Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná reúne 550 candidatos

Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná reúne 550 candidatos

Eles concorrem a vagas nas sete Universidades Estaduais do Paraná - UEL, UEM, UEPG, Unicentro, Unioeste, UENP e Unespar e na Universidade Federal do Paraná.

Cerca de 550 estudantes indígenas de diferentes etnias participaram no domingo (18) e segunda-feira (19) das provas do 20º Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. Eles concorrem a vagas nas sete Universidades Estaduais do Paraná (UEL, UEM, UEPG, Unicentro, Unioeste, UENP e Unespar) e na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Nas universidades estaduais são ofertadas 42 vagas suplementares, sendo 6 vagas para cada universidade; destinadas, exclusivamente, para os índios integrantes das sociedades indígenas do Paraná. A UFPR oferta 10 vagas suplementares nos cursos de graduação para os índios integrantes das sociedades indígenas do Brasil.

Nesta edição, a aplicação das provas ocorre nas cidades de Manoel Ribas, Nova Laranjeiras, Mangueirinha, Londrina e Curitiba, seguindo os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. O resultado está previsto para o dia 1º de setembro.

O Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) financia o processo seletivo. Em 2021 foram investidos R$ 380 mil na organização e execução das provas. “O vestibular indígena é uma política pioneira no Brasil de transformação social na vida dos estudantes, possibilitando o ingresso em cursos de graduação que são referência no Brasil”, afirma o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Pelegrina.

No primeiro dia foi realizada prova oral sobre Língua Portuguesa e, no segundo dia, redação e prova objetiva com questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira ou Indígena, Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Química. Nesta edição, a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) é a instituição encarregada da realização das provas.

“A expectativa para a realização do processo é significativa, já que se trata de relevante meio de entrada dos estudantes indígenas no ensino superior público e de qualidade, sendo um processo consolidado e de imenso reconhecimento no Brasil”, ressaltou o Coordenador de Processos Seletivos da UENP, professor Pedro Henrique Carnevalli Fernandes.

O Paraná é o único estado brasileiro que possui o vestibular indígena como política estadual. Hoje, cerca de 200 estudantes indígenas estão matriculados em cursos de graduação e de pós-graduação. O número de participantes aumentou em mais de 1000% desde que foi criado o vestibular, em 2002.

Para o professor da Unioeste e presidente da Comissão Universidade para Índios (Cuia), Marco Antonio Batista Carvalho o envolvimento das universidades no processo de seleção é uma das formas de valorizar os povos indígenas. “O vestibular tem o poder de mobilizar as aldeias e os estudantes que buscam a possiblidade de ingressar em um curso de graduação. Mesmo ocorrendo na pandemia, tivemos uma boa procura em relação às vagas”.

(Com texto e informações da SETI).

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