Professor integra grupo sobre espécies ameaçadas de extinção

Professor integra grupo sobre espécies ameaçadas de extinção

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas foi o primeiro do país a ter disciplina específica sobre invasões biológicas.

Elaboração de protocolos de avaliação de risco sobre espécies, detecção de impactos e formação técnica de gestores e agentes públicos e privados. Estas são algumas ações previstas pelo Grupo de Avaliação Técnica (GAT), do Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-Espécies, do Ministério do Meio Ambiente, do qual participa o professor e pesquisador Mário Luís Orsi, do Laboratório de Ecologia de Peixes e Invasões Biológicas (LEPIB), do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UEL.

O professor lembra que os estudos com peixes invasores na Bacia do Rio Paranapanema foram o motivo de ele ter sido convidado para participar do GAT. “Em 2018 foi realizada a primeira reunião, em Brasília, sobre o plano e estabelecido o GAT, ao qual fui nomeado em Diário Oficial, como membro por reconhecimento aos 23 anos de trabalho com espécies invasoras, levando o nome da UEL para o país”, comenta o professor.

Professor e pesquisador Mário Luís Orsi, do CCB (FOTO: Arquivo/COM/UEL)

No mês de outubro último, foi realizada a 2ª Oficina de Monitoria Anual do Plano de Implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras (PIENEEI). As atividades foram realizadas na modalidade virtual, com o objetivo de  monitorar “o desempenho das ações e avaliação dos resultados, bem como a definição da matriz de metas e indicadores”. A informação é do Projeto Pró-Espécies, em sua página oficial na internet. Mais informações sobre a Oficina de Monitoria Anual podem ser acessadas AQUI.

O professor Mário Luís Orsi explica que as invasões biológicas são consideradas um dos piores problemas para a biodiversidade e a sociedade. Ele cita como modelo a COVID-19, causada pelo novo coronavírus, responsável pela epidemia mundial que causou mais de 1.270.000 mortes. Somente no Brasil, o número de mortes passa os 160.000. “O vírus é considerado um grupo invasor exótico”, explica o professor. “Esse é um problema relacionado diretamente à sociedade, mas indiretamente relacionado à degradação ambiental e perda de biodiversidade”.

Paraná – Na região de Londrina, entre as espécies invasoras e que causam problemas, o professor Mário Luís Orsi cita como exemplo a corvina, a tilápia e o tucunaré. “De uma forma geral, essas espécies causam a perda de serviços ambientais, moléstias, perdas econômicas e sociais, além de provocar extinções locais de espécies”, complementa o professor.

Ele destaca que o Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, do CCB, foi o primeiro do país a ter uma disciplina específica sobre invasões biológicas. “Felizmente, agora, diversas outras instituições possuem também, o que nos deixa muito satisfeitos em ter colaborado com isso”, afirma o professor. “Nossa participação no plano nacional é um reconhecimento a esse apoio que tivemos, além dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos e egressos da UEL tornando nossa universidade referência nesse assunto”.

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