o conteúdo produzido pela universidade utilizando as disciplinas práticas do curso de Jornalismo. O programa consiste em um laboratório feito dentro da universidade, por estudantes, onde os alunos atuam como profissionais, com a produção de pautas, scripts, reportagens e edição do conteúdo para uma rádio convencional.

Frequência UEL

O primeiro episódio irá falar do projeto “Ontem e hoje: A evolução da paisagem de Londrina através da Fotografia (1950-2020)”, coordenado pela professora Maria Luísa Hoffman, do Departamento de Comunicação, que busca recriar fotos históricas de Londrina para critério de comparação com a paisagem atual. Ademais, haverá um programa sobre o projeto “Equidade é saúde! Cuidando de quem cuida nos Serviços de Saúde da cidade de Londrina”, coordenado pela professora Marselle Nobre de Carvalho, ligada ao Departamento de Saúde Coletiva (CCS), que trata da parceria entre a UEL e a Autarquia Municipal de Saúde de Londrina para execução de ações de equidade em prol dos trabalhadores do SUS.

Os próximos dois projetos serão o “Aprender com brilho no olho: Educação e saúde em jogos, livros e ferramentas lúdico-educativas”, coordenado pela professora Rosane Fonseca de Freitas Martins, do Departamento de Design, que trabalha com a utilização de métodos criativos para a educação nutricional de crianças com diabetes. Há também o “Insegurança alimentar nos territórios vulneráveis de Londrina: Fortalecendo as estratégias de participação e controle social para o desenvolvimento local.”, coordenado pela professora Eliane Christine Santos de Campos, do departamento de Serviço Social, que investiga as estratégias e políticas públicas para o combate à fome.

Reinaldo Zanardi afirma que durante o desenvolvimento do programa ao lado dos alunos, o que mais chamou sua atenção foi a qualidade dos projetos de extensão existentes na universidade, assim como o envolvimento dos alunos. “Quando os alunos fazem a pauta, fazem o script, o roteiro e começam a fazer a apresentação, você vê o envolvimento deles na proposta laboratorial, que é o que o Frequência UEL veio fazer. E aí você tem muitos alunos envolvidos em projetos de extensão mostrando o que eles também estão fazendo e agora aproveitando para divulgar essas ações desenvolvidas no projeto”, celebra.

Extensão na UEL

Atualmente, a UEL conta mais de 330 projetos e programas de extensão, que envolvem mais de 1,3 mil professores e sete mil alunos de graduação e pós-graduação em ações que atendem a população. Zanardi descreve a extensão como um projeto que precisa estar envolvido com a comunidade, que será beneficiada e irá participar do processo junto com os estudantes e professores. “E a extensão universitária é um dos pilares da universidade, que tem os outros dois pilares na pesquisa e no ensino. Então as três coisas andam juntas”, descreve.

O professor explica que a decisão de escolher a extensão universitária partiu da necessidade de divulgar esse pilar da universidade, que muitas vezes é esquecido. “O ensino é a base, porque a graduação faz parte de todo o processo. A pesquisa é o sonho de todos que vão para a carreira acadêmica, fazer mestrado e doutorado. E a extensão sempre foi considerada a prima pobre desse processo, porque não dá a visibilidade que uma pesquisa acadêmica de um mestrado e doutorado acaba dando”, explica Zanardi.

Fábio Silveira também explica que a oportunidade dos alunos em produzir um conteúdo que será de fato utilizado por um veículo de informação de Londrina é algo que agrega muito na experiência deles, pois gera um maior esmero com a qualidade do material. “Eu já fui estudante de Jornalismo e tinha uma coisa frustrante quando eu estudava era produzir reportagens e materiais pra ficarem guardados na gaveta do professor, só para avaliação. E com esse projeto nós conseguimos fazer com que essa produção seja veiculada e levada ao público, o que é muito bom no sentido de forçar uma situação em que o aluno tem uma responsabilidade maior desse conteúdo”, conclui o professor.

*Estagiário de Jornalismo da Coordenadoria de Comunicação Social.

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