UEL é referência na formação de professor de Inglês para crianças
UEL é referência na formação de professor de Inglês para crianças
Programas de Pós-graduação - Estudos da Linguagem e Mestrado Profissional em Letras Estrangeiras Moderna - e projetos do CCH impulsionam a formação de professores.Cursar disciplinas optativas (não obrigatórias), fazer disciplinas eletivas em outros cursos, participar de projeto de pesquisa e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Esses são alguns contextos acadêmicos que a professora de Inglês Izabella Ribeiro Bill, formada pela UEL em Letras/Inglês em 2019, destaca na sua graduação. “Eu tive a oportunidade de passar por diferentes contextos. Outras universidades não têm essa abertura de contextos”. Para ela, isso fez muita diferença na sua formação. Confira o áudio.
Os diferentes contextos apontados por Izabella Bill referem-se às suas estratégias de buscar o processo de ensino e aprendizagem para seu objetivo principal que era atuar como professora de inglês para crianças da Educação Infantil e o Ensino Fundamental I (1º a 5º ano). “Quando passei no vestibular, consegui juntar esses dois amores, a língua inglesa e dar aulas para crianças”. Ainda na graduação, ela atuou como professora na Escola O Peixinho e, atualmente, é professora no Colégio Mãe de Deus.
Izabella Ribeiro Bill cursou Letras Inglês na UEL, quando a grade curricular do curso não disponibilizava disciplina para o ensino de inglês para crianças das séries iniciais. Atualmente, a grade conta com disciplinas específicas nessa área. São essas diferentes estratégias que fizeram o curso de Letras Inglês da UEL tronar-se referência para a formação de professor de inglês das séries iniciais. Tanto que a instituição tem apresentado seu modelo para diferentes universidades do país.
A professora Juliana Reichert Assunção Tonelli, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas, do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), afirma que a UEL está servindo de referência para a Universidade Estadual de Goiás (UEG), a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Universidade do Estado do Mato Grasso (UNEMAT), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), além da Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro.
Essa referência fez a professora Juliana Tonelli participar de várias atividades pelo país, para debater temas referentes ao ensino de inglês na educação infantil e do 1º ao 5º ano. Recentemente, ela participou de uma conferência on-line da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Há outra agendada, para os próximos, dias pela Universidade Estadual de Goiás. Juliana Tonelli diz que o curso da UELL promove, uma vez por mês, conferência virtual com temas ligados à formação de professor de inglês, com participação expressiva de pessoas de todo o Brasil.
Juliana Tonelli destaca também o papel dos programas de pós-graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL) e Mestrado Profissional em Letras Estrangeiras Modernas. “É uma importante contribuição para a comunidade científica. Temos várias dissertações defendidas e, agora, teremos as primeiras teses de doutorado que tratam especificamente do ensino se inglês na infância. Isso retrata a importância da UEL também na pós-graduação”. A professora cita como exemplo uma dissertação em que a estudante Paula Avila, se propôs a investigar a implantação do ensino de inglês para crianças no município de Pitangueiras, região de Londrina, ainda nos anos 1990.
Outro diferencial apontado pela professora Juliana Tonelli é a parceria do curso de Letras Inglês com o Centro de Educação Infantil – Campus, que funciona no campus, e com o Colégio de Aplicação, no centro da cidade, que servem de estágio curricular para os alunos do curso. “O CEI e o Colégio de Aplicação têm sido essenciais e esse é um diferencial que a UEL tem”, afirma a professora.
Juliana Tonelli atuou como professora da rede básica, realizou seus estudos no mestrado e no doutorado na área de ensino de inglês para crianças. Ela mantém pela Universidade um grupo de pesquisa, registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a finalidade de pesquisar esse segmento. Trata-se do projeto Formação de professores e ensino de línguas para crianças (FELICE). Ela afirma que a proximidade com a comunidade escolar permite conhecer a realidade. Confira o áudio.
Obrigatoriedade – O ensino de uma segunda língua é obrigatório a partir do 6º ano, o início do ensino fundamental II. No entanto, a oferta de uma segunda língua na rede de ensino, ocorre – segundo Juliana Tonelli – desde os anos 1980 e 1990, mas que aumentou nos anos 2000. Ela destaca que na rede particular de ensino, essa oferta ocorre por uma questão mercadológica por dois motivos. Primeiro, como atrativo para pais matricularem o filho em um estabelecimento que oferece vários serviços e, segundo, como estratégia de formação incrementando o futuro currículo profissional.
Na rede pública, a professora afirma que a oferta de inglês para séries iniciais depende do projeto político, a ser implantado pelo executivo municipal. A Prefeitura de Londrina, por exemplo, desenvolve o projeto Londrina Global, desde 2008, e teve a colaboração e participação de professores da UEL. A proposta funciona como projeto integrador. Já o município de Ibiporã implantou o ensino de inglês e conta com professores concursados especificamente para o ensino de crianças.
Aliás, conforme Juliana Tonelli, as professoras no município de Ibiporã são egressas do curso de Letras Inglês da UEL. “A Universidade é reconhecidamente uma instituição de ensino superior que, há muitos anos, vem pensando na importância e na relevância de formar professor de inglês, também, na educação infantil e no ensino fundamental I”, comenta a professora.