UEL realiza primeira Mostra de Arte e Cultura
UEL realiza primeira Mostra de Arte e Cultura
A Semana de Eventos Integrados recebe a primeira Mostra de Arte e Cultura. Atividades serão realizadas de 12 a 13 de novembro no CampusCom a proposta de valorizar a arte local e de manter as artes ao dispor da comunidade, a Semana de Eventos Integrados recebe este ano a Mostra de Arte e Cultura. Atividades culturais serão realizadas em diferentes espaços do Campus Universitário de 12 a 13 de novembro, com a participação de 14 estudantes, 6 docentes, 2 técnicos administrativos e 2 egressos.
As pinturas, fotografias e desenhos serão expostas durante as apresentações do evento Por Extenso, no dia 12 de novembro, das 11h30 às 18h30, no saguão do Centros de Estudos Sociais Aplicados (CESA). Já as apresentações de dança, música e declamações de poesias acontecerão no Restaurante Universitário, nos dias 12 de novembro, entre às 17h e 21h, e 13 de novembro, das 11h30 às 14h.
Ana Luisa Boavista, diretora de eventos, cultura e relações com a sociedade na Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade (Proex), conta que “as produções são ricas em criatividade, atuam na construção de novos conhecimentos, e se desenvolvem em diversos setores da sociedade. Elas ampliam o desenvolvimento econômico, criam valor em diversas categorias como o patrimônio, as expressões culturais, as artes visuais, as artes cênicas, design, espetáculos de dança, música, teatro, poesia, audiovisual, entre outras, que utilizam a criatividade e as habilidades dos indivíduos ou grupos como insumos primários”, afirma.

Para a Diretoria de Cultura, esta ação deve ser a primeira de muitas. “Ela é o investimento na identidade e no futuro da instituição e da sociedade. Ela integra saberes, pois a arte e a cultura são catalisadoras de pensamento crítico, da criatividade e da inovação. Elas promovem ações que unem exposições artísticas com debates científicos, por exemplo. Cria pontes entre razão e sensibilidade, entre técnica e manifestações culturais. Deste modo, a mostra demonstra que a UEL valoriza a arte, a cultura e a ciência. Construindo pluralidade, respeitando a diversidade e compromissada com o desenvolvimento humano”, ressalta Ana Luisa Boavista.
Atração internacional
O estudante intercambista Rodolfo Bracamontes cursa Jornalismo na UEL e representa o México, vinculado à Assessoria de Relações Internacionais (ARI). “Música Mexicana & Brasileira” será a interpretação trazida por ele à mostra. A versatilidade de sua arte se encontra na intersecção entre comunicação e música, tendo em vista que Bracamontes estuda Música Popular Contemporânea e Ciências da Comunicação na Universidad Autónoma de Occidente e na Universidad Autónoma de Sinaloa.
Bracamontes comenta a escolha do repertório: “quis mostrar canções que representam diferentes emoções e estilos da música mexicana, desde o bolero e o mariachi até a canção lírica e romântica. Por isso selecionei obras como La Malagueña, Cielo Rojo, Échame a mí la culpa, El Pastor, No volveré, Que te vaya bonito, Sabor a mí e Bésame mucho”, destaca. “Cada uma delas expressa uma parte da identidade e sensibilidade cultural do México, e juntas contam uma história sobre amor, despedida, e orgulho pelas raízes”, diz. Rodolfo Bracamontes sobe ao palco do Restaurante Universitário no dia 13, às 13h30.
Além de sua imersão artística, o comunicador é o primeiro intercambista da Universidade Autónoma de Occidente (UAdeO) a estabelecer o vínculo acadêmico com o Brasil. Em sua trajetória, recebeu reconhecimentos estaduais por sua destacada participação em concursos de análise cultural, oratória, canto e escrita criativa.
Pintar o indizível
O professor Marco Gobatto ingressou em Artes Visuais em 2004. Na UEL, percorreu o Mestrado e o Doutorado em Filosofia, cujos saberes se expressam em sua arte. Nos dias de hoje, Gobatto é docente temporário no curso em que se graduou. Para ele, a mostra “reforça o compromisso com a valorização cultural tão marcante e presente na UEL”, afirma.
Para a Mostra de Arte e Cultura, o professor levará uma série, composta por pinturas em nanquim e guache, de tamanho A3, nomeada “Inefável em mim”. A obra compõe o projeto de pesquisa “Processo Criativo em Artes Visuais e suas Relações com a Literatura, o Silêncio e a Paisagem”, coordenado pela professora Vanessa Tavares da Silva.
Sobre as pinturas, Gobatto explica que elas fazem “menção à figura humana e sua relação com a contemplação daquilo que o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein classifica como indizível, ou seja, aquilo que não pode ser enunciado na linguagem mediante uma descrição objetiva tal qual fatos e estados de coisas, a saber: o sentido da vida que abrange as experiências éticas, estéticas e religiosas”, contextualiza.


As figuras em preto, branco e cinza – que representam bustos humanos – sinalizam o sujeito como limite do mundo e sua relação com a esfera dos valores. Obras do professor Marco Gobatto
Grupo de Dança OPROC
Silvia Pavesi é docente no Centro de Educação Física e Esportes da UEL e coordena o Grupo de Dança OPROC, que se apresentará às 17h do dia 12. Para ela, “a realização conjunta com a Mostra Cultural agrega um valor simbólico e formativo ao reconhecer a arte e a produção cultural local como dimensões complementares da formação universitária”. Pavesi complementa que “essa integração ultrapassa o tripé tradicional da universidade, enfatizando que o fazer artístico e cultural também constitui uma forma de conhecimento e transformação social”.
O grupo de dança urbana trabalha com coreografias nas modalidades contemporâneo, jazz e hip hop. Viabilizado enquanto projeto de extensão, tem por objetivo “elaborações coreográficas e produção de artefatos culturais dançantes; apresentações culturais; organização da Semana da Dança; oferta de cursos e oficinas de dança. O grupo é formado por discentes e é aberto à comunidade da dança”, informa a coordenadora.
Marchinhas de carnaval
O Cordão da Vila Brasil tem um braço na extensão, por meio do projeto “Trançar o Cordão: invenção e performance com marchinhas de carnaval”. Para a mostra, o grupo promete animação, “com muita percussão, vários instrumentos de sopro”, como destaca Alexandre Ficagna, docente do curso de Música e um dos idealizadores do Cordão.
“Vai ter canto também e a gente espera que o público possa cantar junto com a gente. O público vai ver um grupo com proposições estéticas bem definidas, acredito eu que bastante inovadoras em relação ao que se espera deste repertório, ao mesmo tempo que terá bastante animação. Acreditamos na força política da alegria carnavalesca e esperamos que ela possa contagiar quem for assistir, cantar e dançar conosco”, convida Ficagna.
*Bolsista na Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade
