Projeto Práxis colabora com banco de dados de pesquisas de cannabis medicinal

Projeto Práxis colabora com banco de dados de pesquisas de cannabis medicinal

Proposta busca cadastrar estudantes e professores das universidades e institutos que estudam variedades da planta, para criar políticas públicas eficientes.

Integrantes do projeto Práxis Itinerante estão colaborando com a formação de um banco de dados para reunir profissionais e pesquisadores interessados ou que participem de estudos relacionados ao uso terapêutico de plantas do gênero cannabis. A iniciativa partiu do deputado estadual Goura (PDT), autor da Lei Pétala (Lei Estadual nº 21.364/2023), sancionada em março passado, e que beneficia pacientes em tratamento de doenças e transtornos de saúde para terem acesso a medicamentos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC). Interessados podem acessar o formulário neste link.

No formulário, o público pode preencher de qual área é (Saúde, Direito, Comércio, Indústria, entre outras), qual especialidade na referida área e desde quando atua com cannabis medicinal, além de dados pessoais (telefone, endereço de e-mail e endereço profissional).

Segundo o coordenador do projeto Práxis, professor Fábio Lanza, do Departamento de Ciências Sociais (CLCH), a princípio a proposta busca cadastrar estudantes e professores da UEL, porém, profissionais de áreas afins e não vinculados à Universidade também podem se cadastrar. Ele explica que a proposta é, ao finalizar esse cadastro, contribuir para a orientação de políticas públicas e posteriormente levar demandas a órgãos de fomento à pesquisa, como a Fundação Araucária, do Governo do Estado, por exemplo.

“Estamos vivenciando um debate nacional sobre o uso terapêutico da maconha e, junto com essa agenda, existe também a expansão do uso do óleo feito com a flor da planta. No Paraná, temos a iniciativa do Legislativo que agora começa a construção de um banco de dados estadual, que está sendo repassado a todas as universidades para que possam cadastrar profissionais”, definiu.

Segundo o professor, de posse destas informações a respeito das pessoas, profissionais e entidades que atuam na pesquisa e participam do debate sobre o uso medicinal da Cannabis, será possível definir políticas públicas claras para a área. “É um novo setor que se desenvolve”, considera o professor, apontando o uso terapêutico da maconha e o direcionamento de subprodutos para a área industrial.

Ele explica que na UEL existe um debate para a criação futura de um centro de estudos sobre cannabis, que reuniria pesquisadores de várias áreas de estudos. “Mas tudo isso ainda é muito recente, está em processo, daí a proposição de um banco de dados estadual com foco neste novo setor econômico e social que está sendo organizado”, finalizou.

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