Participação de estudantes bolsistas em eventos mostra crescimento da pesquisa

Participação de estudantes bolsistas em eventos mostra crescimento da pesquisa

Mais de 800 estudantes de graduação apresentaram os andamentos e resultados de suas pesquisas em eventos de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Willian C. Fusaro

Agência UEL


Mais de 800 estudantes bolsistas da UEL participam de eventos nas áreas de Pesquisa, Extensão, Ensino e Pesquisa Tecnológica todos os anos, para apresentar resultados de suas pesquisas a outros pesquisadores de todo o Paraná. É o caso da estudante do 3º ano do curso de Psicologia Luana Oumura, integrante do Serviço de Aconselhamento Genético (SAG), serviço gratuito de assistência e aconselhamento oferecido pelo Laboratório de Citogenética da UEL.

A estudante, de 22 anos, apresentou recentemente um trabalho no 4º Encontro Anual de Extensão Universitária (Por Extenso). “Na próxima edição, participarei do evento e vou apresentar os resultados do projeto no qual sou bolsista”, comentou a estudante. “É uma oportunidade de divulgar e mostrar o nosso trabalho no SAG. Não é um serviço muito conhecido, a não ser para os estudantes e professores da área da Saúde. É importante divulgar os serviços que a universidade presta à sociedade”, relatou.

Em 2021, segundo dados das pró-reitorias de Graduação (PROGRAD), Extensão (PROEX) e Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG), participaram do 30º Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC), 11º Encontro Anual de Iniciação Tecnológica (EAITI), 4º Encontro Anual de Extensão Universitária (Por Extenso) e Mostra Anual de Atividades de Ensino da UEL – III Pro-Ensino 804 estudantes bolsistas. 

Entre os participantes, foram 502 bolsistas de Iniciação Científica, 40 de Iniciação Tecnológica, 180 bolsistas de projetos de extensão, 27 bolsistas de Inclusão Social e 55 usuários de Bolsas UEL – auxílio fornecido pela universidade como contrapartida às bolsas dos órgãos federais de fomento. De 2020 para 2021, houve um incremento de bolsas de Iniciação Tecnológica, que saltaram de 25 para 34 bolsas; de bolsas de Iniciação Científica Jr., que eram 49 e agora são 52; e de Bolsas UEL, que mais do que dobraram e foram de 23 para 55 bolsas. 

A estudante de Psicologia Luana Oumura. “É muito importante divulgar os serviços que a Universidade presta à comunidade” (Foto: Arquivo Pessoal)

Produção de conhecimento

Por meio da participação desses eventos, que é obrigatória a estudantes bolsistas para encerrar seus ciclos de pesquisa em projetos, a Universidade consegue mensurar a produção científica, através de avaliações feitas por comitês internos e externos (no caso do EAIC), realizadas por avaliadores dos órgãos de fomento (como o CNPq, por exemplo) ou da própria instituição.

A coordenadora do Por Extenso e diretora de Eventos, Cultura e Relações com a Sociedade, Zilda Andrade, lembra que, mesmo em um ano de pandemia e incertezas, houve a manutenção das pesquisas em todos os âmbitos. “Os pesquisadores, em seus projetos, buscaram alternativas para continuá-los, mesmo que de forma remota”. Como exemplo, citou projetos de Extensão de licenciaturas, em escolas públicas de Londrina, que tiveram de ser readequados em virtude da necessidade de isolamento social.

Avaliação externa

Segundo Ana Paula Bracarense, do Escritório de Apoio ao Pesquisador (PROPPG), entre os eventos realizados em conjunto com outras Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), o EAIC é o único que conta com avaliação externa. “Temos um grupo de oito avaliadores do CNPq, de bolsistas de produtividade, que avaliam todo o evento, do início ao fim”, ressaltou. “Neste ano, conseguimos uma avaliação muito positiva, mesmo com a dinâmica remota”, afirmou. Participaram do EAIC na última edição, em novembro, 1300 pessoas, entre estudantes, mediadores, monitores e avaliadores.

“A iniciação científica transforma os estudantes. Eles são capazes, mesmo que não sigam na vida acadêmica posteriormente, de solucionar questões, de exercer o pensamento crítico. Isso traz bastante autonomia, o que é muito importante para um jovem recém-formado trilhar seus caminhos”, avaliou Ana Paula.

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