Câmara avalia início do semestre letivo e reforça ampliação de atividades presenciais

Câmara avalia início do semestre letivo e reforça ampliação de atividades presenciais

Cursos de graduação deverão manter o planejamento elaborado a partir dos Planos Especiais de Matriz Curricular.

A Câmara de Graduação da UEL esteve reunida nesta terça-feira (8) para avaliar os primeiros dias da retomada do semestre, e decidiu indicar a presencialidade como regra e o Ensino Remoto Emergencial como excepcional, a partir da próxima segunda-feira (14). Na prática, os cursos de graduação deverão manter o planejamento feito a partir dos Planos Especiais de Matriz Curricular, que estabelece as atividades acadêmicas para este segundo semestre letivo de 2021. As aulas na UEL foram retomadas no último dia 24. A reunião da Câmara foi realizada em formato virtual e reuniu representantes dos 44 colegiados de cursos, dos estudantes e de Órgãos Suplementares.

Segundo diretriz aprovada pela própria Câmara, no mês passado, as atividades foram retomadas preferencialmente remotas com aulas presenciais escalonadas. Coordenadores de cursos expuseram as experiências em receber estudantes no Campus, depois de dois anos de ensino remoto, em virtude da pandemia de Coronavírus.

A Pró-reitora de Graduação, professora Marta Favaro, explicou que volta a vigorar a Resolução 085/2021 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que regulamenta o retorno presencial das atividades acadêmicas de Graduação. “Os cursos estão organizados. Voltamos sob regulação da presencialidade, mas modelo remoto continua como uma possibilidade”, enfatizou, lembrando que é necessário seguir a orientação do Plano de Contingência contra a Covid-19 da UEL.  

De acordo com levantamento realizado pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da UEL, 2892 alunos retornaram em formato presencial nas duas primeiras semanas de aula. Nesta semana, outros 565 alunos retomaram as aulas. No dia 14 de fevereiro, a previsão é de que outros cerca de 3700 estudantes voltem ao modelo presencial. No dia 21 de fevereiro serão outros 563, quando a Universidade estará recebendo 7.728 alunos presencialmente. A partir de março está previsto o retorno de todos os cerca de 13 mil alunos de graduação.

A partir da próxima semana, o Restaurante Universitário deverá voltar a atender estudantes, professores e servidores técnicos administrativos nos horários de almoço e jantar. O atendimento será realizado com número restrito de pessoas nos horários de refeição, conforme prevê o protocolo de segurança sanitária elaborado pelo subgrupo de acompanhamento da Covid-19 da UEL. Com a volta do atendimento do RU, o fornecimento de refeição embalada será encerrado.  

Durante a reunião o reitor Sérgio Carvalho reafirmou que os Coordenadores de Curso, junto com a Pró-reitoria de Graduação e direções de centro, possuem um papel fundamental na gerência dessa retomada gradativa dos estudantes depois de dois anos. O reitor lembrou que a Administração assumiu o compromisso de discussão coletiva na gestão desta crise provocada pela pandemia, considerando o calendário acadêmico.

“Estamos seguindo esta metodologia. Assumimos o compromisso que iríamos monitorar as condições sanitárias para decidir sobre as atividades presenciais e debater com os vários conselhos sobre o melhor momento para a ocupação do Campus”, afirmou. “É um caminho novo para todos nós”, definiu.

Estabilização de casos

O vice-reitor, Décio Sabbattini Barbosa, que preside o subgrupo de acompanhamento da Covid-19, apresentou os dados recentes do Hospital Universitário (HU/UEL), considerado unidade de referência para tratamento da Covid-19. Segundo ele, nesta terça-feira (8), o HU tinha 50% da totalidade da UTI ocupada e 80% da enfermaria. Ele diz que o cenário hoje é bem melhor se comparado ao final do mês passado, uma vez que houve aumento de leitos e de Unidades Básicas de Saúde (UBS) específicas para atendimento de pacientes de Covid.

Considerando os dados do Paraná e do país, existe uma tendência de estabilização de casos, na próxima semana, com queda a partir do final deste mês. “A partir daí continuaremos a ter picos de casos em determinadas situações, como Carnaval, feriados e em eventos. Porém serão picos menores e mais curtos. Até chegar o momento de casos menores. Tudo isso é possível por causa da vacina”, definiu o vice-reitor.

Durante a reunião, Coordenadores de Curso que já retomaram as atividades presenciais narraram experiências sobre os primeiros dias de aulas no Campus Universitário e no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Segundo o relato dos professores, estudantes mantêm distanciamento e têm obedecido aos protocolos obrigatórios como uso de máscara, reforço da higienização e distanciamento.

Entre as experiências narradas, estão a constituição de líderes de turma para notificações dos casos positivos para controle e acompanhamento. No Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), parte dos alunos do curso de História retornaram esta semana. Segundo a Coordenação do Curso, foi estabelecido um máximo 50 alunos nas salas maiores (anfiteatros). Todas as carteiras foram demarcadas no chão para garantir o distanciamento. O Centro também mantém um comitê de  acompanhamento com a função de verificar se há casos de suspeitas e ou comprovações da doença e se os alunos cumprem as determinações previstas no Plano de Contingência como distanciamento social, por exemplo.

Leia também